MATO GROSSO
Agronegócio é diferencial para crescimento populacional em dez municípios de MT
MATO GROSSO
No topo da lista da está Querência que apresentou 105% de aumento populacional, seguido por Lucas do Rio Verde (83,9%), Nova Mutum (75,9%), Sinop (73,3%), Campos de Júlio (71,1%), Campo Novo do Parecis (66,4%), Sorriso (66,3%), Itanhangá (64,7%), Primavera do Leste (63,5%) e Sapezal (59,9%). São municípios situados na região do Baixo Araguaia, Sul e no eixo da BR-163.
A menor delas é Itanhangá, que tem 7.539 habitantes, mas em 2010 tinha apenas 5.276. A maior é Sinop com atualmente 196.067 pessoas e há 13 anos eram 111.676 habitantes.
Por outro lado, cinco municípios de regiões distintas do Estado apresentaram redução populacional. Novo Santo Antônio perdeu 66,65% dos moradores, seguido por Cotriguaçu (26,51%), Guiratinga (21,32%), Alto Paraguai (20,44%) e Jauru (19,97%).
Municípios que fazem limite com Novo Santo Antônio tiveram aumento populacional, como Serra Nova Dourada, que fica a 60km da cidade. Ela é a segunda menor cidade de Mato Grosso e teve crescimento de 31,86% da população, passando de 1.365 habitantes para 1.800 em 2022. Além disso, tem um PIB per capita de R$ 32.890, enquanto Novo Santo Antônio é de R$ 18.123. São Félix do Araguaia, que também faz limite com a cidade que mais perdeu habitantes no Estado, viu a população crescer em 29,25%, atingindo 13.612 moradores, ante a 10.531 que tinha em 2010.
Para o secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, o crescimento de Mato Grosso e do Centro-Oeste já era esperado, pois todos os indicadores de exportações, geração de emprego, abertura de empresas, microempreendedores individuais já vinham numa crescente há anos.
“O crescimento agrícola do Estado abriu muitas oportunidades, bem como a instalação de novas indústrias que precisaram de mão de obra. Muitas pessoas migraram para o Estado devido ao crescimento exponencial e desenvolvimento do Estado”.
Em relação aos municípios que viram reduzir a população, o secretário aponta que isso também se deve à busca de empregos em outras cidades não necessariamente maiores, pois Campos de Júlio e Itanhangá são exemplos de pequenas cidades que expandiram em número de população e tem menos de dez mil habitantes.
“Dentre as alternativas estão a implantação de agroindústrias para fixar a mão de obra nessas cidades. Mato Grosso está numa fase de desenvolvimento econômico que não tem mais volta. A verticalização da economia com incentivo a industrialização, obras estruturais com as ferrovias e a duplicação da BR-163 devem gerar mais emprego e renda e o crescimento populacional do Estado”.
PIB do agro
O analista de dados do Observatório do Desenvolvimento Econômico, Vinícius Hideki, destaca que as cidades com base no agronegócio têm experimentado um crescimento significativo devido à sua forte ligação com o setor, que é responsável por 56,2% do PIB do Estado. Como principal atividade econômica, é natural que essas cidades se desenvolvam mais rapidamente do que as demais.
“Mato Grosso tem o maior número de municípios no ranking dos mais ricos do agro brasileiro. Se o setor agrícola de uma região se expande e se torna mais produtivo, isso pode levar ao aumento da demanda por mão de obra agrícola. As pessoas podem migrar para áreas rurais em busca de empregos e oportunidades relacionadas à agricultura”.
Contudo, ele pondera ainda que nos últimos anos houve avanços significativos em tecnologia e mecanização agrícola. O uso de máquinas e equipamentos modernos pode aumentar a produtividade e reduzir a necessidade de mão de obra manual. Como resultado, é possível que menos pessoas estejam envolvidas diretamente na atividade agrícola, o que pode levar a um êxodo rural em algumas áreas e, ao mesmo tempo, concentrar a população nestas cidades agrícolas.
“Em alguns casos, áreas rurais estão passando por um processo de urbanização, com o desenvolvimento de infraestrutura, serviços e comodidades urbanas. Isso pode atrair pessoas que buscam uma melhor qualidade de vida e acesso a serviços básicos, levando também ao crescimento”.
Ele também destaca que políticas governamentais favoráveis ao setor agrícola, como investimentos em infraestrutura, programas de desenvolvimento rural e incentivos fiscais, podem estimular o desenvolvimento econômico, atraindo pessoas e contribuindo para o crescimento populacional.
Fonte: Governo MT – MT


MATO GROSSO
Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso

Cerca de 17,6 mil pessoas com deficiência (PCD) têm o próprio negócio em Mato Grosso, segundo pesquisa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT). O levantamento, realizado neste ano, mostra que esses empreendedores representam 3,6% do total de empresários mato-grossenses, com predominância de pessoas com limitações motora (36,7%), visual (34%) e auditiva (29,3%).
O estudo aponta que os empreendedores PCD apresentam elevado nível de escolaridade: 46,9% concluíram o ensino médio e 38,1% têm ensino superior - índice superior à média estadual. A faixa etária predominante está entre 35 e 44 anos (39,5%), seguida por 45 a 54 (22,4%). O grupo é formado majoritariamente por homens (57%). No recorte racial, há equilíbrio entre pardos (36,7%) e brancos (34%), seguidos por pretos (19%).
A maioria é casada (57,1%) e tem filhos (91,2%), o que reforça a importância da renda do próprio negócio para a estrutura familiar.
No campo econômico, os empresários com algum tipo de limitação atuam em diversos setores. O comércio concentra 31,3% dos negócios, seguido por serviços (25,2%), indústria (21,8%) e tecnologia (14,3%). Moda (17,7%), cosméticos (15%) e alimentação (14,3%) estão entre os principais segmentos.
A formalização é alta: 85,7% possuem CNPJ, sendo a maioria registrada como microempresa (48,4%) ou empresa de pequeno porte (32,5%). Além disso, 70% atuam há mais de três anos e quase metade emprega de dois a cinco colaboradores, o que demonstra maturidade e estrutura consolidada.
Dificuldades
As motivações que levam pessoas com deficiência a empreender mesclam necessidade e realização pessoal. Para 40,8%, a decisão está ligada à necessidade financeira, enquanto 34% enxergam oportunidades de mercado e 32% buscam autonomia. A frustração com o mercado de trabalho tradicional (23,1%) e o desejo de realizar um sonho (15%) também aparecem com destaque.
As mulheres tendem a empreender mais por necessidade (54%), enquanto os homens se movem principalmente pela percepção de oportunidade (48,8%).
Na jornada empreendedora, os desafios enfrentados são múltiplas e revelam tanto desafios estruturais quanto específicos. Burocracia (44%), concorrência acirrada (39%) e falta de capital inicial (33%) estão entre as principais dificuldades. Além disso, 21% relataram barreiras diretamente ligadas à deficiência, como acessibilidade e preconceito, e 22% mencionaram dificuldades para equilibrar a vida pessoal e profissional.
Entre as mulheres, questões de gênero e maternidade ganham relevância, enquanto os homens apontam custos e juros elevados como maiores obstáculos.
“O Sebrae apoia todos os empreendedores, porque acredita que o empreendedorismo é um caminho de inclusão e autonomia para todas as pessoas, independentemente de suas condições. Quando um empreendedor PCD empreende, ela inspira e transforma o seu entorno”, afirma Liliane Moreira, analista técnica do Sebrae/MT. “A inclusão produtiva das pessoas com deficiência é uma questão de equidade e também de fortalecimento da economia, pois amplia talentos, gera inovação e promove uma sociedade mais justa”.
Dados da pesquisa
O levantamento foi realizado entre 3 e 31 de janeiro de 2025, por meio de entrevistas telefônicas, com 147 empreendedores (formais e informais) que possuam alguma deficiência no estado de Mato Grosso. O estudo apresenta uma taxa de confiança de 95% e margem de erro de 4%.
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