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Botelho propõe política de emprego à vítima de violência doméstica

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PL foi apresentado em março e aguarda parecer da Comissão de Constituição, Justiça e Redação

Mato Grosso pode instituir a política de empregabilidade para mulheres em situação de violência doméstica e familiar. É o que prevê o projeto de lei apresentado pelo deputado Eduardo Botelho, presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso – ALMT, e aguarda parecer da Comissão de Constituição, Justiça e Redação – CCJR.

A proposta de Botelho considera violência doméstica e familiar contra a mulher, qualquer ação ou omissão baseada no gênero que cause morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico, bem como danos moral ou patrimonial, de acordo com o previsto na Lei nº 11.340/06 (Lei Maria da Penha).

Objetivo é oportunizar vagas de emprego; promover a capacitação e qualificação profissional; ações entre Estado e municípios para a promoção de ações à capacitação profissional; programas, serviços e iniciativas de empregabilidade e capacitação.

“A dependência financeira das mulheres em relação aos agressores é um fator que, por vezes, impede a ruptura e a saída do contexto de violência. A quebra do ciclo passa pelo fortalecimento dessas mulheres, inclusive, com a promoção de oportunidades de inclusão socioprodutiva, seja por meio do acesso a vagas de trabalho, quanto da qualificação profissional, que possam garantir a autonomia e independência financeira”, diz trecho do projeto de Botelho.

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“Conto o apoio dos parlamentares para a aprovação deste projeto que garante a segurança e vida das mulheres em nosso Estado e poderá inspirar outros Estados a adotarem medidas semelhantes”, destaca o presidente da ALMT.

São princípios norteadores do projeto: respeito à autonomia e à dignidade das mulheres; proteção integral; atendimento humanizado; atenção às especificidades de gênero, orientação sexual, raça, etnia, renda, cultura, nível educacional e idade; confidencialidade das informações; garantia do direito ao trabalho como instrumento de superação. A proposta visa também capacitá-las sobre a Lei Maria da Penha; cotas de empregabilidade e sobre acesso à capacitação.

Dessa forma, se aprovado o PL, terão direito as mulheres que comprovarem a situação de violência doméstica, com medida protetiva expedida pela autoridade policial ou judicial; qualquer outro documento que ateste a situação de violência doméstica, que tenha sido elaborado pela rede de atendimento psicossocial municipal.

Acordos, convênios, parcerias com a iniciativa privada, universidades e organizações não governamentais estão previstos no PL.

Violência contra a mulher no país

Segundo a 4ª Edição da Pesquisa Visível e Invisível: A Vitimização de Mulheres no Brasil do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, as diferentes formas de violência contra as mulheres têm aumentado país. As brasileiras têm sido expostas ou vítimas de diferentes formas de violência e, dentre elas, a violência doméstica – fenômeno multifacetado e que exige a adoção de estratégias e ações interdisciplinares para a sua erradicação.

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O Estado tem um papel central na indução e promoção de políticas públicas que contribuam para salvaguardar e proteger a vida das mulheres. Deve-se observar que além de ações como a criação de mais delegacias da mulher, ampliação de espaços de acolhida para mulheres em situação de violência é preciso que o Estado estimule políticas que promovam a autonomia e independência financeira das mulheres.

Conheça as Leis de Botelho em defesa aos Direitos da Mulher:

Lei 12.394/2024 que assegura direitos das mulheres trabalhadoras do setor primário. Entre elas, atividades rurais, extrativistas e agroflorestais.

Lei 10.902/2019 que institui o Programa Feira da Mulher do Campo, que garante emprego e renda para as trabalhadoras da Agricultura Familiar.

Lei 10.676/2018 que obriga os hospitais e maternidades a oferecerem sala especial para parto natural ou humanizado.

Lei 10.970/2019 que oferta cursos à mulher gestante sobre cuidados e atendimentos emergenciais às crianças de zero a seis anos da rede pública hospitalar.

Lei 12.037/2023 que institui veiculação de propagandas de conscientização da sociedade civil mato-grossense sobre pacientes portadores de fibromialgia e demais doenças crônicas correlatas.

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Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso

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Cerca de 17,6 mil pessoas com deficiência (PCD) têm o próprio negócio em Mato Grosso, segundo pesquisa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT). O levantamento, realizado neste ano, mostra que esses empreendedores representam 3,6% do total de empresários mato-grossenses, com predominância de pessoas com limitações motora (36,7%), visual (34%) e auditiva (29,3%).

O estudo aponta que os empreendedores PCD apresentam elevado nível de escolaridade: 46,9% concluíram o ensino médio e 38,1% têm ensino superior ­- índice superior à média estadual. A faixa etária predominante está entre 35 e 44 anos (39,5%), seguida por 45 a 54 (22,4%). O grupo é formado majoritariamente por homens (57%). No recorte racial, há equilíbrio entre pardos (36,7%) e brancos (34%), seguidos por pretos (19%).

A maioria é casada (57,1%) e tem filhos (91,2%), o que reforça a importância da renda do próprio negócio para a estrutura familiar.

No campo econômico, os empresários com algum tipo de limitação atuam em diversos setores. O comércio concentra 31,3% dos negócios, seguido por serviços (25,2%), indústria (21,8%) e tecnologia (14,3%). Moda (17,7%), cosméticos (15%) e alimentação (14,3%) estão entre os principais segmentos.

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A formalização é alta: 85,7% possuem CNPJ, sendo a maioria registrada como microempresa (48,4%) ou empresa de pequeno porte (32,5%). Além disso, 70% atuam há mais de três anos e quase metade emprega de dois a cinco colaboradores, o que demonstra maturidade e estrutura consolidada.

Dificuldades

As motivações que levam pessoas com deficiência a empreender mesclam necessidade e realização pessoal. Para 40,8%, a decisão está ligada à necessidade financeira, enquanto 34% enxergam oportunidades de mercado e 32% buscam autonomia. A frustração com o mercado de trabalho tradicional (23,1%) e o desejo de realizar um sonho (15%) também aparecem com destaque.

As mulheres tendem a empreender mais por necessidade (54%), enquanto os homens se movem principalmente pela percepção de oportunidade (48,8%).

Na jornada empreendedora, os desafios enfrentados são múltiplas e revelam tanto desafios estruturais quanto específicos. Burocracia (44%), concorrência acirrada (39%) e falta de capital inicial (33%) estão entre as principais dificuldades. Além disso, 21% relataram barreiras diretamente ligadas à deficiência, como acessibilidade e preconceito, e 22% mencionaram dificuldades para equilibrar a vida pessoal e profissional.

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Entre as mulheres, questões de gênero e maternidade ganham relevância, enquanto os homens apontam custos e juros elevados como maiores obstáculos.

“O Sebrae apoia todos os empreendedores, porque acredita que o empreendedorismo é um caminho de inclusão e autonomia para todas as pessoas, independentemente de suas condições. Quando um empreendedor PCD empreende, ela inspira e transforma o seu entorno”, afirma Liliane Moreira, analista técnica do Sebrae/MT. “A inclusão produtiva das pessoas com deficiência é uma questão de equidade e também de fortalecimento da economia, pois amplia talentos, gera inovação e promove uma sociedade mais justa”.

Dados da pesquisa

O levantamento foi realizado entre 3 e 31 de janeiro de 2025, por meio de entrevistas telefônicas, com 147 empreendedores (formais e informais) que possuam alguma deficiência no estado de Mato Grosso. O estudo apresenta uma taxa de confiança de 95% e margem de erro de 4%.

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