MATO GROSSO
Ator cuiabano relata experiência de atuar na novela “Pantanal”
MATO GROSSO
O sucesso de audiência da TV Manchete em 1990 está de volta em 2022, na Rede Globo. E com um ator conhecido do público mato-grossense que, aos poucos, ganha visibilidade no País. Trata-se de Romeu Benedicto, famoso pela personagem Totó Bodega, que interpreta o vaqueiro Anacleto.
Cuiabano, Romeu ficou de setembro e outubro do ano passado em Mato Grosso do Sul gravando o remake.
As gravações foram realizadas nos municípios de Aquidauana, Corumbá e Miranda. Há também locações no Rio de Janeiro, mas o ator ficou baseado apenas em Aquidauana.
Romeu diz que a novela deu grande destaque à região pantaneira e ao seu trabalho. “Tem gente que não sabe que eu tenho vários outros trabalhos na Globo. Mas [o sucesso] nunca foi como agora em Pantanal”, diz.
Escrita originalmente por Benedito Ruy Barbosa, a novela estreou na TV em 27 de março de 1990. A nova versão é dirigida por Rogério Gomes e Walter Carvalho, com roteiro de Bruno Luperi.
A novela é dividida em duas fases. Romeu participa da primeira, interpretando Anacleto, um personagem que não havia na exibição original. Vaqueiro, Anacleto protagoniza um dos primeiros conflitos da trama com o patrão Joventino (Irandhir Santos).
“O conflito de Anacleto é muito real no universo vaqueiro, rural, da relação de patrão e empregado, que lidam com cerca, com gado”, conta. Joventino, patrão, queria pegar os marruás (os bois selvagens) e Anacleto não, já que os vaqueiros gostam do gado mais manso.
TV Globo
Novela teve reestreia na última segunda (28/3)
Depois que o filho de Juventino fica responsável pela fazenda, ele demite Anacleto. Para Romeu, a representatividade mato-grossense teve espaço em “Pantanal”. “Foi uma participação importante. E fiz questão de manter o nosso sotaque”.
“As pessoas que viram a novela me reconheceram. Fiquei muito feliz, recebi muitas mensagens até de gente lá do Japão que viu e me reconheceu”, alegra-se.
As gravações e o Pantanal
O cuiabano conta como foi a dinâmica das gravações em pleno Pantanal, em meio à natureza.
“No Projac [estúdio no Rio de Janeiro] é tudo muito rápido. Ensaia e grava. Porque eles não têm tempo. São 100 cenas para gravar em um dia. Em locações não, a gente tem uma relação mais próxima com a direção, com os atores. Ficamos hospedados todos na Fazenda Primavera. Ficamos juntos, almoçamos juntos, esperamos o tempo passar juntos”.
Antes das gravações, ele teve que passar por um estágio com os verdadeiros vaqueiros para entender melhor as funções do personagem.


MATO GROSSO
Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso

Cerca de 17,6 mil pessoas com deficiência (PCD) têm o próprio negócio em Mato Grosso, segundo pesquisa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT). O levantamento, realizado neste ano, mostra que esses empreendedores representam 3,6% do total de empresários mato-grossenses, com predominância de pessoas com limitações motora (36,7%), visual (34%) e auditiva (29,3%).
O estudo aponta que os empreendedores PCD apresentam elevado nível de escolaridade: 46,9% concluíram o ensino médio e 38,1% têm ensino superior - índice superior à média estadual. A faixa etária predominante está entre 35 e 44 anos (39,5%), seguida por 45 a 54 (22,4%). O grupo é formado majoritariamente por homens (57%). No recorte racial, há equilíbrio entre pardos (36,7%) e brancos (34%), seguidos por pretos (19%).
A maioria é casada (57,1%) e tem filhos (91,2%), o que reforça a importância da renda do próprio negócio para a estrutura familiar.
No campo econômico, os empresários com algum tipo de limitação atuam em diversos setores. O comércio concentra 31,3% dos negócios, seguido por serviços (25,2%), indústria (21,8%) e tecnologia (14,3%). Moda (17,7%), cosméticos (15%) e alimentação (14,3%) estão entre os principais segmentos.
A formalização é alta: 85,7% possuem CNPJ, sendo a maioria registrada como microempresa (48,4%) ou empresa de pequeno porte (32,5%). Além disso, 70% atuam há mais de três anos e quase metade emprega de dois a cinco colaboradores, o que demonstra maturidade e estrutura consolidada.
Dificuldades
As motivações que levam pessoas com deficiência a empreender mesclam necessidade e realização pessoal. Para 40,8%, a decisão está ligada à necessidade financeira, enquanto 34% enxergam oportunidades de mercado e 32% buscam autonomia. A frustração com o mercado de trabalho tradicional (23,1%) e o desejo de realizar um sonho (15%) também aparecem com destaque.
As mulheres tendem a empreender mais por necessidade (54%), enquanto os homens se movem principalmente pela percepção de oportunidade (48,8%).
Na jornada empreendedora, os desafios enfrentados são múltiplas e revelam tanto desafios estruturais quanto específicos. Burocracia (44%), concorrência acirrada (39%) e falta de capital inicial (33%) estão entre as principais dificuldades. Além disso, 21% relataram barreiras diretamente ligadas à deficiência, como acessibilidade e preconceito, e 22% mencionaram dificuldades para equilibrar a vida pessoal e profissional.
Entre as mulheres, questões de gênero e maternidade ganham relevância, enquanto os homens apontam custos e juros elevados como maiores obstáculos.
“O Sebrae apoia todos os empreendedores, porque acredita que o empreendedorismo é um caminho de inclusão e autonomia para todas as pessoas, independentemente de suas condições. Quando um empreendedor PCD empreende, ela inspira e transforma o seu entorno”, afirma Liliane Moreira, analista técnica do Sebrae/MT. “A inclusão produtiva das pessoas com deficiência é uma questão de equidade e também de fortalecimento da economia, pois amplia talentos, gera inovação e promove uma sociedade mais justa”.
Dados da pesquisa
O levantamento foi realizado entre 3 e 31 de janeiro de 2025, por meio de entrevistas telefônicas, com 147 empreendedores (formais e informais) que possuam alguma deficiência no estado de Mato Grosso. O estudo apresenta uma taxa de confiança de 95% e margem de erro de 4%.
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