MATO GROSSO
Acadêmicos da UFMT aprendem sobre a importância da micropropagação de mudas no laboratório da Empaer
MATO GROSSO
Acadêmicos do curso de Ciências Biológicas, da Universidade Federal de Mato Grosso participaram nesta quinta-feira (02.06), de uma aula prática no Núcleo de Laboratórios da Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer), em Várzea Grande. O grupo, composto por 14 alunos, conheceu o laboratório de Cultura de Tecido Vegetal e a produção de mudas de bananeira in vitro.
Os acadêmicos conheceram todo processo. Desde a preparação do meio de cultivo, onde as plantas irão crescer ao procedimento de repicagem, isto é, cortá-las e repassá-las para novos frascos para se multiplicarem – tudo feito com muita higiene para evitar contaminações microbianas. Logo em seguida, a fase de aclimatização com as mudas já formadas, quando seguem para o viveiro. Aprenderam que, devido às mudas estarem protegidas no laboratório, é muito importante a fase de aclimatização para se acostumarem às condições do campo.
O técnico da Empaer, Guilherme Pessoa, explica que, devido à pandemia. as visitas de alunos de universidades e escolas estavam paradas, mas retornou, sendo a primeira realizada neste ano. Segundo ele, a visita proporciona conhecer como funciona uma estrutura básica de uma biofábrica de produção de mudas.
“Possuímos uma estrutura de recepção de material vegetal para o início da cultura, sala com autoclaves para esterilização do meio de cultivo e instrumentos, câmara de fluxo laminar para manipulação asséptica das plantas que evita o contato com micro-organismos e a sala de crescimento, com iluminação artificial, que proporciona as condições adequadas para elas crescerem, bem diferente de um viveiro”.
Empaer
Segundo Guilherme Pessoa, o trabalho é baseado em pesquisas que mostram a importância, por exemplo, das luzes artificiais para controle de temperatura que possam garantir melhores condições de multiplicação. “Os alunos estão tendo a oportunidade de conhecer como é o funcionamento da cultura de tecidos e a biotecnologia vegetal. Alguns deles tiveram a oportunidade de entender como é na prática todo esse processo, realizando a multiplicação por meio da câmara de fluxo”, completa.
O professor do Departamento de Botânica e Ecologia do Instituto de Biociência da UFMT, Tiago Ribeiro, destaca que o objetivo foi proporcionar aos acadêmicos a vivência do que estão aprendendo na disciplina Botânica Econômica Aplicada.
“É uma oportunidade única nesta fase de aprendizado. Buscamos proporcionar essa vivência, para entenderem como a manipulação na cultura de tecido influencia no planejamento e na produção dos alimentos em larga escala”.
Para Letícia Catarino, do 7º semestre, a aula prática mostra a dimensão do curso de biologia. “É uma experiência importante e evidencia as opções que o mercado de trabalho oferece, seja na área acadêmica, comercial ou pesquisa cientifica”. Já Leonam Castro, do 8º semestre, definiu querer ganhar dinheiro com o conhecimento adquirido. “Sei que o mercado oferece boas oportunidades e a visita ao laboratório da Empaer só confirmou meu objetivo”.
Interessados em agendar visitas no laboratório precisam formalizar via email: laboratorio@empaer.mt.gov.br
Empaer


MATO GROSSO
Audiência pública sobre obras inacabadas do BRT em Cuiabá é marcada pela ausência do governo estadual

Na tarde desta sexta-feira (14), a Câmara Municipal de Cuiabá sediou uma audiência pública convocada pela Comissão de Obras, com o intuito de discutir os avanços e os desafios das obras do BRT na cidade. Presidida pelo vereador Alex Rodrigues, a audiência contou com a presença dos vereadores Dídimo Vovô, Ildes Taques, Demilson Nogueira, Dilemário Alencar, Jefferson Siqueira, Eduardo Magalhães, Paula Calil e Daniel Monteiro.
O evento também reuniu representantes de diversas entidades e órgãos importantes, como Paulo Cesar (Diretor de Trânsito da SEMOB), Kamila Auxiliadora (Conselho de Arquitetura e Urbanismo), Juliano Brustolin (Vice-presidente da Comissão de Acompanhamento Legislativo), Junior Macagnam (Presidente da CDL), Sebastião Belém (Secretaria de Obras Públicas), José Ademir dos Santos Junior (Empresa J. Prime), Pedro Aquino (Presidente da ASSUT – MT e da Associação dos Usuários do Transporte Público de Cuiabá), Álvaro Bezerra (Diretor da ACEC), Nicolau Cesar (Diretor da SEMOB) e Mauro (Pastoral do Imigrante).
Apesar da ampla participação de autoridades e especialistas, a audiência foi marcada por uma ausência significativa: o governo do estado, responsável pelas obras, não enviou nenhum representante. A ausência foi bastante impactante, considerando que foram 45 dias de organização para a devida audiência. A falta de explicações sobre o andamento da obra e os atrasos no cronograma gerou revolta entre os presentes.
O presidente da Comissão de Obras, Alex Rodrigues, não escondeu a frustração com a ausência do governo estadual. “A política seria da resultado, a politicagem não. Gostaríamos de saber pelos responsáveis o prazo, o cronograma e o projeto, mas isso não vai diminuir o trabalho da Câmara Municipal de Cuiabá. Vamos continuar nosso trabalho e convidá-los para a próxima reunião da comissão de obras”, afirmou Alex Rodrigues, ressaltando que a população está cobrando respostas sobre o andamento da obra. “Quem nos elegeu está cobrando, que é o povo. O povo não está aqui na audiência porque está trabalhando, tem hora para chegar e sair. E o BRT era para ser um auxílio no dia a dia das pessoas”, completou.
Os impactos das obras inacabadas
Os atrasos nas obras do BRT têm gerado sérios impactos no trânsito de Cuiabá, com reflexos visíveis em várias regiões da cidade. A situação é especialmente crítica em avenidas como a do CPA e Fernando Corrêa, onde as obras têm causado congestionamentos e dificultado o deslocamento da população. A Avenida Tenente Coronel Duarte (Prainha), um dos principais pontos críticos da obra, ainda não conta com uma solução definitiva para os alagamentos que comprometem a operação dos ônibus elétricos planejados para o sistema.
Além disso, os atrasos têm origem em um impasse entre o governo do estado e o Consórcio Construtor BRT Cuiabá, liderado pela Nova Engevix Engenharia e Projetos S/A. O consórcio, contratado em 2022 por R$468 milhões, afirma que o anteprojeto da obra não previu soluções essenciais, como a macrodrenagem da Prainha, o que tem dificultado a execução do cronograma e gerado mais atrasos.
Propostas de soluções e próximos passos
Durante a audiência, os vereadores presentes reafirmaram seu compromisso em buscar soluções para destravar a obra e atender às necessidades da população cuiabana. Como próximo passo, os membros da Comissão de Obras Públicas realizarão uma visita técnica aos canteiros de obra para avaliar de perto os avanços e os desafios enfrentados pelo projeto.
“Nosso compromisso é com os cuiabanos. Essa obra precisa andar e atender às necessidades da população”, enfatizou Alex Rodrigues. A visita técnica servirá para que os vereadores possam verificar, pessoalmente, o andamento da obra e buscar alternativas para acelerar sua execução.
A audiência pública foi uma tentativa de dar transparência ao processo e de envolver a população nas discussões sobre o futuro do BRT. A participação dos cidadãos é essencial para que suas demandas sejam ouvidas e consideradas nas decisões que impactam o desenvolvimento da cidade. A Câmara Municipal de Cuiabá continuará a realizar reuniões e audiências sobre o tema, buscando uma solução definitiva para as obras inacabadas que afetam o cotidiano dos cuiabanos.
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