MATO GROSSO
Alunas denunciam assédio em escola e organizam manifestação
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Os pais e os estudantes da Escola Estadual Governador José Fragelli (Arena Educação), que funciona dentro da Arena Pantanal, farão um protesto nesta terça-feira (29) para cobrar respostas da direção após denúncia de assédio contra alunas.
Os responsáveis, que prefeririam não se identificar, relataram ao site MidiaNews que seis casos de assédio vieram à tona no último mês. Os pais relatam que as vítimas seriam principalmente alunas do Ensino Fundamental – até o 9º ano -, franzinas e de comportamento tímido.
Os alunos que estariam praticando o assédio, segundo os pais, abordavam as vítimas nos corredores da escola no horário de almoço e durante as aulas de prática esportiva. Eles chegaram a tocar nos corpos das meninas.
“[Em relação a] uma das vítimas, a família só ficou sabendo porque a menina desabafou escrevendo uma mensagem na parede da sala de aula – pois a escola não tomou nenhuma atitude contra o assediador – e se recusou a participar da prática esportiva por dois dias seguidos”, relata uma das mães.
Nesta ocasião, a mãe da menina foi acionada para que pagasse pela tinta usada para apagar o desabafo da filha. Porém ela afirma que a direção teria dito que não lhe comunicou a respeito abuso porque não havia encontrado seu telefone.

No comunicado fica claro que a direção estava mais preocupada com a repercussão dos assédios
A mãe ainda contou à reportagem que os pais só ficaram sabendo dos episódios tempos depois, quando os próprios estudantes se juntaram para organizar a manifestação.
Antes dos casos virem à tona, a mãe afirma que o diretor enviou um comunicado que causou indignação nos pais e fez com que eles se juntassem à causa das crianças.
“No comunicado fica claro que a direção estava mais preocupada com a repercussão dos assédios, afinal são seis casos, do que com o próprio assédio e o trauma que irá acompanhar essas meninas para o resto da vida”, relata.
Na manhã de hoje houve uma reunião entre pais, alunos, coordenação, a Secretaria de Educação (Seduc), a União Estadual dos Estudantes (UEE), a União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES) e o Conselho Estadual de Educação.
A representante do UEE afirmou que foi uma conversa “tensa” e “difícil” com a coordenação da escola e não houve a presença do diretor. Apesar disso, a escola garantiu que está tomando atitudes para combater o assédio.
Mesmo após a reunião, será mantida a manifestação desta terça-feira (29) às 17h30 no estacionamento da Arena Educação. Pais, estudantes, membros do UEE e a coordenação da escola estarão presentes.
“O objetivo da manifestação […] é cobrar campanhas preventivas contra o assédio, punição dos assediadores, apoio psicológico às vítimas e suas famílias, apoio psicológico aos assediadores e suas famílias e fim da intimidação contra alunos que se colocam publicamente em defesa da vítima”, explicam os pais.
Outro lado
A Arena Educação publicou uma nota de esclarecimento em que afirma que vem tomando medidas internas para conscientizar os estudantes sobre situações de assédio.
Na nota a insitutição relata que fez, em parceria com a Polícia Civil, palestras sobre assédio moral e sexual, e como as vítimas podem identificar e denunciar aos órgãos responsáveis por apurar os atos infracionais.
Além da manifestação, a direção também informou que foi programada uma roda de conversa na próxima quarta-feira (30) para conscientizar a comunidade escolar sobre assédio e outras atividades sobre o tema no dia 16 de maio.
“[…] Ressaltamos que não ficamos e nem ficaremos imóveis diante de qualquer ato que viole a dignidade humana. Somos professores, educadores, gestores. Referência em elevar a qualidade do ensino no Estado de Mato Grosso, incentivamos nossos alunos a serem protagonistas e produzirem a própria história e, por isso, jamais pactuaremos com ações que não promovam um mundo melhor”, esclarece.
Veja a publicação na íntegra:


MATO GROSSO
Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso

Cerca de 17,6 mil pessoas com deficiência (PCD) têm o próprio negócio em Mato Grosso, segundo pesquisa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT). O levantamento, realizado neste ano, mostra que esses empreendedores representam 3,6% do total de empresários mato-grossenses, com predominância de pessoas com limitações motora (36,7%), visual (34%) e auditiva (29,3%).
O estudo aponta que os empreendedores PCD apresentam elevado nível de escolaridade: 46,9% concluíram o ensino médio e 38,1% têm ensino superior - índice superior à média estadual. A faixa etária predominante está entre 35 e 44 anos (39,5%), seguida por 45 a 54 (22,4%). O grupo é formado majoritariamente por homens (57%). No recorte racial, há equilíbrio entre pardos (36,7%) e brancos (34%), seguidos por pretos (19%).
A maioria é casada (57,1%) e tem filhos (91,2%), o que reforça a importância da renda do próprio negócio para a estrutura familiar.
No campo econômico, os empresários com algum tipo de limitação atuam em diversos setores. O comércio concentra 31,3% dos negócios, seguido por serviços (25,2%), indústria (21,8%) e tecnologia (14,3%). Moda (17,7%), cosméticos (15%) e alimentação (14,3%) estão entre os principais segmentos.
A formalização é alta: 85,7% possuem CNPJ, sendo a maioria registrada como microempresa (48,4%) ou empresa de pequeno porte (32,5%). Além disso, 70% atuam há mais de três anos e quase metade emprega de dois a cinco colaboradores, o que demonstra maturidade e estrutura consolidada.
Dificuldades
As motivações que levam pessoas com deficiência a empreender mesclam necessidade e realização pessoal. Para 40,8%, a decisão está ligada à necessidade financeira, enquanto 34% enxergam oportunidades de mercado e 32% buscam autonomia. A frustração com o mercado de trabalho tradicional (23,1%) e o desejo de realizar um sonho (15%) também aparecem com destaque.
As mulheres tendem a empreender mais por necessidade (54%), enquanto os homens se movem principalmente pela percepção de oportunidade (48,8%).
Na jornada empreendedora, os desafios enfrentados são múltiplas e revelam tanto desafios estruturais quanto específicos. Burocracia (44%), concorrência acirrada (39%) e falta de capital inicial (33%) estão entre as principais dificuldades. Além disso, 21% relataram barreiras diretamente ligadas à deficiência, como acessibilidade e preconceito, e 22% mencionaram dificuldades para equilibrar a vida pessoal e profissional.
Entre as mulheres, questões de gênero e maternidade ganham relevância, enquanto os homens apontam custos e juros elevados como maiores obstáculos.
“O Sebrae apoia todos os empreendedores, porque acredita que o empreendedorismo é um caminho de inclusão e autonomia para todas as pessoas, independentemente de suas condições. Quando um empreendedor PCD empreende, ela inspira e transforma o seu entorno”, afirma Liliane Moreira, analista técnica do Sebrae/MT. “A inclusão produtiva das pessoas com deficiência é uma questão de equidade e também de fortalecimento da economia, pois amplia talentos, gera inovação e promove uma sociedade mais justa”.
Dados da pesquisa
O levantamento foi realizado entre 3 e 31 de janeiro de 2025, por meio de entrevistas telefônicas, com 147 empreendedores (formais e informais) que possuam alguma deficiência no estado de Mato Grosso. O estudo apresenta uma taxa de confiança de 95% e margem de erro de 4%.
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