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CGE e OAB discutem medidas para combater a violência contra mulheres

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O secretário-controlador geral do Estado, Paulo Farias, recebeu, nesta terça-feira (12.09), a visita da presidente da Comissão da Mulher Advogada da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Mato Grosso (OAB-MT) e procuradora do Estado, Glaucia Amaral. O objetivo da reunião foi discutir ações conjuntas de prevenção e combate à violência contra a mulher.

Uma das ideias da representante da OAB foi criar grupos reflexivos de gênero para os homens, um método que tem demonstrado resultados positivos na desconstrução da cultura machista. Pessoas treinadas nesse método auxiliam os homens a refletirem sobre seu comportamento, redimensionando crenças e valores para a mudança de atitudes.

Glaucia afirmou que a CGE, como órgão central de Corregedoria do Poder Executivo, pode liderar este projeto com aos servidores estaduais, especialmente os civis, já que os militares estaduais têm um programa similar. Ela destacou que os homens que participarem dos grupos reflexivos se tornariam disseminadores do conhecimento adquirido, contribuindo para prevenir o uso da violência contra as mulheres.

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“Precisamos do envolvimento dos homens no combate à violência contra as mulheres. Se considerarmos os cerca de 70 mil servidores ativos do Estado, fica claro que o Poder Executivo pode influenciar nesta mudança de cultura”, observou.

Outros Poderes constituídos e empresas privadas que já instalaram grupos reflexivos tiveram resultados positivos na redução da violência, além de aumentar a produtividade dos colaboradores e reduzir o assédio no ambiente de trabalho.

Outra sugestão à CGE foi capacitar as Unidades Setoriais de Correição e Comissões Processantes dos órgãos e entidades do Poder Executivo Estadual para analisar os processos com uma perspectiva do gênero, a exemplo do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que editou normas neste sentido para os julgamentos em todo o Poder Judiciário.

Segundo a representante da OAB, a ênfase na igualdade de gênero é vista como um caminho eficaz para reduzir a violência, não apenas de homens específicos, mas também modificar a cultura machista. “Quando você enfatiza a igualdade, a violência diminui”, observou.

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O secretário da CGE reafirmou o compromisso do órgão com a causa e se comprometeu a apresentar as propostas à equipe técnica para a criação de um plano de ação, como desdobramento do programa de combate ao assédio moral e sexual no serviço público. “Precisamos fazer a diferença e promover um ambiente de trabalho seguro e respeitoso para todos”, observou Paulo Farias.

Também estiveram presentes na reunião outras integrantes da Comissão da Mulher Advogada da OAB-MT, Ana Carolina e Cristiane Ourives, servidora da CGE.

Fonte: Governo MT – MT

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Decisão do STJ obriga juízes do TJMT analisar essencialidade de grãos em RJ de produtores rurais

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O ministro João Otávio de Noronha, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), deu provimento ao recurso especial interposto por produtores rurais, e reformou acórdão do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), obrigando os juízes a realizar novo julgamento sobre extraconcursalidade dos créditos e da essencialidade dos grãos no processo de recuperacional.

Os produtores entraram com recurso após o Juízo da 4ª Vara Cível da Comarca de Rondonópolis deferir a recuperação judicial dos recorrentes, mas considerar que o crédito executado era de natureza extraconcursal, pois decorria de contrato de Barter com emissão de Cédula de Produto Rural (CPR), não se submetendo aos efeitos da recuperação. Porém, no julgamento, o Tribunal afastou a essencialidade dos grãos sem justificar as razões de tal medida.

Em sua decisão, o ministro destacou que o acórdão do TJMT se limitou a afirmar a extraconcursalidade do crédito com base na natureza da CPR, proveniente de contrato de Barter, porém, sem discorrer sobre a exceção prevista no artigo 11 da Lei 8.929/1994.

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“Assim, não há elementos no acórdão que possam subsidiar, de forma concreta, a extraconcursalidade atribuída à CPR, muito menos a não essencialidade dos grãos para garantir o cumprimento do plano de recuperação”, diz trecho da decisão.

Operação Barter é uma operação financeira entre produtor rural e empresas de produtos utilizados no agronegócio, uma modalidade de crédito em que o pagamento ocorre de uma forma diferente do crédito convencional. Por meio de um acordo realizado antes da colheita, o produtor adquire insumos agrícolas e realiza o pagamento com os produtos que ele cultiva em sua lavoura. Isso quer dizer que não é preciso fazer o pagamento antecipado em dinheiro.

De acordo com o advogado do Grupo ERS e especialista em recuperação judicial, Allison Giuliano Franco e Sousa, a decisão traz mais segurança jurídica aos produtores rurais.

“Em um período em que os pedidos de recuperação judicial no campo crescem a cada novo levantamento divulgado, temos uma sinalização de um ministro do STJ que diz que o argumento dos produtores rurais para ficarem com os grãos, pois são bens essenciais para a manutenção da atividade é o suficiente. Com a decisão, o STJ obriga os juízes a se manifestarem sobre a essencialidade dos contratos de Barter, não podendo serem retirados imediatamente da recuperação judicial, isso traz mais segurança jurídica aos produtores”, explicou.

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