Search
Close this search box.
CUIABÁ

JURÍDICO

OAB e Fonaje debatem melhorias nos Juizados Especiais

Publicados

JURÍDICO


O presidente nacional da OAB, Beto Simonetti, recebeu Alexandre Chini, juiz auxiliar da presidência do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e presidente do Fórum Nacional dos Juizados Especiais (Fonaje). Eles conversaram sobre melhorias e aperfeiçoamento do sistema dos juizados. O encontro ocorreu nessa 3ª feira (8/3), na sede do Conselho Federal da OAB. O diretor-tesoureiro da Ordem, Leonardo Campos, também participou da audiência.

O encontro serviu para abordar vários aspectos referentes ao sistema dos Juizados Especiais, sobretudo no que se refere à aplicação da Lei 9.099/95. Simonetti e Chini trataram de pautas comuns que podem ser trabalhadas pelas entidades, com o objetivo de preservar o rito sumaríssimo dos juizados, bem como o combate às demandas predatórias e às fraudes.

“A integração com o Fonaje é fundamental. Sabemos que a jovem advocacia, que hoje representa mais de 50% dos nossos quadros, inicia a sua caminhada atuando junto aos juizados”, afirmou Beto Simonetti.

“Buscamos dessa forma avançar nas pautas em comum, facilitar o dia a dia dos colegas que atuam nos Juizados Especiais, para deixar tudo de forma mais inclusiva e eficiente, atendendo a advocacia e a população que busca solução nos Juizados Especiais”, completou o presidente da OAB.

Leia Também:  CNJ identifica 'esquema organizado de venda de decisões' envolvendo desembargador e Zampieri

“Esse aperfeiçoamento é necessário, uma vez que os Juizados Especiais revelaram arraigada vocação para inclusão extensa e intensa da população brasileira, aumentando de forma estatisticamente comprovada o acesso à Justiça, condição fundamental para que se possa falar na existência de um Estado Democrático de Direito”, avaliou o presidente do Fonaje.

Projetos em comum

Em busca de melhorias para o sistema de Juizados Especiais, as entidades também discutiram a possibilidade de atuarem de forma conjunta no campo Legislativo, apoiando projetos de lei e medidas de fortalecimento dos juizados. O Fonaje se comprometeu ainda a apresentar propostas de cursos e palestras, que serão levadas para as subseções e seccionais, para oferecer treinamento para a advocacia, com objetivo de qualificar os advogados e advogadas.

O diretor-tesoureiro da Ordem, Leonardo Campos, abordou ainda a necessidade da aplicação do §1º do Art. 523 do Código de Processo Civil (CPC), que trata sobre a fixação de honorários advocatícios nas hipóteses de não cumprimento voluntário da obrigação. “Pode ser uma grande sinalização do FONAJE a possibilidade de aplicação integral do §1º no âmbito dos juizados especiais. É uma questão de justiça e digna remunração aos profissionais da advocacia”, defendeu Leonardo Campos.

Leia Também:  Senador capixaba relatará o projeto do novo Código Penal na CCJ do Senado

Alexandre Chini se comprometeu a levar o pedido da OAB para debate no Fonaje, com objetivo de discutir um novo enunciado que atenda às demandas da advocacia.

COMENTE ABAIXO:
Propaganda

JURÍDICO

CNJ identifica ‘esquema organizado de venda de decisões’ envolvendo desembargador e Zampieri

Publicados

em

A decisão do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), órgão responsável por administrar e fiscalizar o Poder Judiciário, recebeu o desembargador Sebastião de Moraes Filho, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, levantando suspeitas de venda de decisões judiciais e pagamentos realizados via PIX e até em barras de ouro. Sebastião de Moraes Filho foi afastado de suas funções em agosto enquanto o CNJ investiga a possibilidade de ele ter recebido propinas em troca de decisões.

O caso também é alvo de um inquérito criminal e foi considerado de tal gravidade que o ministro Luís Felipe Salomão, então corregedor do CNJ, levou a questão ao ministro Luís Roberto Barroso, presidente do conselho, para uma solução em conjunto. “Evidenciam-se elementos suficientes para recomendar o afastamento do magistrado, na medida em que não é possível que o desembargador permaneça em atuação em unidade tão sensível, como é um gabinete de segundo grau de câmara de direito privado”, diz um trecho da decisão , referendada pelo plenário do CNJ.

Leia Também:  Suplemento do 9° Congresso Nacional de Direito Marítimo é lançado com prefácio de Beto Simonetti

Conversas obtidas no celular do advogado Roberto Zampieri, que foi assassinado em dezembro de 2023, na porta de seu escritório em Cuiabá, colocaram o desembargador na mira do CNJ. Ao todo, eles trocaram 768 mensagens entre 14 de junho de 2023 e 5 de dezembro de 2023, revelando uma relação próxima, com trocas sobre futebol e viagens, além de livre acesso ao gabinete do desembargador.

As mensagens também indicam a influência do advogado no trabalho do magistrado e o pagamento de propinas para decisões desenvolvidas aos clientes de Zampieri. Em uma das conversas, o advogado afirma que “o Pix está errado, estornou o valor”. “Tente mandar o Pix correto que faço agora”, acrescenta.

Cinco dias depois, informa que “o pagamento da sobrinha foi feito”, anexa um comprovante de transferência de R$ 10 mil e solicita o adiamento de um julgamento. Em outubro, Zampieri menciona ter alcançado “um contrato muito bom para o Mauro” e continua: “O senhor vai ficar feliz com o contrato que consegui para ele”. Mauro, segunda suspeita do CNJ, é o advogado Mauro Thadeu Prado de Moraes, filho do desembargador. Em outra mensagem, o advogado envia ao magistrado uma imagem de duas barras de ouro, de 400 gramas, que foram usadas como pagamento de propinas.

COMENTE ABAIXO:
Continue lendo

CUIABÁ

VÁRZEA GRANDE

MATO GROSSO

POLÍCIA

MAIS LIDAS DA SEMANA