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ESA aprofunda debate com seminário sobre a digitalização da sociedade e o seu direito

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Na noite desta quarta-feira (10/8), foram realizadas mais duas mesas de debates no seminário em comemoração ao mês da advocacia – A Digitalização da Sociedade e o seu Direito, promovido pela ESA Nacional. O painel 3 abordou o tema “Proteção de Dados e Democracia” e teve a moderação do diretor jurídico da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e conselheiro estadual da OAB-SP, Coriolano Camargo.

A desembargadora do Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (TRT-2) Leila Chevtchuk fez um relato detalhado do panorama legal da proteção de dados e democracia ao longo dos últimos anos e do papel das novas tecnologias na vida social atual. Ela finalizou sua exposição com um alerta para o processo eleitoral.

“Temos os aplicativos desenvolvidos pelas diversas esferas de administração pública por meio dos quais é oferecida uma gama enorme de dados pessoais, inclusive sensíveis, por parte dos cidadãos, mostrando-se ainda mais clara a necessidade da rígida observância dos princípios da finalidade. A relevância da proteção de dados, em especial ao processo democrático brasileiro, impõe, portanto, atenção redobrada em seu desenrolar nas eleições que se aproximam”, disse a desembargadora.

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O membro da International Associations of Privacy Professionals André Roberto Machado enfatizou em sua fala aspectos relacionados aos aplicativos na internet e os possíveis impactos deles no exercício da democracia. Ao concluir sua exposição, ele citou exemplos de pessoas que têm contas banidas em plataformas de redes sociais.

“Esse processo de cerceamento de voz é complicado. Se é complicada a manipulação da informação por meio das redes, se são complicados os grupos de Telegram que difundem fake news, também é muito complicado que as redes tenham poder absoluto se e quando removem e o que removem. Ainda, não podem ser responsabilizadas quando não removem porque só teriam poder de remover depois de ordem judicial. Essa conveniência precisa ser melhor discutida”, avaliou ele.

Painel 4

O painel 4 tratou do tema “O Desafio do Direito Penal na Era Digital” e foi moderado pelo diretor de Inovação e Tecnologia da ESA Nacional, Márcio Nicolau Dumas. Participaram do último painel deste primeiro dia a criminalista e diretora do IGP, Flávia Campos Guth, e o procurador regional da República Vladimir Aras.

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Flávia falou sobre dinheiro no contexto das inovações tecnológicas. “A realidade atual mudou toda a estrutura empresarial moderna que acompanhou esse desenvolvimento social. Inclusive os formatos de estruturação financeira dessas operações que acontecem nas empresas. Na minha opinião, um dos desafios atuais é a compreensão desses avanços. Nesse contexto, o dinheiro não poderia ficar atrás. O dinheiro é um fundamento importantíssimo nessa transformação”, afirmou a advogada.

Em sua exposição, Aras abordou o contexto de evolução do direito em relação aos desafios surgidos a partir das novas tecnologias. “Estamos em um cenário em que de um lado estarão os agentes estatais e do outro as empresas privadas, ambos vorazes por dados. É preciso que tenhamos um marco jurídico adequando para enfrentar essa realidade e um dos principais desafios é verificar se a nossa legislação tem progredido”, disse ele.

Fonte: OAB Nacional

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CNJ identifica ‘esquema organizado de venda de decisões’ envolvendo desembargador e Zampieri

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A decisão do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), órgão responsável por administrar e fiscalizar o Poder Judiciário, recebeu o desembargador Sebastião de Moraes Filho, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, levantando suspeitas de venda de decisões judiciais e pagamentos realizados via PIX e até em barras de ouro. Sebastião de Moraes Filho foi afastado de suas funções em agosto enquanto o CNJ investiga a possibilidade de ele ter recebido propinas em troca de decisões.

O caso também é alvo de um inquérito criminal e foi considerado de tal gravidade que o ministro Luís Felipe Salomão, então corregedor do CNJ, levou a questão ao ministro Luís Roberto Barroso, presidente do conselho, para uma solução em conjunto. “Evidenciam-se elementos suficientes para recomendar o afastamento do magistrado, na medida em que não é possível que o desembargador permaneça em atuação em unidade tão sensível, como é um gabinete de segundo grau de câmara de direito privado”, diz um trecho da decisão , referendada pelo plenário do CNJ.

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Conversas obtidas no celular do advogado Roberto Zampieri, que foi assassinado em dezembro de 2023, na porta de seu escritório em Cuiabá, colocaram o desembargador na mira do CNJ. Ao todo, eles trocaram 768 mensagens entre 14 de junho de 2023 e 5 de dezembro de 2023, revelando uma relação próxima, com trocas sobre futebol e viagens, além de livre acesso ao gabinete do desembargador.

As mensagens também indicam a influência do advogado no trabalho do magistrado e o pagamento de propinas para decisões desenvolvidas aos clientes de Zampieri. Em uma das conversas, o advogado afirma que “o Pix está errado, estornou o valor”. “Tente mandar o Pix correto que faço agora”, acrescenta.

Cinco dias depois, informa que “o pagamento da sobrinha foi feito”, anexa um comprovante de transferência de R$ 10 mil e solicita o adiamento de um julgamento. Em outubro, Zampieri menciona ter alcançado “um contrato muito bom para o Mauro” e continua: “O senhor vai ficar feliz com o contrato que consegui para ele”. Mauro, segunda suspeita do CNJ, é o advogado Mauro Thadeu Prado de Moraes, filho do desembargador. Em outra mensagem, o advogado envia ao magistrado uma imagem de duas barras de ouro, de 400 gramas, que foram usadas como pagamento de propinas.

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