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OAB Nacional marca presença na abertura do FONAJE

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A abertura do 49º Fórum Nacional de Juizados Especiais (FONAJE) reuniu uma série de juízes, desembargadores e operadores do direito nesta quarta-feira (18/5), na sede do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro. Este ano, o evento que acontece até o dia 20 de maio traz para o debate as temáticas da inovação, efetividade e do acesso à Justiça na era digital, em especial no tocante aos juizados especiais. Representando a OAB Nacional, esteve presente Leonardo Campos, diretor-tesoureiro do Conselho Federal da OAB (CFOAB). 

“É a partir do FONAJE que saem os enunciados, as regras de aplicação para orientar os juízes na aplicação dos entendimentos. Nossa participação aqui hoje é para aproximar essa nova gestão do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil, para que possamos construir as pautas para maior facilidade de acesso à Justiça e também no intuito de zelar pela advocacia brasileira e defender os direitos da classe”, afirmou Campos pouco antes do início do evento.  

O diretor-tesoureiro do CFOAB discorreu no evento sobre a importância da segurança jurídica e de seguir o caminho da democracia. Ele lembrou que a Justiça não pode ser excludente, referindo-se ao fato de que 40 milhões de brasileiros não têm acesso à internet. “Queremos usá-la para dar celeridade e não dificultar o acesso a ela, por isso é preciso buscar o equilíbrio, considerando a dignidade humana, principalmente do cidadão mais humilde. Que o direito preserve seu tecido principal, de realizar sua missão histórica, que deve ser aperfeiçoada sempre, por meio do fortalecimento da democracia”.  

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Abrindo a cerimônia, o presidente do Tribunal de Justiça do Estado do Rio, Henrique Carlos Andrade Figueira, falou sobre a “valiosíssima contribuição para a Justiça brasileira” prestada pelos juizados especiais. “O FONAJE, por si só, presente em todo o país, já possui a marca da inovação, pois é capaz de trazer fatos novos para a discussão, em especial nesta edição, em que irá abordar como a inovação pode dar efetividade ao processo do juizado. É com muito orgulho e satisfação que recebo a todos aqui hoje”, afirmou.

Como presidente do FONAJE, Alexandre Chini Neto agradeceu pela oportunidade de presidir o Fórum Nacional de Juizados Especiais e falou sobre a integração com a tecnologia para aprimorar a prestação de serviços judiciais. “Cada dia mais, imergimos na tecnologia. Lembro aqui do ordenamento jurídico do ministro Luiz Fux sobre o estabelecimento do Justiça 4.0 e da Justiça Digital como formas de incrementar a governança para a eficiência do Poder Judiciário.  O acesso à Justiça é uma condição fundamental na existência de um Estado Democrático de Direito, e a ampliação do acesso ao Sistema de Justiça é papel fundamental do advogado. Reafirmo aqui o diálogo constante que teremos com a Ordem dos Advogados do Brasil, pois os juizados especiais operados pela advocacia são uma ferramenta imprescindível para o exercício da cidadania”, afirmou Alexandre. 

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Falaram também a presidente da AMAERJ, Eunice Bittencourt Haddad, e a desembargadora Maria Helena Pinto Machado. De forma remota, participaram também a senadora Soraia Thronicke, Renata Gil de Alcântara Videira, presidente da AMB (Associação de Magistrados Brasileiros), Marco Buzzi, ministro do Superior Tribunal de Justiça e Cristina Tereza Gaulia, diretora-geral da Escola de Magistratura do Estado do Rio de Janeiro. 

Após o encerramento da cerimônia de abertura, houve um espetáculo da Orquestra Sinfônica Juvenil Brasileira, dando início à primeira da série de palestras que serão realizadas até sexta-feira (20/5), último dia do FONAJE. 

Autoridades presentes

Na cerimônia de abertura do evento estiveram presentes o presidente do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, Henrique Carlos Andrade Figueira, o Corregedor Geral de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, Ricardo Rodrigues Cardozo, o presidente do FONAJE, Alexandre Chini Neto, o presidente da OAB-RJ, Luciano Bandeira, a presidente da AMAERJ (Associação de Magistrados do Estado do Rio de Janeiro), a presidente da Comissão Judiciária de Articulação de Juizados Especiais (COJES), desembargadora Maria Helena Pinto Machado, o desembargador César Felipe Cury e os conselheiros do Conselho Nacional de Justiça Luiz Fernando Bandeira de Melo, Mauro Martins, César Felipe Curi,  e o um dos responsáveis pelo Comitê Nacional dos Juizados Especiais (CONAJE) e o conselheiro do CNJ, juiz Márcio Luiz Coelho de Freitas.

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CNJ identifica ‘esquema organizado de venda de decisões’ envolvendo desembargador e Zampieri

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A decisão do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), órgão responsável por administrar e fiscalizar o Poder Judiciário, recebeu o desembargador Sebastião de Moraes Filho, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, levantando suspeitas de venda de decisões judiciais e pagamentos realizados via PIX e até em barras de ouro. Sebastião de Moraes Filho foi afastado de suas funções em agosto enquanto o CNJ investiga a possibilidade de ele ter recebido propinas em troca de decisões.

O caso também é alvo de um inquérito criminal e foi considerado de tal gravidade que o ministro Luís Felipe Salomão, então corregedor do CNJ, levou a questão ao ministro Luís Roberto Barroso, presidente do conselho, para uma solução em conjunto. “Evidenciam-se elementos suficientes para recomendar o afastamento do magistrado, na medida em que não é possível que o desembargador permaneça em atuação em unidade tão sensível, como é um gabinete de segundo grau de câmara de direito privado”, diz um trecho da decisão , referendada pelo plenário do CNJ.

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Conversas obtidas no celular do advogado Roberto Zampieri, que foi assassinado em dezembro de 2023, na porta de seu escritório em Cuiabá, colocaram o desembargador na mira do CNJ. Ao todo, eles trocaram 768 mensagens entre 14 de junho de 2023 e 5 de dezembro de 2023, revelando uma relação próxima, com trocas sobre futebol e viagens, além de livre acesso ao gabinete do desembargador.

As mensagens também indicam a influência do advogado no trabalho do magistrado e o pagamento de propinas para decisões desenvolvidas aos clientes de Zampieri. Em uma das conversas, o advogado afirma que “o Pix está errado, estornou o valor”. “Tente mandar o Pix correto que faço agora”, acrescenta.

Cinco dias depois, informa que “o pagamento da sobrinha foi feito”, anexa um comprovante de transferência de R$ 10 mil e solicita o adiamento de um julgamento. Em outubro, Zampieri menciona ter alcançado “um contrato muito bom para o Mauro” e continua: “O senhor vai ficar feliz com o contrato que consegui para ele”. Mauro, segunda suspeita do CNJ, é o advogado Mauro Thadeu Prado de Moraes, filho do desembargador. Em outra mensagem, o advogado envia ao magistrado uma imagem de duas barras de ouro, de 400 gramas, que foram usadas como pagamento de propinas.

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