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Agricultores do Distrito de Aguaçu aprendem sobre áreas degradadas e recebem mudas para plantio

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Técnicos do escritório metropolitano da Empaer Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer) realizaram um ciclo de palestras e capacitação na área ambiental para agricultores do Assentamento Mineira, no Distrito de Aguaçu, em Cuiabá. As famílias são assistidas pelo Programa REM (do inglês, REDD para Pioneiros) e as atividades são resultado de um diagnóstico das principais demandas apontadas pela comunidade. 

Durante o encontro, realizado na semana passada, os agricultores também tiraram dúvidas quanto ao uso, armazenamento e o descarte das embalagens dos defensivos agrícolas, bem como a recuperação de áreas degradadas com plantio de mudas. 

A produtora rural Alessandra Conceição de Souza destacou a importância de aprender sobre os limites de uma Área de Preservação Permanente (APP) e da importância de preservação das nascentes. “Agora nós compreendemos a importância de proteger APP como forma de manter os recursos hídricos, ou seja, a água na propriedade e ainda evitar o processo de erosão de rios e córregos”.

Na palestra sobre recuperação de área degradadas, o técnico da Empaer, Lucas Stevão da Silva Freire, destacou a importância do plantio de espécies frutíferas nativas do cerrado. “Elas atraem e alimentam a fauna e são disseminadas naturalmente pelos animais”.

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Foram distribuídas 100 mudas de espécies nativas para serem plantadas nas  propriedades para que possam restaurar biodiversidade local, afetada pelos incêndios florestais. Sobre o uso adequado de defensivos, os agricultores ouviram a estudante de Agronomia, em estágio, Fernanda Guedes, que mostrou a importância do uso dos Equipamentos de Proteção Individual (EPI) de forma correta e assim evitar intoxicação.

“Outro detalhe importante é fazer o cadastrado no sistema junto ao Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea-MT) ao adquirir esses produtos. Para o descarte correto, tem que se fazer a tríplice lavagem, furando as embalagens e devolvendo em local indicado pelas empresas de venda”, ensino a palestrante.

Para o mês de março, os agricultores do Assentamento Mineira receberão capacitação na área de fruticultura. 

Empaer leva informações sobre produção sustentável para agricultores do Assentamento Mineira, no Distrito de Aguaçu, em Cuiabá

Fonte: GOV MT

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Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso

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Cerca de 17,6 mil pessoas com deficiência (PCD) têm o próprio negócio em Mato Grosso, segundo pesquisa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT). O levantamento, realizado neste ano, mostra que esses empreendedores representam 3,6% do total de empresários mato-grossenses, com predominância de pessoas com limitações motora (36,7%), visual (34%) e auditiva (29,3%).

O estudo aponta que os empreendedores PCD apresentam elevado nível de escolaridade: 46,9% concluíram o ensino médio e 38,1% têm ensino superior ­- índice superior à média estadual. A faixa etária predominante está entre 35 e 44 anos (39,5%), seguida por 45 a 54 (22,4%). O grupo é formado majoritariamente por homens (57%). No recorte racial, há equilíbrio entre pardos (36,7%) e brancos (34%), seguidos por pretos (19%).

A maioria é casada (57,1%) e tem filhos (91,2%), o que reforça a importância da renda do próprio negócio para a estrutura familiar.

No campo econômico, os empresários com algum tipo de limitação atuam em diversos setores. O comércio concentra 31,3% dos negócios, seguido por serviços (25,2%), indústria (21,8%) e tecnologia (14,3%). Moda (17,7%), cosméticos (15%) e alimentação (14,3%) estão entre os principais segmentos.

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A formalização é alta: 85,7% possuem CNPJ, sendo a maioria registrada como microempresa (48,4%) ou empresa de pequeno porte (32,5%). Além disso, 70% atuam há mais de três anos e quase metade emprega de dois a cinco colaboradores, o que demonstra maturidade e estrutura consolidada.

Dificuldades

As motivações que levam pessoas com deficiência a empreender mesclam necessidade e realização pessoal. Para 40,8%, a decisão está ligada à necessidade financeira, enquanto 34% enxergam oportunidades de mercado e 32% buscam autonomia. A frustração com o mercado de trabalho tradicional (23,1%) e o desejo de realizar um sonho (15%) também aparecem com destaque.

As mulheres tendem a empreender mais por necessidade (54%), enquanto os homens se movem principalmente pela percepção de oportunidade (48,8%).

Na jornada empreendedora, os desafios enfrentados são múltiplas e revelam tanto desafios estruturais quanto específicos. Burocracia (44%), concorrência acirrada (39%) e falta de capital inicial (33%) estão entre as principais dificuldades. Além disso, 21% relataram barreiras diretamente ligadas à deficiência, como acessibilidade e preconceito, e 22% mencionaram dificuldades para equilibrar a vida pessoal e profissional.

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Entre as mulheres, questões de gênero e maternidade ganham relevância, enquanto os homens apontam custos e juros elevados como maiores obstáculos.

“O Sebrae apoia todos os empreendedores, porque acredita que o empreendedorismo é um caminho de inclusão e autonomia para todas as pessoas, independentemente de suas condições. Quando um empreendedor PCD empreende, ela inspira e transforma o seu entorno”, afirma Liliane Moreira, analista técnica do Sebrae/MT. “A inclusão produtiva das pessoas com deficiência é uma questão de equidade e também de fortalecimento da economia, pois amplia talentos, gera inovação e promove uma sociedade mais justa”.

Dados da pesquisa

O levantamento foi realizado entre 3 e 31 de janeiro de 2025, por meio de entrevistas telefônicas, com 147 empreendedores (formais e informais) que possuam alguma deficiência no estado de Mato Grosso. O estudo apresenta uma taxa de confiança de 95% e margem de erro de 4%.

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