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OAB sempre esteve com a advocacia pública, dizem representantes do segmento

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O Conselho Federal da OAB tem cumprido importante papel na defesa das prerrogativas da advocacia pública, avaliam representantes de renome no segmento por ocasião da semana que celebra as carreiras da advocacia no setor público – o Dia da Advocacia Pública foi celebrado nesta 2ª feira (7/3) .

Marcello Terto, procurador do Estado de Goiás e ex-presidente da Anape, afirma que a advocacia pública é fundamental para a defesa do patrimônio público e para a integridade da gestão pública, de modo a preservar a memória jurídica do Estado e garantir tratamento isonômico de todos os cidadãos e empresas que se relacionam com Estado.

Terto, que foi conselheiro federal por Goiás e, agora, foi indicado pela OAB para um assento no Conselho Nacional de Justiça (CNJN), vê a Ordem como fundamental para a defesa das prerrogativas da advocacia pública.

“A OAB sempre esteve ao lado da advocacia pública em pautas importantes, como a questão da autonomia institucional dos órgãos, das prerrogativas dos advogados públicos e da consagração dos princípios da legalidade, moralidade e eficiência”, diz Terto.

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Segundo ele, o atual presidente nacional da OAB, Beto Simonetti, também sempre atuou em defesa da advocacia pública, inclusive em pautas como honorários de sucumbência. “É um tema sempre tratado pelo presidente da Ordem como de fundamental importância”, diz Terto.

Prerrogativas

Marcello Terto vê a proposição de uma súmula do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre os pareceres elaborados pela advocacia pública e privada como uma importante iniciativa adotada pela nova gestão da OAB. “A não criminalização da atividade consultiva é uma importante luta em defesa das prerrogativas. O Conselho Federal apresenta uma referência segura para proteção e independência técnica dos advogados públicos e todos aqueles que, eventualmente, prestem assessoria”, explica Terto.

Para Vicente Braga, atual presidente da Anape, o principal desafio da advocacia pública para os próximos anos é a conquista da autonomia. Atualmente, advogados públicos nas esferas federal, estadual e municipal são enquadrados como órgãos do Executivo. “Nosso desafio é conquistar uma autonomia verdadeira, para que sejam evitadas ingerências descabidas no nosso trabalho, que é feito em defesa da sociedade”, afirma.

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“A OAB é parceira de longa data e vem ajudando a fortalecer a advocacia pública, atua para a manutenção das prerrogativas e na busca de outras. Sempre defendemos que as prerrogativas pertencem à sociedade. É um direito da sociedade ter os ocupantes dos cargos munidos de prerrogativas para não permitir ingerências de gestores”, diz Braga.

Segundo o presidente da Anape, “a OAB tem sido essencial e o presidente Beto Simonetti tem sido um grande parceiro que vai defender as nossas prerrogativas com unhas e dentes”.

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CNJ identifica ‘esquema organizado de venda de decisões’ envolvendo desembargador e Zampieri

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A decisão do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), órgão responsável por administrar e fiscalizar o Poder Judiciário, recebeu o desembargador Sebastião de Moraes Filho, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, levantando suspeitas de venda de decisões judiciais e pagamentos realizados via PIX e até em barras de ouro. Sebastião de Moraes Filho foi afastado de suas funções em agosto enquanto o CNJ investiga a possibilidade de ele ter recebido propinas em troca de decisões.

O caso também é alvo de um inquérito criminal e foi considerado de tal gravidade que o ministro Luís Felipe Salomão, então corregedor do CNJ, levou a questão ao ministro Luís Roberto Barroso, presidente do conselho, para uma solução em conjunto. “Evidenciam-se elementos suficientes para recomendar o afastamento do magistrado, na medida em que não é possível que o desembargador permaneça em atuação em unidade tão sensível, como é um gabinete de segundo grau de câmara de direito privado”, diz um trecho da decisão , referendada pelo plenário do CNJ.

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Conversas obtidas no celular do advogado Roberto Zampieri, que foi assassinado em dezembro de 2023, na porta de seu escritório em Cuiabá, colocaram o desembargador na mira do CNJ. Ao todo, eles trocaram 768 mensagens entre 14 de junho de 2023 e 5 de dezembro de 2023, revelando uma relação próxima, com trocas sobre futebol e viagens, além de livre acesso ao gabinete do desembargador.

As mensagens também indicam a influência do advogado no trabalho do magistrado e o pagamento de propinas para decisões desenvolvidas aos clientes de Zampieri. Em uma das conversas, o advogado afirma que “o Pix está errado, estornou o valor”. “Tente mandar o Pix correto que faço agora”, acrescenta.

Cinco dias depois, informa que “o pagamento da sobrinha foi feito”, anexa um comprovante de transferência de R$ 10 mil e solicita o adiamento de um julgamento. Em outubro, Zampieri menciona ter alcançado “um contrato muito bom para o Mauro” e continua: “O senhor vai ficar feliz com o contrato que consegui para ele”. Mauro, segunda suspeita do CNJ, é o advogado Mauro Thadeu Prado de Moraes, filho do desembargador. Em outra mensagem, o advogado envia ao magistrado uma imagem de duas barras de ouro, de 400 gramas, que foram usadas como pagamento de propinas.

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