Search
Close this search box.
CUIABÁ

MATO GROSSO

Candidatos relatam uso de celular, ausência de detector de metal e ‘distração’ de fiscais em concurso da Segurança

Publicados

MATO GROSSO

Candidatos que fizeram o concurso da Secretaria de Estado de Segurança Pública, neste domingo (20), denunciaram ao Olhar Direto problemas na fiscalização e organização da segurança para a realização do certame. Conforme relato, houve casos em que a fiscal da prova mexia no celular em vez de ‘cuidar’ da sala, concorrentes que saíram mais de uma vez da prova para usar aparelho telefônico, mais de duas idas ao banheiro que não tinha detector de metais no momento da revista e tolerância ao atraso. A Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), responsável por aplicar a prova, ainda não se posicionou sobre as reclamações.

Concurseira que realizou a prova na Universidade Federal de Mato Grosso, na sala 8 do bloco de zootecnia, afirmou à reportagem que outro concorrente entrou com celular. Disse ainda que viu concorrente mexendo na bolsa e conversando durante a realização da prova. Questionada sobre a fiscal que avaliou a execução da prova, a fonte respondeu que “só tinha uma senhora, que ficou sentada no celular”, pontuou.

Candidato que fez o certame no bloco de direito da UFMT, reclamou dos mesmos problemas ao Olhar Direto. Segundo ele, em sua sala não havia detector de metal e os concorrentes estavam entrando nas salas com telefone. “Falei com uma conhecida ela fez para perito, a sala dela o pessoal entrou com celular”, contou.

Advogada que fez a prova em VG, na  E.E Prof. José Mendes Martins, relatou que viu  “a falta de detector de metais, falta do colhimento da biometria, fiscais mexendo no celular, a não conferência das provas no lacre, os gabarito sendo entregues sem o lacre”. 

Leia Também:  Sesc-MT promove atrações gratuitas em evento de valorização da identidade cultural em Rondonópolis

Outra candidata também entrou em contato para denunciar adversidades enfrentadas na prova. Ela manifestou sua insatisfação com a desorganização e com a falta de respeito às pessoas que estão concorrendo a um cargo público. Pontuou sobre a falta de detector de metais, o livre trânsito de candidatos entre sala e banheiro. “Os fiscais das salas eram desatentos, poderia usar o celular para fazer a prova”, finalizou.

Posicionamento da Sesp

Procurada, a Secretaria de Estado de Segurança Pública, esclareceu que, mesmo sendo responsável pelo concurso, contratou a UFMT para a realização e aplicação das provas. Até o fechamento dessa reportagem, a UFMT não havia se posicionado. O espaço segue aberto.

Em relação ao caso de escândalo de fraude no certame, a pasta pontuou que “a Polícia Civil, por meio do Núcleo de Inteligência, teve resposta rápida a um caso ocorrido no município de Cáceres. Os quatro suspeitos foram presos antes mesmo de terem acesso a sala de aula e a prova do concurso”.

Denúncia obtida pela Polícia Civil de Cáceres relata que Carlos Eduardo de Miranda Coene, 43 anos, teria pago R$ 50 mil para o policial penal Luiz Antônio D Agosto, 40 anos, fazer a prova do concurso público da Secretaria Estadual de Segurança Pública (Sesp) em seu lugar.

Além dele, foram presos Marcos Aurelio Conceição, 37 anos, e Denilton Dias Feitosa, 41 anos. Todos os detidos são de Cuiabá e alunos de um curso preparatório de Luiz Antônio.

Leia Também:  Primeira etapa do Jogos Escolares Mato-grossense encerra nesta quarta-feira (13) em Campo Verde

Após investigação para apurar denúncia de que um candidato teria contratado uma pessoa para fazer a prova em seu lugar, a equipe da Polícia Civil esteve na Escola Estadual União e Força, onde Luiz Antônio fazia a prova no lugar de Carlos Eduardo.

Luiz Antônio teria trocado a foto do Registro Geral de Carlos Eduardo e vice-versa. Ao ser questionado sobre a fraude, o policial penal disse que Carlos Eduardo seria ruim em redação e por isso, estaria fazendo a prova em seu lugar.

Enquanto isso, Carlos Eduardo se passava por Luiz Antônio na Escola Estadual Rodrigues Fontes. Ele também foi retirado da sala e ao encaminhá-lo para a viatura, os investigadores notaram um volume na sua cintura.

Ele confessou ser um celular, que estava envolto em material com silicone para tentar dissimular o sinal e a fiscalização. Disse ainda que pelo celular, o falso candidato (professor), que faria a prova em outro local, passaria as respostas da prova.

O professor de cursinho confessou que mais dois comparsas também estavam envolvidos na fraude e seriam beneficiados. Estes dois foram identificados como Marcos e Denilton e conduzidos à Delegacia de Cáceres.

Com eles também foram encontrados aparelhos celulares escondidos em uma caixa de silicone, como tentativa de burlar a fiscalização. Conforme declarações dos suspeitos, eles haviam combinado com o professor, sinais para o recebimento das respostas da prova. 

FONTE/REPOST: Pedro Coutinho Bertolini – OLHAR DIRETO

COMENTE ABAIXO:
Propaganda

MATO GROSSO

Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso

Publicados

em

Cerca de 17,6 mil pessoas com deficiência (PCD) têm o próprio negócio em Mato Grosso, segundo pesquisa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT). O levantamento, realizado neste ano, mostra que esses empreendedores representam 3,6% do total de empresários mato-grossenses, com predominância de pessoas com limitações motora (36,7%), visual (34%) e auditiva (29,3%).

O estudo aponta que os empreendedores PCD apresentam elevado nível de escolaridade: 46,9% concluíram o ensino médio e 38,1% têm ensino superior ­- índice superior à média estadual. A faixa etária predominante está entre 35 e 44 anos (39,5%), seguida por 45 a 54 (22,4%). O grupo é formado majoritariamente por homens (57%). No recorte racial, há equilíbrio entre pardos (36,7%) e brancos (34%), seguidos por pretos (19%).

A maioria é casada (57,1%) e tem filhos (91,2%), o que reforça a importância da renda do próprio negócio para a estrutura familiar.

No campo econômico, os empresários com algum tipo de limitação atuam em diversos setores. O comércio concentra 31,3% dos negócios, seguido por serviços (25,2%), indústria (21,8%) e tecnologia (14,3%). Moda (17,7%), cosméticos (15%) e alimentação (14,3%) estão entre os principais segmentos.

Leia Também:  VÍDEO: Novo espaço para a prática da "Equoterapia" é inaugurado em Nova Mutum. Atendimento gratuito à população, veja

A formalização é alta: 85,7% possuem CNPJ, sendo a maioria registrada como microempresa (48,4%) ou empresa de pequeno porte (32,5%). Além disso, 70% atuam há mais de três anos e quase metade emprega de dois a cinco colaboradores, o que demonstra maturidade e estrutura consolidada.

Dificuldades

As motivações que levam pessoas com deficiência a empreender mesclam necessidade e realização pessoal. Para 40,8%, a decisão está ligada à necessidade financeira, enquanto 34% enxergam oportunidades de mercado e 32% buscam autonomia. A frustração com o mercado de trabalho tradicional (23,1%) e o desejo de realizar um sonho (15%) também aparecem com destaque.

As mulheres tendem a empreender mais por necessidade (54%), enquanto os homens se movem principalmente pela percepção de oportunidade (48,8%).

Na jornada empreendedora, os desafios enfrentados são múltiplas e revelam tanto desafios estruturais quanto específicos. Burocracia (44%), concorrência acirrada (39%) e falta de capital inicial (33%) estão entre as principais dificuldades. Além disso, 21% relataram barreiras diretamente ligadas à deficiência, como acessibilidade e preconceito, e 22% mencionaram dificuldades para equilibrar a vida pessoal e profissional.

Leia Também:  VÍDEO: Abílio Jr, apronta mais uma brincadeira durante sessão de CPI em Brasília e leva "Lição de Moral" de outros deputados, veja:

Entre as mulheres, questões de gênero e maternidade ganham relevância, enquanto os homens apontam custos e juros elevados como maiores obstáculos.

“O Sebrae apoia todos os empreendedores, porque acredita que o empreendedorismo é um caminho de inclusão e autonomia para todas as pessoas, independentemente de suas condições. Quando um empreendedor PCD empreende, ela inspira e transforma o seu entorno”, afirma Liliane Moreira, analista técnica do Sebrae/MT. “A inclusão produtiva das pessoas com deficiência é uma questão de equidade e também de fortalecimento da economia, pois amplia talentos, gera inovação e promove uma sociedade mais justa”.

Dados da pesquisa

O levantamento foi realizado entre 3 e 31 de janeiro de 2025, por meio de entrevistas telefônicas, com 147 empreendedores (formais e informais) que possuam alguma deficiência no estado de Mato Grosso. O estudo apresenta uma taxa de confiança de 95% e margem de erro de 4%.

COMENTE ABAIXO:
Continue lendo

CUIABÁ

VÁRZEA GRANDE

MATO GROSSO

POLÍCIA

MAIS LIDAS DA SEMANA