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Desastres ambientais e impacto na advocacia são tema de seminário

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Em razão dos desastres ambientais que vêm ocorrendo com cada vez mais frequência, a Comissão Especial de Mudanças Climáticas e Desastres Ambientais promoveu, entre os dias 6 e 8 de março, o “Seminário Internacional Advocacia e Direito dos Desastres”. 

Durante o evento, foram apresentadas formas para que a advocacia participe ativamente da prevenção de novos desastres e atue de forma ativa na aplicação das leis em tragédias já ocorridas.

“A OAB é uma das entidades essenciais ao Estado Democrático de Direito. A advocacia brasileira é essencial para a cidadania em inúmeras áreas. Desastres trazem à tona, inegavelmente, tudo aquilo que que está debaixo do tapete. Quando ocorre um desastre, se estivermos atentos, veremos que surgem dali vulnerabilidades, descumprimento de legislação ambiental, déficit regulatório, omissões passivas, e assim por diante. Então, há advocacia nesse processo, e a OAB, juntamente com seus advogados, inegavelmente, terá um papel protagonista na prevenção de risco de desastre”, disse o membro da Comissão Especial de Mudanças Climáticas e Desastres, Delton Carvalho.

O seminário pode ser conferido na íntegra no canal da OAB Nacional no Youtube.

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Painéis

O primeiro dia tratou da importância da advocacia na difusão de conhecimentos sobre a prevenção de desastres. Segundo os palestrantes, os advogados e advogadas têm papel primordial na restauração de áreas degradadas ao definir parâmetros para os litígios climáticos. Outro ponto chave são as assessorias técnicas para vítimas e pessoas em situação de risco.

No segundo dia foi debatida a necessidade da advocacia se debruçar sobre os temas que envolvem desastres ambientais e climáticos, para contribuir na prevenção de tragédias. Os palestrantes pontuaram experiências nacionais e internacionais de desastres ambientais e lembraram que, há algum tempo, esses eventos deixaram de ser “forças da natureza”. Grande parte dos desastres ambientais vem da ação do homem da natureza. As mudanças climáticas estão acontecendo cada dia mais rápido, e essa realidade precisa mudar.

Por fim, no terceiro dia de seminário, foi falado sobre a aplicação do processo civil no âmbito do desastre. Como exemplo, as painelistas trouxeram os casos de Brumadinho e Mariana, nos quais a participação das vítimas foi crucial para legitimar o processo e os resultados. A questão de gênero também foi trabalhada. Conforme a exposição, as mudanças climáticas têm agravado a desigualdade entre homens e mulheres.

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Fonte: OAB Nacional

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CNJ identifica ‘esquema organizado de venda de decisões’ envolvendo desembargador e Zampieri

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A decisão do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), órgão responsável por administrar e fiscalizar o Poder Judiciário, recebeu o desembargador Sebastião de Moraes Filho, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, levantando suspeitas de venda de decisões judiciais e pagamentos realizados via PIX e até em barras de ouro. Sebastião de Moraes Filho foi afastado de suas funções em agosto enquanto o CNJ investiga a possibilidade de ele ter recebido propinas em troca de decisões.

O caso também é alvo de um inquérito criminal e foi considerado de tal gravidade que o ministro Luís Felipe Salomão, então corregedor do CNJ, levou a questão ao ministro Luís Roberto Barroso, presidente do conselho, para uma solução em conjunto. “Evidenciam-se elementos suficientes para recomendar o afastamento do magistrado, na medida em que não é possível que o desembargador permaneça em atuação em unidade tão sensível, como é um gabinete de segundo grau de câmara de direito privado”, diz um trecho da decisão , referendada pelo plenário do CNJ.

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Conversas obtidas no celular do advogado Roberto Zampieri, que foi assassinado em dezembro de 2023, na porta de seu escritório em Cuiabá, colocaram o desembargador na mira do CNJ. Ao todo, eles trocaram 768 mensagens entre 14 de junho de 2023 e 5 de dezembro de 2023, revelando uma relação próxima, com trocas sobre futebol e viagens, além de livre acesso ao gabinete do desembargador.

As mensagens também indicam a influência do advogado no trabalho do magistrado e o pagamento de propinas para decisões desenvolvidas aos clientes de Zampieri. Em uma das conversas, o advogado afirma que “o Pix está errado, estornou o valor”. “Tente mandar o Pix correto que faço agora”, acrescenta.

Cinco dias depois, informa que “o pagamento da sobrinha foi feito”, anexa um comprovante de transferência de R$ 10 mil e solicita o adiamento de um julgamento. Em outubro, Zampieri menciona ter alcançado “um contrato muito bom para o Mauro” e continua: “O senhor vai ficar feliz com o contrato que consegui para ele”. Mauro, segunda suspeita do CNJ, é o advogado Mauro Thadeu Prado de Moraes, filho do desembargador. Em outra mensagem, o advogado envia ao magistrado uma imagem de duas barras de ouro, de 400 gramas, que foram usadas como pagamento de propinas.

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