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Na ONU, presidente da OAB defende economia sustentável e garantias dos trabalhadores

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O Conselho Federal da OAB participou do debate sobre o futuro do direito ao trabalho em um contexto de intensas mudanças climáticas, durante a 51ª Sessão do Conselho de Direitos Humanos (CDH) da Organização das Nações Unidas (ONU), na terça-feira (27/9) Em vídeo enviado à CDH, o presidente da OAB Nacional, Beto Simonetti, defendeu a necessidade de promover uma economia sustentável sintonizada com as garantias fundamentais do trabalhador.

A fala foi registrada durante o painel de discussão sobre o futuro do direito de trabalhar em relação às ações, respostas e impactos das mudanças climáticas no contexto de economias sustentáveis e inclusivas. A sessão foi presidida pela vice-presidente do CDH/ONU, Katharina Stasch.

Em sua mensagem, Simonetti sublinhou o dever de promover a inclusão de grupos historicamente marginalizados e de fomentar a igualdade de oportunidades no mundo do trabalho. “Precisamos garantir que os trabalhadores sejam juridicamente protegidos, socialmente plurais e humanamente dignos. Somente por meio da atuação conjunta entre todas as instituições é que iremos inaugurar um período histórico em que os direitos trabalhistas vivam uma nova era com alta intensidade de proteção”, defendeu Simonetti.

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A 51ª Sessão do CDH/ONU teve início em 12 de setembro em Genebra, na Suíça. Os debates seguem até 7 de outubro.

Confira a fala na íntegra:

Como representante da Ordem dos Advogados do Brasil, sinto-me honrado por contribuir com o debate sobre o futuro do direito ao trabalho em um contexto de intensas mudanças climáticas.

Esta Sessão representa mais um passo em direção ao fortalecimento dos direitos humanos em nível global. 

O debate das relações de trabalho na economia sustentável é um desafio para o mundo inteiro.

É preciso equilibrar a aceleração do crescimento econômico com a geração de empregos plenos e produtivos, erradicando o trabalho infantil e todas as formas de trabalhos forçados. 

Temos o dever de promover a inclusão de grupos historicamente marginalizados e de fomentar a igualdade de oportunidades no mundo do trabalho.

É necessário dissociar a produtividade econômica da degradação ambiental e do uso desmedido e irregular dos recursos naturais.

A diversidade biológica é o maior tesouro do Brasil – e devemos preservá-la e utilizá-la de maneira sustentável.

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Dessa forma asseguramos a vida, a saúde e o acesso universal a um meio ambiente ecologicamente equilibrado.

Tomamos conhecimento de que, no Brasil, tem havido sérios problemas de violência contra defensores dos direitos humanos. O caso reportado tem relação com graves ameaças sofridas pela ativista indígena Alessandra Korap Munduruku.

A Ordem dos Advogados do Brasil repudia todo e qualquer ato de violência e se põe à disposição da Organização das Nações Unidas para combater ofensas às liberdades de manifestação. 

Somente por meio da atuação conjunta entre todas as Instituições democráticas é que iremos inaugurar um período histórico em que os direitos trabalhistas e o meio ambiente sejam efetivamente protegidos!

Estou certo de que, nesta Sessão, construiremos a ponte para o futuro que desejamos. Um futuro sustentável e próspero! 

Desejo um excelente trabalho a todas e todos!

Fonte: OAB Nacional

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CNJ identifica ‘esquema organizado de venda de decisões’ envolvendo desembargador e Zampieri

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A decisão do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), órgão responsável por administrar e fiscalizar o Poder Judiciário, recebeu o desembargador Sebastião de Moraes Filho, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, levantando suspeitas de venda de decisões judiciais e pagamentos realizados via PIX e até em barras de ouro. Sebastião de Moraes Filho foi afastado de suas funções em agosto enquanto o CNJ investiga a possibilidade de ele ter recebido propinas em troca de decisões.

O caso também é alvo de um inquérito criminal e foi considerado de tal gravidade que o ministro Luís Felipe Salomão, então corregedor do CNJ, levou a questão ao ministro Luís Roberto Barroso, presidente do conselho, para uma solução em conjunto. “Evidenciam-se elementos suficientes para recomendar o afastamento do magistrado, na medida em que não é possível que o desembargador permaneça em atuação em unidade tão sensível, como é um gabinete de segundo grau de câmara de direito privado”, diz um trecho da decisão , referendada pelo plenário do CNJ.

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Conversas obtidas no celular do advogado Roberto Zampieri, que foi assassinado em dezembro de 2023, na porta de seu escritório em Cuiabá, colocaram o desembargador na mira do CNJ. Ao todo, eles trocaram 768 mensagens entre 14 de junho de 2023 e 5 de dezembro de 2023, revelando uma relação próxima, com trocas sobre futebol e viagens, além de livre acesso ao gabinete do desembargador.

As mensagens também indicam a influência do advogado no trabalho do magistrado e o pagamento de propinas para decisões desenvolvidas aos clientes de Zampieri. Em uma das conversas, o advogado afirma que “o Pix está errado, estornou o valor”. “Tente mandar o Pix correto que faço agora”, acrescenta.

Cinco dias depois, informa que “o pagamento da sobrinha foi feito”, anexa um comprovante de transferência de R$ 10 mil e solicita o adiamento de um julgamento. Em outubro, Zampieri menciona ter alcançado “um contrato muito bom para o Mauro” e continua: “O senhor vai ficar feliz com o contrato que consegui para ele”. Mauro, segunda suspeita do CNJ, é o advogado Mauro Thadeu Prado de Moraes, filho do desembargador. Em outra mensagem, o advogado envia ao magistrado uma imagem de duas barras de ouro, de 400 gramas, que foram usadas como pagamento de propinas.

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