JURÍDICO
Comissão dos Direitos da Pessoa com Deficiência quer mais efetivação das normas legais
JURÍDICO
A Comissão Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência da OAB realizou, na manhã desta quarta-feira (29/6), a primeira reunião ordinária da gestão 2022-2025. Os membros da comissão se apresentaram e revelaram o que esperam dos trabalhos do colegiado no decorrer dos próximos anos, além de já analisarem os primeiros processos de pauta.
A presidente da comissão, Maria Eugenia de Oliveira, adiantou que os trabalhos serão baseados na busca pelo reconhecimento dos direitos da pessoa com deficiência. “A sociedade não vê com olhos de igualdade a pessoa com deficiência. Há uma pauta de retrocesso e queremos vencê-la. Precisamos fazer ecoar a voz dessa parcela que já não é mais uma minoria, pois 30% das pessoas têm ou convivem com alguém com algum tipo de deficiência. A acessibilidade é outro tema essencial: queremos a efetividade do que está na legislação”, disse.
Entre outros temas, ficou estabelecido que será realizado um evento alusivo ao Setembro Verde, mês dedicado à conscientização sobre a luta das pessoas com deficiência e à mobilização por uma sociedade mais justa e inclusiva. A data provável para a realização do evento é 21/9/2022. Também foi informado que haverá um painel exclusivo para a comissão na Conferência Nacional da Advocacia, que acontecerá em novembro de 2023, em Belo Horizonte.
Hebert Batista, secretário-geral da comissão, entende que o trabalho será exitoso e produtivo. “Não tenho dúvidas de que deixaremos um legado no tocante aos direitos das pessoas com deficiência no país, não só para advogados e advogadas, mas para toda a sociedade. A expertise e a bagagem técnica demonstradas pelos membros que fizeram o uso da palavra nessa primeira reunião me dão essa certeza”, apontou.
A secretária-adjunta da comissão, Luciana Hanisch, apontou que as reuniões ordinárias e extraordinárias do colegiado ao longo da gestão serão, em regra, virtuais. “O dinamismo da temática e a necessidade de celeridade para emitir posicionamentos sobre temas sensíveis por parte da comissão nos obrigam a nos valer da tecnologia para deliberar. Um encontro presencial deve acontecer, em algum momento, mas via de regra faremos encontros telepresenciais, com total acessibilidade e inclusão”, ressaltou Hanisch.
Outros temas
A comissão também iniciou os debates – a serem concluídos nos próximos encontros – sobre a flexibilização da Lei nº 12.711/2012 (Lei de Cotas), a implementação de medidas plenas e efetivas de acessibilidade nas redes sociais do Conselho Federal da OAB, a política pública manicomial e a inclusão sobre deficiência do advogado em sua carteira profissional.
Fonte: OAB Nacional


JURÍDICO
CNJ identifica ‘esquema organizado de venda de decisões’ envolvendo desembargador e Zampieri
A decisão do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), órgão responsável por administrar e fiscalizar o Poder Judiciário, recebeu o desembargador Sebastião de Moraes Filho, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, levantando suspeitas de venda de decisões judiciais e pagamentos realizados via PIX e até em barras de ouro. Sebastião de Moraes Filho foi afastado de suas funções em agosto enquanto o CNJ investiga a possibilidade de ele ter recebido propinas em troca de decisões.
O caso também é alvo de um inquérito criminal e foi considerado de tal gravidade que o ministro Luís Felipe Salomão, então corregedor do CNJ, levou a questão ao ministro Luís Roberto Barroso, presidente do conselho, para uma solução em conjunto. “Evidenciam-se elementos suficientes para recomendar o afastamento do magistrado, na medida em que não é possível que o desembargador permaneça em atuação em unidade tão sensível, como é um gabinete de segundo grau de câmara de direito privado”, diz um trecho da decisão , referendada pelo plenário do CNJ.
Conversas obtidas no celular do advogado Roberto Zampieri, que foi assassinado em dezembro de 2023, na porta de seu escritório em Cuiabá, colocaram o desembargador na mira do CNJ. Ao todo, eles trocaram 768 mensagens entre 14 de junho de 2023 e 5 de dezembro de 2023, revelando uma relação próxima, com trocas sobre futebol e viagens, além de livre acesso ao gabinete do desembargador.
As mensagens também indicam a influência do advogado no trabalho do magistrado e o pagamento de propinas para decisões desenvolvidas aos clientes de Zampieri. Em uma das conversas, o advogado afirma que “o Pix está errado, estornou o valor”. “Tente mandar o Pix correto que faço agora”, acrescenta.
Cinco dias depois, informa que “o pagamento da sobrinha foi feito”, anexa um comprovante de transferência de R$ 10 mil e solicita o adiamento de um julgamento. Em outubro, Zampieri menciona ter alcançado “um contrato muito bom para o Mauro” e continua: “O senhor vai ficar feliz com o contrato que consegui para ele”. Mauro, segunda suspeita do CNJ, é o advogado Mauro Thadeu Prado de Moraes, filho do desembargador. Em outra mensagem, o advogado envia ao magistrado uma imagem de duas barras de ouro, de 400 gramas, que foram usadas como pagamento de propinas.
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