JURÍDICO
Liderança feminina é tema de palestra com a filósofa Gisèle Szczyglak
JURÍDICO
A OAB Nacional promoveu, por meio da Comissão Nacional da Mulher Advogada, na noite desta segunda-feira (19/9), a palestra Liderança feminina: um desafio para carreiras jurídicas mais igualitárias, proferida pela professora e filósofa Gisèle Szczyglak. Gisèle atua em redes profissionais de mulheres e participa regularmente de conferências internacionais dedicadas ao desenvolvimento profissional de mulheres e seu impacto na esfera econômica. Ela é Ph.D em Filosofia Política e pós-doutora em sociologia política e ética aplicada. A palestra foi realizada na sede da OAB Nacional, em Brasília, e transmitida pelo canal oficial da Ordem no YouTube.
Durante o evento, que teve a fala de Gisèle como ponto principal, foi feito o pré-lançamento do livro “Subversivas, a arte sutil de nunca fazer o que esperam de nós”. Ao longo de sua explanação, a professora trabalhou a noção de liderança antes de adentrar a perspectiva feminina propriamente dita. “A primeira coisa a compreender nessa noção de liderança e por que é tão difícil para as mulheres em suas carreiras. O ponto é que a liderança sempre foi associada a algo masculino. A liderança é associada aos grandes homens que fizeram a história”, disse ela.
“Algo que sempre me marcou, quer eu esteja na Europa, ou em qualquer outro continente, é que existe uma condição universal ligada às mulheres, e essa condição está ligada a uma desvalorização sociológica e cultural do feminino. Essa desvalorização encontra-se e é percebida nessas representações de liderança que temos. Portanto, torna-se difícil representar a liderança ao ser mulher porque sempre há uma confrontação a essas lideranças masculinas. A liderança nada tem a ver com isso. A liderança é um movimento, é uma dinâmica que parte do nosso interior e que se concretiza fora de nós. Então, a liderança não tem gênero”, afirmou Gisèle.
A professora afirmou que, ao abordar o conceito, é preciso separar liderança de líder. “As pessoas podem se perguntar por que faço cursos sobre liderança feminina se a liderança não tem gênero. Não faço esse tipo de curso. O que faço é formar mulheres em posição de liderança, pois quando somos mulheres que exercem posições de liderança, encontramos dificuldades específicas. Dificuldades que estão ligadas a essa construção cultural da liderança como algo masculino. Então, as mulheres em posição de liderança, quando querem construir suas carreiras, se confrontam com essas situações, uma vez que a liderança foi definida por homens e para homens. As mulheres que passam ao modo líder são vistas como uma curiosidade antropológica. A mulher líder é percebida como uma outsider”, declarou ela.
Fonte: OAB Nacional


JURÍDICO
CNJ identifica ‘esquema organizado de venda de decisões’ envolvendo desembargador e Zampieri
A decisão do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), órgão responsável por administrar e fiscalizar o Poder Judiciário, recebeu o desembargador Sebastião de Moraes Filho, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, levantando suspeitas de venda de decisões judiciais e pagamentos realizados via PIX e até em barras de ouro. Sebastião de Moraes Filho foi afastado de suas funções em agosto enquanto o CNJ investiga a possibilidade de ele ter recebido propinas em troca de decisões.
O caso também é alvo de um inquérito criminal e foi considerado de tal gravidade que o ministro Luís Felipe Salomão, então corregedor do CNJ, levou a questão ao ministro Luís Roberto Barroso, presidente do conselho, para uma solução em conjunto. “Evidenciam-se elementos suficientes para recomendar o afastamento do magistrado, na medida em que não é possível que o desembargador permaneça em atuação em unidade tão sensível, como é um gabinete de segundo grau de câmara de direito privado”, diz um trecho da decisão , referendada pelo plenário do CNJ.
Conversas obtidas no celular do advogado Roberto Zampieri, que foi assassinado em dezembro de 2023, na porta de seu escritório em Cuiabá, colocaram o desembargador na mira do CNJ. Ao todo, eles trocaram 768 mensagens entre 14 de junho de 2023 e 5 de dezembro de 2023, revelando uma relação próxima, com trocas sobre futebol e viagens, além de livre acesso ao gabinete do desembargador.
As mensagens também indicam a influência do advogado no trabalho do magistrado e o pagamento de propinas para decisões desenvolvidas aos clientes de Zampieri. Em uma das conversas, o advogado afirma que “o Pix está errado, estornou o valor”. “Tente mandar o Pix correto que faço agora”, acrescenta.
Cinco dias depois, informa que “o pagamento da sobrinha foi feito”, anexa um comprovante de transferência de R$ 10 mil e solicita o adiamento de um julgamento. Em outubro, Zampieri menciona ter alcançado “um contrato muito bom para o Mauro” e continua: “O senhor vai ficar feliz com o contrato que consegui para ele”. Mauro, segunda suspeita do CNJ, é o advogado Mauro Thadeu Prado de Moraes, filho do desembargador. Em outra mensagem, o advogado envia ao magistrado uma imagem de duas barras de ouro, de 400 gramas, que foram usadas como pagamento de propinas.
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