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Congresso debate Recuperação e Reestruturação de Empresas do Agronegócio  

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Realizado em Cuiabá, entre os dias 03 e 05 de setembro, o VII Congresso de Reestruturação e Recuperação Empresarial de Mato Grosso – 2025 reuniu juristas e autoridades de todo o país para tratar do tema recuperação de empresas do agronegócio. O evento, que foi realizado pela Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Mato Grosso (OAB-MT) reuniu os maiores operadores dessa área no país.

O Advogado especialista em recuperação judicial de empresas do agronegócio, Euclides Ribeiro do Grupo ERS, foi um dos debatedores no evento e destacou entre outros a fala do desembargador Marcos Regenold Fernandes, que disse que a interpretação do juiz sobre cada caso deve ser levada em consideração.

“Não adianta que nós, operadores, busquemos na lei, somente na lei, a resposta para tudo. Vamos precisar que muitas coisas que acontecem caso a caso sejam interpretadas pelo juiz, pelo desembargador e pelo ministro que está cuidando daquele caso concreto. Nós não vamos conseguir colocar todas as situações existentes dentro do direito positivo, temos que ter ao menos um pedaço aberto da lei dizendo que precisamos preservar as empresas e quem produz, pois isso é o que nos trouxe até aqui”, pontuou.

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Para Ribeiro, preservar a empresa e aquele que está produzindo vai permitir que aquele financiador continue recebendo a sua parte.
A maior transformação nesse Congresso pode ter sido o viés de que Recuperação Judicial veio para ficar. Inúmeros bancos patrocinam hoje o evento, sinal de que estão interessados em financiar os produtores em recuperação judicial, em vista da crescente jurisprudência que vem transformando o mercado.

A presidente da Comissão de Recuperação Judicial da OAB-MT, Aline Néspoli, destacou a relevância do congresso. “Um evento transformador, com avaliação do cenário econômico brasileiro de crise, estudo das ferramentas extra e judiciais existentes, assim como busca por soluções sofisticadas à reestruturação de dívidas, sempre pautados pela segurança jurídica. Não se sai de um evento como este da mesma forma que entrou. Esta é uma área técnica e complexa, que exige dos profissionais e advogados atualização constante”, afirmou.

No destaque, a Desembargadora Clarice Gaudino, ressaltou a importância da mediação no processo da recuperação judicial, pela facilidade que passa a dar nas negociações. Em termos de nova jurisprudência.

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Por sua vez, encerrando o evento, a desembargadora Anglizey Oliveira ressaltou a recentíssima jurisprudência do STJ, ao afirmar que “nosso Tribunal que direciona os juízes e desembargadores do país, revolucionou o conceito de “bens de capital essenciais”, RESP 2.218.453-AL, e firmou a necessidade de que o conceito deve ser atualizado para abarcar bens que sejam muito mais abrangentes que apenas as máquinas, instalações e equipamentos”.

A presidente da OAB-MT, Gisela Cardoso, que também participou do evento destacou o crescimento e a evolução do Congresso. Ela lembrou que a primeira edição, em 2019, reuniu cerca de 150 participantes no auditório da Ordem e ressaltou o crescimento e relevância do encontro.

“É uma alegria chegarmos, sete anos depois, com a participação de tantas pessoas estudiosas, todos para debater um tema tão essencial que é a recuperação de empresas. Este congresso reafirma o compromisso da OAB Mato Grosso em buscar soluções jurídicas responsáveis e humanas para enfrentar a crise econômica, preservando empresas, empregos e sonhos. O Congresso de Reestruturação e Recuperação Empresarial de Mato Grosso, hoje, é uma referência nacional”, segundo a Presidente da Instituição.

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Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso

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Cerca de 17,6 mil pessoas com deficiência (PCD) têm o próprio negócio em Mato Grosso, segundo pesquisa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT). O levantamento, realizado neste ano, mostra que esses empreendedores representam 3,6% do total de empresários mato-grossenses, com predominância de pessoas com limitações motora (36,7%), visual (34%) e auditiva (29,3%).

O estudo aponta que os empreendedores PCD apresentam elevado nível de escolaridade: 46,9% concluíram o ensino médio e 38,1% têm ensino superior ­- índice superior à média estadual. A faixa etária predominante está entre 35 e 44 anos (39,5%), seguida por 45 a 54 (22,4%). O grupo é formado majoritariamente por homens (57%). No recorte racial, há equilíbrio entre pardos (36,7%) e brancos (34%), seguidos por pretos (19%).

A maioria é casada (57,1%) e tem filhos (91,2%), o que reforça a importância da renda do próprio negócio para a estrutura familiar.

No campo econômico, os empresários com algum tipo de limitação atuam em diversos setores. O comércio concentra 31,3% dos negócios, seguido por serviços (25,2%), indústria (21,8%) e tecnologia (14,3%). Moda (17,7%), cosméticos (15%) e alimentação (14,3%) estão entre os principais segmentos.

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A formalização é alta: 85,7% possuem CNPJ, sendo a maioria registrada como microempresa (48,4%) ou empresa de pequeno porte (32,5%). Além disso, 70% atuam há mais de três anos e quase metade emprega de dois a cinco colaboradores, o que demonstra maturidade e estrutura consolidada.

Dificuldades

As motivações que levam pessoas com deficiência a empreender mesclam necessidade e realização pessoal. Para 40,8%, a decisão está ligada à necessidade financeira, enquanto 34% enxergam oportunidades de mercado e 32% buscam autonomia. A frustração com o mercado de trabalho tradicional (23,1%) e o desejo de realizar um sonho (15%) também aparecem com destaque.

As mulheres tendem a empreender mais por necessidade (54%), enquanto os homens se movem principalmente pela percepção de oportunidade (48,8%).

Na jornada empreendedora, os desafios enfrentados são múltiplas e revelam tanto desafios estruturais quanto específicos. Burocracia (44%), concorrência acirrada (39%) e falta de capital inicial (33%) estão entre as principais dificuldades. Além disso, 21% relataram barreiras diretamente ligadas à deficiência, como acessibilidade e preconceito, e 22% mencionaram dificuldades para equilibrar a vida pessoal e profissional.

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Entre as mulheres, questões de gênero e maternidade ganham relevância, enquanto os homens apontam custos e juros elevados como maiores obstáculos.

“O Sebrae apoia todos os empreendedores, porque acredita que o empreendedorismo é um caminho de inclusão e autonomia para todas as pessoas, independentemente de suas condições. Quando um empreendedor PCD empreende, ela inspira e transforma o seu entorno”, afirma Liliane Moreira, analista técnica do Sebrae/MT. “A inclusão produtiva das pessoas com deficiência é uma questão de equidade e também de fortalecimento da economia, pois amplia talentos, gera inovação e promove uma sociedade mais justa”.

Dados da pesquisa

O levantamento foi realizado entre 3 e 31 de janeiro de 2025, por meio de entrevistas telefônicas, com 147 empreendedores (formais e informais) que possuam alguma deficiência no estado de Mato Grosso. O estudo apresenta uma taxa de confiança de 95% e margem de erro de 4%.

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