JURÍDICO
Simonetti participa da abertura do seminário “Repercussão Geral 15 anos” promovido pelo STF
JURÍDICO
O presidente da OAB Nacional, Beto Simonetti, participou na noite desta quarta-feira (25/5) da abertura do seminário “Repercussão Geral 15 anos: origens e perspectivas”, promovido pelo Supremo Tribunal Federal (STF). O evento tem o propósito de promover o debate sobre medidas constitucionais e processuais referentes à repercussão geral para aprimorar a sistemática. Um dos propósitos do instituto da repercussão geral, implementado em 2007, foi diminuir a sobrecarga de processos recursais no STF.
Simonetti cumprimentou a iniciativa do STF em discutir o dispositivo passados 15 anos de sua implementação. “Temos, neste momento, o distanciamento histórico que nos permite fazer avaliações sólidas. Por meio do debate e do diálogo, encontramos o caminho para verificar os acertos e as necessidades de aperfeiçoamento desse instrumento jurídico que, nos últimos anos, ocupou lugar de destaque no mundo jurídico. É por meio da troca de ideias e de experiências, afinal de contas, que podemos encontrar as soluções capazes de manter o sistema de Justiça sempre na busca por bem amparar as cidadãs e os cidadãos”, afirmou o presidente nacional da OAB.
Democracia
Ao salientar a importância do diálogo entre os entes do sistema Judiciário na construção de dispositivos como o da repercussão geral, Simonetti falou sobre o papel dessa troca de ideias na defesa da democracia, neste que é o mais longevo período democrático da história brasileira.
“Todos os Poderes, todos os agentes institucionais e todas as instituições da República cumprem um papel relevante para que possamos celebrar a longevidade democrática. É por isso que a OAB mantém diálogo com todos os poderes”, disse ele. “A OAB zela pelos pilares da democracia, que são o voto secreto, periódico e universal; a separação entre os Poderes; o modelo federativo; e o sistema de direitos e garantias individuais”, completou o presidente da OAB Nacional.
O presidente do STF assinalou que a repercussão geral configura um dos esforços mais relevantes para alinhar a atuação do tribunal a sua genuína vocação constitucional. “Funciona como um importantíssimo filtro, racionalizando a análise de demandas repetitivas, bem como conferindo maior celeridade, coerência e uniformidade para o julgamento dessas demandas de todo o território nacional. A repercussão geral permite que o STF se firme cada vez mais como um tribunal de precedentes, direcionando seus esforços para a análise de questões verdadeiramente constitucionais que transcendem os interesses das partes”, declarou.
Também participaram da solenidade o presidente do STF, Luiz Fux, o procurador-geral da República, Augusto Aras, o presidente do Superior Tribunal de Justiça, Humberto Martins, o advogado-geral da União, Bruno Bianco Leal, os ministros do STF Rosa Weber, Gilmar Mendes, Cármen Lúcia, Roberto Barroso e Alexandre de Moraes e o ex-presidente da OAB Nacional Claudio Lamachia.


JURÍDICO
CNJ identifica ‘esquema organizado de venda de decisões’ envolvendo desembargador e Zampieri
A decisão do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), órgão responsável por administrar e fiscalizar o Poder Judiciário, recebeu o desembargador Sebastião de Moraes Filho, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, levantando suspeitas de venda de decisões judiciais e pagamentos realizados via PIX e até em barras de ouro. Sebastião de Moraes Filho foi afastado de suas funções em agosto enquanto o CNJ investiga a possibilidade de ele ter recebido propinas em troca de decisões.
O caso também é alvo de um inquérito criminal e foi considerado de tal gravidade que o ministro Luís Felipe Salomão, então corregedor do CNJ, levou a questão ao ministro Luís Roberto Barroso, presidente do conselho, para uma solução em conjunto. “Evidenciam-se elementos suficientes para recomendar o afastamento do magistrado, na medida em que não é possível que o desembargador permaneça em atuação em unidade tão sensível, como é um gabinete de segundo grau de câmara de direito privado”, diz um trecho da decisão , referendada pelo plenário do CNJ.
Conversas obtidas no celular do advogado Roberto Zampieri, que foi assassinado em dezembro de 2023, na porta de seu escritório em Cuiabá, colocaram o desembargador na mira do CNJ. Ao todo, eles trocaram 768 mensagens entre 14 de junho de 2023 e 5 de dezembro de 2023, revelando uma relação próxima, com trocas sobre futebol e viagens, além de livre acesso ao gabinete do desembargador.
As mensagens também indicam a influência do advogado no trabalho do magistrado e o pagamento de propinas para decisões desenvolvidas aos clientes de Zampieri. Em uma das conversas, o advogado afirma que “o Pix está errado, estornou o valor”. “Tente mandar o Pix correto que faço agora”, acrescenta.
Cinco dias depois, informa que “o pagamento da sobrinha foi feito”, anexa um comprovante de transferência de R$ 10 mil e solicita o adiamento de um julgamento. Em outubro, Zampieri menciona ter alcançado “um contrato muito bom para o Mauro” e continua: “O senhor vai ficar feliz com o contrato que consegui para ele”. Mauro, segunda suspeita do CNJ, é o advogado Mauro Thadeu Prado de Moraes, filho do desembargador. Em outra mensagem, o advogado envia ao magistrado uma imagem de duas barras de ouro, de 400 gramas, que foram usadas como pagamento de propinas.
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