MATO GROSSO
Confira as ações do Governo de MT para prevenção e combate aos incêndios florestais
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Somente para 2024, o Governo destinou R$ 74,5 milhões para combate aos crimes ambientais, dos quais R$ 30,9 milhões são exclusivamente para combate aos incêndios.
Confira abaixo a atuação de cada Secretaria:
Sema
Para garantir mais efetividade no combate aos incêndios, a Secretaria de Meio Ambiente antecipou e estendeu o período proibitivo de uso do fogo no Pantanal, consideração as previsões de estiagem severa para os próximos meses, e elaborou, de forma conjunta, o Plano de Combate ao Desmatamento Ilegal e Incêndios Florestais.
A Sema faz o monitoramento de focos de calor pela plataforma Planet – um sistema de alta resolução e precisão que monitora, via imagens de satélite de alta definição, o Estado em tempo real -, e emitiu nota técnica orientativa para os produtores rurais. O documento propõe as estruturas mínimas que devem ser mantidas para evitar o alastramento do fogo.

Créditos: Christiano Antonucci – Secom – MT
A Secretaria também participa das ações integradas, como a Operação de Combate aos Incêndios Florestais no Pantanal. A ação antecipou a distribuição dos bombeiros militares em regiões estratégicas, enviando, de imediato, militares para combater os incêndios no Pantanal.
A Secretaria de Meio Ambiente também executa os planos de prevenção e combate aos incêndios florestais em unidades de conservação estaduais, que preveem mapeamento de áreas para construção de aceiros, formação de brigadistas e educação ambiental, visitas técnicas e manejo integrado do fogo, para que os incêndios futuros não sejam de grandes proporções.
Corpo de Bombeiros
Por meio do Corpo de Bombeiros Militar (CBM), o Estado capacitou 883 brigadistas em 29 cidades e está reforçando o efetivo para garantir uma resposta mais eficiente no combate às chamas nos três biomas presentes em Mato Grosso: Amazônia, Pantanal e Cerrado.

O CBM também capacitou bombeiros militares com o 1º Curso de Queima Prescrita – técnica utilizada para criar uma barreira natural e evitar o espalhamento do fogo em caso de incêndio -, e realizou ações educativas e de conscientização em 35 comunidades rurais e escolas.
Defesa Civil
A Defesa Civil também se reuniu com as Coordenadorias Municipais de Defesa Civil para orientação de ações de prevenção e preparação para a temporada de incêndios florestais. As equipes ainda fizeram o mapeamento das pistas de pouso na região do Pantanal e dos pontos de captação de água para apoio às ações de resposta aos incêndios.
Os agentes da Defesa Civil também realizaram vistorias técnicas para analisar as condições de tráfego na Transpantaneira, para o apoio logístico durante o período proibitivo, e reuniões com os proprietários de hotéis e pousadas na região para a articulação de ações integradas.

Para auxiliar nas ações de resposta aos incêndios florestais, a Defesa Civil também dispõe de um contrato de quatro aeronaves, que poderão ser acionadas simultaneamente para o combate direto às chamas.
Sinfra
A Sinfra também atua de forma integrada com as demais Secretarias para apoio logístico nas operações no Pantanal, criando aceiros nas rodovias MT-060 (Transpantaneira) e 456 e e em estradas vicinais, e construindo açudes para servirem de abastecimento nos locais onde serão instalados poços artesianos.
Também foram construídos açudes em locais indicados pela Sema, que serão de bebedouros e abrigos para os animais da região.
Para auxiliar na decolagem e pouso das aeronaves que dão apoio ao combate aos incêndios, a Sinfra melhorou as condições de tráfego, com patrolamento e cascalhamento, em pistas de pousos e nas rodovias da região. Ainda, faz a substituição de pontes de madeira por concreto e aduelas, e a suavização de aterros e encabeçamentos, garantindo mais segurança a quem passar pelas rodovias.
Outra ação da Secretaria de Infraestrutura e Logística é a abertura de estradas para facilitar o acesso dos militares e brigadistas às áreas de mata, melhorando a capacidade de resposta no combate aos incêndios. A Pasta ainda disponibilizou máquinas de patrulhas mecanizadas para apoiar as atividades.
Metamat
Para auxiliar nas operações de combate aos incêndios florestais, a Companhia Mato-grossense de Mineração (Metamat) realizou a perfuração de três poços artesianos no município de Poconé.
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Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso
Cerca de 17,6 mil pessoas com deficiência (PCD) têm o próprio negócio em Mato Grosso, segundo pesquisa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT). O levantamento, realizado neste ano, mostra que esses empreendedores representam 3,6% do total de empresários mato-grossenses, com predominância de pessoas com limitações motora (36,7%), visual (34%) e auditiva (29,3%).
O estudo aponta que os empreendedores PCD apresentam elevado nível de escolaridade: 46,9% concluíram o ensino médio e 38,1% têm ensino superior - índice superior à média estadual. A faixa etária predominante está entre 35 e 44 anos (39,5%), seguida por 45 a 54 (22,4%). O grupo é formado majoritariamente por homens (57%). No recorte racial, há equilíbrio entre pardos (36,7%) e brancos (34%), seguidos por pretos (19%).
A maioria é casada (57,1%) e tem filhos (91,2%), o que reforça a importância da renda do próprio negócio para a estrutura familiar.
No campo econômico, os empresários com algum tipo de limitação atuam em diversos setores. O comércio concentra 31,3% dos negócios, seguido por serviços (25,2%), indústria (21,8%) e tecnologia (14,3%). Moda (17,7%), cosméticos (15%) e alimentação (14,3%) estão entre os principais segmentos.
A formalização é alta: 85,7% possuem CNPJ, sendo a maioria registrada como microempresa (48,4%) ou empresa de pequeno porte (32,5%). Além disso, 70% atuam há mais de três anos e quase metade emprega de dois a cinco colaboradores, o que demonstra maturidade e estrutura consolidada.
Dificuldades
As motivações que levam pessoas com deficiência a empreender mesclam necessidade e realização pessoal. Para 40,8%, a decisão está ligada à necessidade financeira, enquanto 34% enxergam oportunidades de mercado e 32% buscam autonomia. A frustração com o mercado de trabalho tradicional (23,1%) e o desejo de realizar um sonho (15%) também aparecem com destaque.
As mulheres tendem a empreender mais por necessidade (54%), enquanto os homens se movem principalmente pela percepção de oportunidade (48,8%).
Na jornada empreendedora, os desafios enfrentados são múltiplas e revelam tanto desafios estruturais quanto específicos. Burocracia (44%), concorrência acirrada (39%) e falta de capital inicial (33%) estão entre as principais dificuldades. Além disso, 21% relataram barreiras diretamente ligadas à deficiência, como acessibilidade e preconceito, e 22% mencionaram dificuldades para equilibrar a vida pessoal e profissional.
Entre as mulheres, questões de gênero e maternidade ganham relevância, enquanto os homens apontam custos e juros elevados como maiores obstáculos.
“O Sebrae apoia todos os empreendedores, porque acredita que o empreendedorismo é um caminho de inclusão e autonomia para todas as pessoas, independentemente de suas condições. Quando um empreendedor PCD empreende, ela inspira e transforma o seu entorno”, afirma Liliane Moreira, analista técnica do Sebrae/MT. “A inclusão produtiva das pessoas com deficiência é uma questão de equidade e também de fortalecimento da economia, pois amplia talentos, gera inovação e promove uma sociedade mais justa”.
Dados da pesquisa
O levantamento foi realizado entre 3 e 31 de janeiro de 2025, por meio de entrevistas telefônicas, com 147 empreendedores (formais e informais) que possuam alguma deficiência no estado de Mato Grosso. O estudo apresenta uma taxa de confiança de 95% e margem de erro de 4%.