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Ministros do STF prestigiam posse de membros da Comissão de Estudos Constitucionais

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A OAB Nacional realizou na noite desta segunda-feira (14/3) cerimônia de posse dos membros da Comissão Nacional de Estudos Constitucionais. O ex-presidente da OAB Nacional Marcus Vinicius Furtado Coêlho foi empossado como presidente do colegiado. Três ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), Cármen Lúcia, Kassio Nunes Marques e Ricardo Lewandowski, participaram do ato. Eles destacaram a importância da OAB e da comissão como guardiões da democracia e da cidadania.

O presidente da OAB Nacional, Beto Simonetti, assinalou o caráter espontâneo que norteia a participação de constitucionalistas de excelência na comissão. “Agradeço a todos aqueles que mais uma vez emprestam suas inteligências, experiências, competências e capacidades para a OAB. Sabemos que essa é uma dedicação voluntária, mas muito importante”, disse Simonetti durante a cerimônia.

Simonetti salientou ainda como o colegiado tem protagonismo em muitas discussões de temas que afetam a vida de milhões de brasileiras e brasileiros. “Reconhecemos o papel grandioso que a Comissão Nacional de Estudos Constitucionais representa. Ela serve como uma referência para cada gestão. Somos testemunhas do que já conquistamos graças às iniciativas da sempre presente e atuante comissão cujos membros empossamos neste ato”, acrescentou o presidente da OAB Nacional.

Feitos da comissão

Ao discursar, Coêlho buscou destacar feitos recentes da Comissão Nacional de Estudos Constitucionais. Ele lembrou do debate, no âmbito do combate à pandemia, para conquista do respeito à competência dos entes federativos, fundamental naquele instante à necessidade de atenção à saúde dos brasileiros. Coêlho falou ainda sobre os esforços para distribuição de vacinas e o reconhecimento da autodeterminação informativa pelo STF, que impediu que o sigilo telefônico de milhões de brasileiros fosse utilizado pelo Estado sem a devida proteção.

“Fomos ao STF também para defender os honorários advocatícios. Sem honorários, não há sobrevivência da profissão. Esse tema diz respeito à salvaguarda de uma profissão sem a qual o Estado de Direito não é preservado. Essa foi uma tarefa que também partiu da Comissão Nacional de Estudos Constitucionais”, declarou ele, que revelou que mais de 100 ações nos últimos três anos partiram do colegiado.

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Segundo Coêlho, esses feitos simbolizam bem o papel da OAB. “Estamos atentos às pautas da advocacia e às causas da cidadania. Elas não são excludentes, são complementares. Na medida que temos um Estado de Direito fortalecido, um país melhor surge e um ambiente mais propício ao exercício da advocacia. Essa é uma via de mão dupla”, afirmou o presidente da Comissão Nacional de Estudos Constitucionais.

Ministros do STF

Durante a solenidade, o ministro do STF Nunes Marques afirmou que a OAB é uma instituição singular na arquitetura do Estado Democrático de Direito. De acordo com ele, além das finalidades corporativas relacionadas à advocacia, enquanto elemento provocador da jurisdição, a atuação da OAB se materializa na defesa intransigente da Constituição, da ordem jurídica, dos direitos humanos e da justiça social.

“É instituição independente a desempenhar atividades que não se confundem com a defesa de grupo ou classe específica, dessa ou daquela tese jurídica, ou até mesmo de qualquer ideologia particular, senão a proteção dos fundamentos do Estado brasileiro, a persecução dos objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil e, principalmente, a defesa das garantias e dos direitos fundamentais”, disse.

Lewandowski destacou o papel da Comissão Nacional de Estudos Constitucionais como uma referência dentro da OAB. “O papel desta importante comissão sempre foi e será da maior relevância porque tem a incumbência de balizar os caminhos da OAB na defesa da Constituição e, sobretudo, nos valores que a integram. Especialmente, defender esses valores perante a Suprema Corte do país”, apontou o ministro. “Quero parabenizar a OAB pela excelência da Comissão Nacional De Estudos Constitucionais aqui constituída. Não poderia estar em melhores mãos”, acrescentou Lewandowski.

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Em sua fala, a ministra Cármen Lúcia sublinhou que a instalação da comissão tem importância para muito além da Ordem. “É importante para a OAB, para o Brasil, mas para mim a importância é de caráter cívico-afetivo. O meu coração de democracia repousa exatamente na OAB, especialmente nessa comissão que hoje é instalada”, disse a ministra, que lembrou de sua participação no grupo, em 1993.

“Somos capazes de ter uma OAB que representa o melhor de qualquer povo, de qualquer lugar do mundo. Isso porque ela atua exatamente para que o pior que ainda temos, que é a indignidade da fome de comida, da fome de justiça, de arte, de cultura, enfim, da fome de democracia que não acaba nunca, que haja pessoas como os senhores da Comissão Nacional de Estudos Constitucionais, que representam mais de 1,3 milhão de advogadas e advogados dispostos a lutar por Justiça nesse país. É uma honra para mim estar aqui”, completou a ministra.

Participaram da solenidade também a ministra do Tribunal Superior Eleitoral Maria Claudia Bucchianeri Pinheiro, o vice-presidente da OAB Nacional, Rafael Horn, o ministro das Comunicações, Fabio Faria, o vice-presidente do Tribunal de Contas da União, Bruno Dantas, o autor do livro “O Colapso das Constituições do Brasil: uma reflexão pela democracia”, professor Manoel Carlos de Almeida Neto, o diretor-tesoureiro da OAB Nacional, Leonardo Campos, o medalha Ruy Barbosa, Nabor Bulhões, e o presidente do FIDA, Felipe Sarmento.

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CNJ identifica ‘esquema organizado de venda de decisões’ envolvendo desembargador e Zampieri

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A decisão do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), órgão responsável por administrar e fiscalizar o Poder Judiciário, recebeu o desembargador Sebastião de Moraes Filho, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, levantando suspeitas de venda de decisões judiciais e pagamentos realizados via PIX e até em barras de ouro. Sebastião de Moraes Filho foi afastado de suas funções em agosto enquanto o CNJ investiga a possibilidade de ele ter recebido propinas em troca de decisões.

O caso também é alvo de um inquérito criminal e foi considerado de tal gravidade que o ministro Luís Felipe Salomão, então corregedor do CNJ, levou a questão ao ministro Luís Roberto Barroso, presidente do conselho, para uma solução em conjunto. “Evidenciam-se elementos suficientes para recomendar o afastamento do magistrado, na medida em que não é possível que o desembargador permaneça em atuação em unidade tão sensível, como é um gabinete de segundo grau de câmara de direito privado”, diz um trecho da decisão , referendada pelo plenário do CNJ.

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Conversas obtidas no celular do advogado Roberto Zampieri, que foi assassinado em dezembro de 2023, na porta de seu escritório em Cuiabá, colocaram o desembargador na mira do CNJ. Ao todo, eles trocaram 768 mensagens entre 14 de junho de 2023 e 5 de dezembro de 2023, revelando uma relação próxima, com trocas sobre futebol e viagens, além de livre acesso ao gabinete do desembargador.

As mensagens também indicam a influência do advogado no trabalho do magistrado e o pagamento de propinas para decisões desenvolvidas aos clientes de Zampieri. Em uma das conversas, o advogado afirma que “o Pix está errado, estornou o valor”. “Tente mandar o Pix correto que faço agora”, acrescenta.

Cinco dias depois, informa que “o pagamento da sobrinha foi feito”, anexa um comprovante de transferência de R$ 10 mil e solicita o adiamento de um julgamento. Em outubro, Zampieri menciona ter alcançado “um contrato muito bom para o Mauro” e continua: “O senhor vai ficar feliz com o contrato que consegui para ele”. Mauro, segunda suspeita do CNJ, é o advogado Mauro Thadeu Prado de Moraes, filho do desembargador. Em outra mensagem, o advogado envia ao magistrado uma imagem de duas barras de ouro, de 400 gramas, que foram usadas como pagamento de propinas.

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