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Captação de órgão realizada em MT proporcionará chance de vida a paciente do Distrito Federal

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A Central Estadual de Transplantes, da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MT), realizou na tarde de sexta-feira (23.12) o terceiro processo de captação de órgão coordenado pela equipe estadual em 2022. Com a decisão da família do ente falecido pela doação de órgãos, um paciente do Distrito Federal ganhou uma nova chance de vida.

O protocolo teve início após notificação de diagnóstico de morte encefálica em um hospital particular de Cuiabá, no dia 20 de dezembro. Após todos os procedimentos necessários, e a comunicação da opção pela doação de órgãos, foi feita a oferta para a Central Nacional de Transplantes, que realizou a busca e identificou um receptor compatível para o fígado.

Na manhã de sexta-feira (23.12), uma equipe captadora do Distrito Federal se deslocou até Cuiabá para realizar a cirurgia de retirada do órgão, que foi bem sucedida. O fígado foi captado no período da tarde e a equipe da Secretaria de Mobilidade Urbana (Semob) prestou suporte para garantir o transporte rápido e seguro do órgão e da equipe no trajeto do hospital até o Aeroporto Marechal Rondon.

“Nos solidarizamos com a família que se despediu de um ente querido e desejamos que toda a nossa gratidão pelo nobre gesto de doação possa confortá-los, assim como a certeza de que, apesar da dor, foi possível proporcionar esperança e melhor qualidade de vida para uma pessoa e toda sua família”, disse a secretária de Estado de Saúde, Kelluby de Oliveira.

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A Secretaria de Estado de Saúde tem investido na reestruturação da Central Estadual de Transplantes com ampliação da equipe, implantação da Comissão intra-hospitalar de doação de órgãos e tecidos para transplante e capacitação dos profissionais médicos dos hospitais públicos e privados da capital e interior. Essas ações visam a ampliação do número de captações de órgãos nos próximos meses.

A coordenadora da Central Estadual de Transplantes, Daniely Beatrice, enfatiza a importância do serviço realizado pelas equipes do Estado, e reforça que, sem a doação da família do ente falecido, não seria possível dar uma chance de vida a outra pessoa.

“É imprescindível a conscientização da população na hora de tomar a decisão pela doação de órgãos. Fica o nosso apelo para que, em vida, as pessoas conversem sobre o assunto com amigos e familiares, sinalizando o interesse de ser um doador. Essa é uma atitude simples e que pode salvar muitas vidas”, reforça.

A gestora ainda destaca a importância da captação de órgãos no Estado e explica que a Central auxilia durante todo o processo, com o objetivo de deixá-lo amplamente conhecido por todos os hospitais do Estado.

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“Por meio da captação de órgãos, podemos ajudar no andamento da fila de espera nacional para transplantes. Por isso, é muito importante a população entender que somente a doação de órgãos faz a fila andar e mais pessoas poderem, dessa forma, receber o tão esperando transplante”.

A Central Estadual também enfatiza a importância dos hospitais notificarem todas as prováveis mortes encefálicas e fecharem este diagnóstico; este é um direito do paciente e, uma vez que diagnosticada a morte encefálica, é possível ofertar à família a possibilidade da doação de órgãos e tecidos.

Transplantes em Mato Grosso

Atualmente, os pacientes de Mato Grosso que precisam de transplante de rim e outros órgãos, como fígado, pâncreas e coração, são encaminhados pelo serviço de Tratamento Fora Domicílio do Sistema Único de Saúde (SUS) para serem transplantados em outros Estados. Os gastos com locomoção e uma ajuda de custo para estadia e alimentação do paciente são pagos pela SES. 

O transplante de córneas, porém, pode ser feito em Mato Grosso. Até outubro de 2022, foram realizados 165 transplantes de córnea no Estado.

Fonte: GOV MT

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Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso

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Cerca de 17,6 mil pessoas com deficiência (PCD) têm o próprio negócio em Mato Grosso, segundo pesquisa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT). O levantamento, realizado neste ano, mostra que esses empreendedores representam 3,6% do total de empresários mato-grossenses, com predominância de pessoas com limitações motora (36,7%), visual (34%) e auditiva (29,3%).

O estudo aponta que os empreendedores PCD apresentam elevado nível de escolaridade: 46,9% concluíram o ensino médio e 38,1% têm ensino superior ­- índice superior à média estadual. A faixa etária predominante está entre 35 e 44 anos (39,5%), seguida por 45 a 54 (22,4%). O grupo é formado majoritariamente por homens (57%). No recorte racial, há equilíbrio entre pardos (36,7%) e brancos (34%), seguidos por pretos (19%).

A maioria é casada (57,1%) e tem filhos (91,2%), o que reforça a importância da renda do próprio negócio para a estrutura familiar.

No campo econômico, os empresários com algum tipo de limitação atuam em diversos setores. O comércio concentra 31,3% dos negócios, seguido por serviços (25,2%), indústria (21,8%) e tecnologia (14,3%). Moda (17,7%), cosméticos (15%) e alimentação (14,3%) estão entre os principais segmentos.

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A formalização é alta: 85,7% possuem CNPJ, sendo a maioria registrada como microempresa (48,4%) ou empresa de pequeno porte (32,5%). Além disso, 70% atuam há mais de três anos e quase metade emprega de dois a cinco colaboradores, o que demonstra maturidade e estrutura consolidada.

Dificuldades

As motivações que levam pessoas com deficiência a empreender mesclam necessidade e realização pessoal. Para 40,8%, a decisão está ligada à necessidade financeira, enquanto 34% enxergam oportunidades de mercado e 32% buscam autonomia. A frustração com o mercado de trabalho tradicional (23,1%) e o desejo de realizar um sonho (15%) também aparecem com destaque.

As mulheres tendem a empreender mais por necessidade (54%), enquanto os homens se movem principalmente pela percepção de oportunidade (48,8%).

Na jornada empreendedora, os desafios enfrentados são múltiplas e revelam tanto desafios estruturais quanto específicos. Burocracia (44%), concorrência acirrada (39%) e falta de capital inicial (33%) estão entre as principais dificuldades. Além disso, 21% relataram barreiras diretamente ligadas à deficiência, como acessibilidade e preconceito, e 22% mencionaram dificuldades para equilibrar a vida pessoal e profissional.

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Entre as mulheres, questões de gênero e maternidade ganham relevância, enquanto os homens apontam custos e juros elevados como maiores obstáculos.

“O Sebrae apoia todos os empreendedores, porque acredita que o empreendedorismo é um caminho de inclusão e autonomia para todas as pessoas, independentemente de suas condições. Quando um empreendedor PCD empreende, ela inspira e transforma o seu entorno”, afirma Liliane Moreira, analista técnica do Sebrae/MT. “A inclusão produtiva das pessoas com deficiência é uma questão de equidade e também de fortalecimento da economia, pois amplia talentos, gera inovação e promove uma sociedade mais justa”.

Dados da pesquisa

O levantamento foi realizado entre 3 e 31 de janeiro de 2025, por meio de entrevistas telefônicas, com 147 empreendedores (formais e informais) que possuam alguma deficiência no estado de Mato Grosso. O estudo apresenta uma taxa de confiança de 95% e margem de erro de 4%.

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