MATO GROSSO
Assistência técnica da Empaer ajuda produtores de leite a recuperar pasto e aumentar produção
MATO GROSSO
Os produtores de leite Devanir Servino Rubio, 49 anos, e Jair Gomes Rubio, 64 anos, estão satisfeitos com o resultado da pastagem recuperada e o aumento da produção após assistência técnica da Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer). A Chácara Vale do Sonho está localizada na Gleba Santa Fé, na cidade de Tangará da Serra (a 239 km de Cuiabá).
Para dona Devanir todo processo mostra um divisor de águas na vida do casal na propriedade. Ela conta que eles viviam em um sitio em Alto Paraguai, mas venderam para iniciar uma nova fase e próximo da família do marido.
“Sempre fomos da roça e como meu sogro estava dividindo a chácara entre os filhos, nos mudamos para cá. Na época, era triste ver como o pasto estava degradado e precisava ser recuperado. Soubemos do trabalho da Empaer e buscamos ajuda que foi atendida prontamente”.
Segundo a produtora, a ajuda era para auxiliar na atividade da pecuária de leite e já na primeira visita foi identificado sinais de degradação e perda de produtividade na pastagem e iria faltar alternativa de alimento para o gado durante a estiagem. “Sabíamos que era grave, mas o diagnóstico era bem pior do que imaginávamos, mas tinha solução e precisávamos ser rápidos e seguir todas as orientações”.
Foto: Empaer
O técnico da Empaer Adriel Fernandes Correa explica que, junto com o casal, organizou um planejamento para reforma dos pastos que estavam nas piores condições e sugeriu o uso de capineira para ser usado como suplementação para as vacas de leite durante o período seco do ano.
Ele acrescenta que foi realizado análise de solo que permitiu a recomendação de calcário e adubação, a estratégia também foi mudar a espécie de capim utilizada. “Antes o pasto era formado com Braquiária Humidicula e devido às condições de solo e da própria espécie, não era bem aproveitado pelo gado. Por isso, o pasto foi substituído pela Braquiária Marandu, que tem um maior potencial de produção de proteína e matéria seca, e mais palatável pelos animais”.
De acordo com Adriel, o resultado foi imediato. Após as correções de solo e semeadura e, com o primeiro pastejo do novo capim já observou o aumento na lotação animal e na produção de leite.
“Era evidente a satisfação dos produtores que já estão pensando na aquisição de crédito rural para novas matrizes leiteira e investir na atividade com adequações e ampliação do barracão e novos resfriadores”.
O técnico destaca que as orientações continuam para manter o bom manejo da pastagem, através da adubação e altura ideal de pastejo, além do cultivo do capim BRS capiaçu que será usado na forma de capineira e silagem. “O capiaçu tem elevado potencial de produção de massa seca e é utilizado para alimentar o gado no período de estiagem. O plantio iniciou-se em uma pequena área, mas que será aumentada de acordo com a disponibilidade de recursos e mudas”, completa Adriel.
Foto: Empaer


MATO GROSSO
Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso

Cerca de 17,6 mil pessoas com deficiência (PCD) têm o próprio negócio em Mato Grosso, segundo pesquisa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT). O levantamento, realizado neste ano, mostra que esses empreendedores representam 3,6% do total de empresários mato-grossenses, com predominância de pessoas com limitações motora (36,7%), visual (34%) e auditiva (29,3%).
O estudo aponta que os empreendedores PCD apresentam elevado nível de escolaridade: 46,9% concluíram o ensino médio e 38,1% têm ensino superior - índice superior à média estadual. A faixa etária predominante está entre 35 e 44 anos (39,5%), seguida por 45 a 54 (22,4%). O grupo é formado majoritariamente por homens (57%). No recorte racial, há equilíbrio entre pardos (36,7%) e brancos (34%), seguidos por pretos (19%).
A maioria é casada (57,1%) e tem filhos (91,2%), o que reforça a importância da renda do próprio negócio para a estrutura familiar.
No campo econômico, os empresários com algum tipo de limitação atuam em diversos setores. O comércio concentra 31,3% dos negócios, seguido por serviços (25,2%), indústria (21,8%) e tecnologia (14,3%). Moda (17,7%), cosméticos (15%) e alimentação (14,3%) estão entre os principais segmentos.
A formalização é alta: 85,7% possuem CNPJ, sendo a maioria registrada como microempresa (48,4%) ou empresa de pequeno porte (32,5%). Além disso, 70% atuam há mais de três anos e quase metade emprega de dois a cinco colaboradores, o que demonstra maturidade e estrutura consolidada.
Dificuldades
As motivações que levam pessoas com deficiência a empreender mesclam necessidade e realização pessoal. Para 40,8%, a decisão está ligada à necessidade financeira, enquanto 34% enxergam oportunidades de mercado e 32% buscam autonomia. A frustração com o mercado de trabalho tradicional (23,1%) e o desejo de realizar um sonho (15%) também aparecem com destaque.
As mulheres tendem a empreender mais por necessidade (54%), enquanto os homens se movem principalmente pela percepção de oportunidade (48,8%).
Na jornada empreendedora, os desafios enfrentados são múltiplas e revelam tanto desafios estruturais quanto específicos. Burocracia (44%), concorrência acirrada (39%) e falta de capital inicial (33%) estão entre as principais dificuldades. Além disso, 21% relataram barreiras diretamente ligadas à deficiência, como acessibilidade e preconceito, e 22% mencionaram dificuldades para equilibrar a vida pessoal e profissional.
Entre as mulheres, questões de gênero e maternidade ganham relevância, enquanto os homens apontam custos e juros elevados como maiores obstáculos.
“O Sebrae apoia todos os empreendedores, porque acredita que o empreendedorismo é um caminho de inclusão e autonomia para todas as pessoas, independentemente de suas condições. Quando um empreendedor PCD empreende, ela inspira e transforma o seu entorno”, afirma Liliane Moreira, analista técnica do Sebrae/MT. “A inclusão produtiva das pessoas com deficiência é uma questão de equidade e também de fortalecimento da economia, pois amplia talentos, gera inovação e promove uma sociedade mais justa”.
Dados da pesquisa
O levantamento foi realizado entre 3 e 31 de janeiro de 2025, por meio de entrevistas telefônicas, com 147 empreendedores (formais e informais) que possuam alguma deficiência no estado de Mato Grosso. O estudo apresenta uma taxa de confiança de 95% e margem de erro de 4%.
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