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Senador capixaba relatará o projeto do novo Código Penal na CCJ do Senado

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O senador Fabiano Contarato (PT-ES) foi designado na última quarta-feira (16) relator do projeto de lei do Senado 236, de 2012 (PLS 236/12), que reforma o Código Penal (CP). O texto tramita atualmente na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania do Senado. Contarato assinalou a importância de que a discussão sobre a proposta seja feita com critério.

“Relatar um novo Código Penal é tarefa que demanda muita dedicação e reflexão, para que atropelos não resultem numa legislação lacunosa e problemática que, ao fim, acabem em impunidade e injustiça. Penso que devemos nos dedicar a equacionar uma faceta muito perversa do nosso sistema: temos uma Justiça muito dura e pouco criteriosa para condenar certos perfis sociais e, ao mesmo tempo, notoriamente condescendente com a criminalidade de colarinho branco”, afirmou o senador.

Contarato acrescentou que seu trabalho na relatoria se valerá de sua experiência nas diferentes áreas que transitou ao longo de sua trajetória profissional. “Espero dar minha singela colaboração para o aperfeiçoamento deste quadro, valendo-me do que aprendi em uma vida como delegado de polícia e professor de direito penal”, disse ele.

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Tramitação
Desde 2012, a OAB está engajada na discussão do projeto. Em novembro de 2013, a tramitação do PLS que trata da reforma do CP chegou a ser suspensa a pedido da Ordem. Na época, a OAB defendia um maior aprofundamento dos debates e criticou a exiguidade dos prazos previstos para a apreciação de matéria tão relevante.

A entidade se posicionou pela necessidade de aprofundamento das discussões a fim de que fossem evitados equívocos na fixação de penas, punições e na legislação que afeta a vida, a liberdade, a segurança, o patrimônio e outros bens jurídicos de milhões de pessoas.

Durante audiência pública realizada em 2017, o conselheiro federal Raimundo Antonio Palmeira de Araújo (AL) alertou para a existência de uma certa “histeria punitiva” que poderia prejudicar o debate objetivo do aperfeiçoamento do CP. Araújo citou como exemplo a chance de inclusão da teoria do domínio do fato no texto do projeto.

“Me preocupo muito no Brasil com a interpretação aberta demais das leis para que a ditadura não tenha trocado de roupa: tirado a farda e vestido outras vestes. Quando nós trazemos teorias abertas estamos trazendo também um sistema penal ditatorial muito forte, em que o indivíduo fica muito fragilizado”, afirmou ele à época.

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CNJ identifica ‘esquema organizado de venda de decisões’ envolvendo desembargador e Zampieri

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A decisão do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), órgão responsável por administrar e fiscalizar o Poder Judiciário, recebeu o desembargador Sebastião de Moraes Filho, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, levantando suspeitas de venda de decisões judiciais e pagamentos realizados via PIX e até em barras de ouro. Sebastião de Moraes Filho foi afastado de suas funções em agosto enquanto o CNJ investiga a possibilidade de ele ter recebido propinas em troca de decisões.

O caso também é alvo de um inquérito criminal e foi considerado de tal gravidade que o ministro Luís Felipe Salomão, então corregedor do CNJ, levou a questão ao ministro Luís Roberto Barroso, presidente do conselho, para uma solução em conjunto. “Evidenciam-se elementos suficientes para recomendar o afastamento do magistrado, na medida em que não é possível que o desembargador permaneça em atuação em unidade tão sensível, como é um gabinete de segundo grau de câmara de direito privado”, diz um trecho da decisão , referendada pelo plenário do CNJ.

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Conversas obtidas no celular do advogado Roberto Zampieri, que foi assassinado em dezembro de 2023, na porta de seu escritório em Cuiabá, colocaram o desembargador na mira do CNJ. Ao todo, eles trocaram 768 mensagens entre 14 de junho de 2023 e 5 de dezembro de 2023, revelando uma relação próxima, com trocas sobre futebol e viagens, além de livre acesso ao gabinete do desembargador.

As mensagens também indicam a influência do advogado no trabalho do magistrado e o pagamento de propinas para decisões desenvolvidas aos clientes de Zampieri. Em uma das conversas, o advogado afirma que “o Pix está errado, estornou o valor”. “Tente mandar o Pix correto que faço agora”, acrescenta.

Cinco dias depois, informa que “o pagamento da sobrinha foi feito”, anexa um comprovante de transferência de R$ 10 mil e solicita o adiamento de um julgamento. Em outubro, Zampieri menciona ter alcançado “um contrato muito bom para o Mauro” e continua: “O senhor vai ficar feliz com o contrato que consegui para ele”. Mauro, segunda suspeita do CNJ, é o advogado Mauro Thadeu Prado de Moraes, filho do desembargador. Em outra mensagem, o advogado envia ao magistrado uma imagem de duas barras de ouro, de 400 gramas, que foram usadas como pagamento de propinas.

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