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Conheça a indústria de Sinop que tempera Mato Grosso

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É difícil entrar na casa de uma pessoa e não encontrar pelo menos um pacotinho verde e amarelo, na gaveta ou no pote de temperos. Presente em mais de 2,5 mil pontos de vendas em todo Mato Grosso e também no sul do Pará, os produtos da Leli Alimentos estão desde as gôndolas das grandes redes de supermercados até os botecos de esquina. É difícil encontrar um lugar que não venda Leli. Mas você sabia que essa indústria alimentícia é de Sinop?

O GC Notícias visitou nesta quarta-feira (1), a Leli Alimentos, que passou por uma recente ampliação. Sua indústria está localizada no LIC Sul (Loteamento Industrial e Comercial Sul), um local projetado pela gestão pública para abrigar empresas, gerando emprego e renda. No caso da Leli funcionou. São 25 pessoas trabalhando na empresa, tanto na parte de produção, como nas vendas e no administrativo.

“Leli” era o apelido de José Andreu da Silva, finado pai de Rildo Brito da Silva – a quem todos conhecem também pelo apelido: Pimenta. “Eu viajava vendendo os produtos da empresa pelo Norte do Mato Grosso, e o que mais vendia era pimenta e colorau. O pessoal começou a me chamar de o cara da pimenta e acabou pegando”, conta Pimenta, relembrando os primeiros anos da Leli.

O negócio de temperos é uma herança da família. Leli, filho de sitiantes no interior de São Paulo, começou cedo trabalhando com a compra e venda de especiarias. Com o tempo, aprendeu os meandros do negócio, foi para Cuiabá, onde começou uma pequena fabriqueta, em 1986. Pimenta trabalhou alguns anos com o pai, herdando o conhecimento com os temperos. Anos depois, se mudou para Sinop, tentou replicar o modelo implantado pelo pai junto com o irmão, teve problemas e o negócio acabou fechando. Parecia acabar por ali a tradição de temperos na família Silva.

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Em 2009, Pimenta decidiu tentar outra vez. Incentivado por amigos e clientes, ele aprumou as máquinas, comprou especiarias e retomou a produção. “Era um barracão, na Avenida dos Jatobás, com 3 funcionários. Começamos muito pequenos”, lembra Pimenta.

Mas o que vinha dentro do pacotinho era bom. Pimenta aprimorou as lições que aprendeu com o pai, dominando a compra de especiarias. “O mesmo tempero tem qualidades diferentes, preços diferentes. Quando está no mercado, o cliente pode não perceber, mas vai ver a diferença na hora de usar”, comenta o empresário. “Aqui nunca abrimos mão da qualidade”, completa.

A matéria prima de qualidade e a experiência em manipular especiarias é o ponto de partida dessa indústria. Os temperos chegam em grandes volumes até a fábrica da Leli, onde são porcionados e embalados. Temperos em pó, que são mais homogêneos, como açafrão, páprica, cominho, pimenta calabresa, são embalados automaticamente. A indústria tem 4 seladoras novas, cada uma com capacidade de produzir 60 embalagens por minuto. Mas tem temperos da Leli que são escolhidos no dedo.

Pimenta explica que em alguns condimentos, a seleção é manual. Canela em pau, folhas de louro, as flores de camomila e o anis estrelado, por exemplo, são embalados a mão. “Esses produtos não são uniformes, eles seguem o tamanho e a proporção que a natureza deu. Então, precisa da mão e do olho humano para fazer a proporção correta para cada pacote”, explica.

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Nessa planta da Leli de Sinop são fabricados mais de 80 diferentes produtos, dos tradicionais envelopes com temperos secos, até a mais nova linha que conta com sais temperados para Parrilla e especiarias mais incomuns, de alto valor, como o zimbro e a páprica defumada. À pedido de cozinhas profissionais, a indústria acabou elaborando uma linha com embalagens maiores, de até um quilo, com os temperos selecionados pela Leli.

Uma vez porcionados e embalados, os produtos são agrupados em lotes maiores, que vão para o estoque e distribuição. A entrega é feita com frota própria e também terceirizada, em uma proporção de metade, metade. Antes de sair, cada lote é identificado com um código de barra, o que organiza o serviço de entrega e rastreamento da carga. Essa “organização” já faz parte do toque da nova geração. Gustavo e Guilherme, filhos de Pimenta, formados em Administração, estão dando sequência ao legado da Leli, implementando um processo de modernização na indústria.

Consolidado em Mato Grosso, agora a Leli mira o mercado mais ao Norte. A empresa iniciou a fase de estudos para uma expansão, visando atender o gigantesco mercado de Belém, a capital do Pará e sede do mercado público mais famoso do país: o Ver-o-Peso.

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Kickboxing: a arte marcial que transforma vidas e agora projeta Mato Grosso no cenário nacional

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Com técnica, disciplina e espetáculo, o kickboxing está conquistando cada vez mais espaço entre as artes marciais no Brasil. E agora é a vez de Mato Grosso se tornar protagonista nessa história. No dia 30 de agosto, Cuiabá sediará pela primeira vez um evento 100% profissional da modalidade: o MT Warriors Championship, com apoio do Governo do Estado.

A competição será realizada no Palácio das Artes Marciais Iusso Sinohara, ao lado da Arena Pantanal, com entrada gratuita e uma estrutura de padrão internacional. O evento reunirá 12 lutas profissionais, incluindo duas disputas de cinturão reconhecidas pelas principais entidades da modalidade no Brasil e no mundo: a CBKB PRO (Confederação Brasileira de Kickboxing Profissional) e a WAKO PRO (World Association of Kickboxing Organizations).

Mais do que um torneio, o MT Warriors representa um marco simbólico para o kickboxing em Mato Grosso. É o início de uma nova era para a modalidade no estado, que passa a integrar com força o cenário competitivo nacional. Os três atletas de melhor desempenho na noite conquistarão vaga direta no WGP, o maior campeonato de kickboxing da América Latina.

O que é o kickboxing?

O kickboxing é uma arte marcial moderna que combina técnicas do karatê, boxe, taekwondo, muay thai, resultando em um sistema de combate completo, dinâmico e altamente técnico. Nascido no Japão e nos Estados Unidos nas décadas de 1960 e 1970, o esporte rapidamente se difundiu pelo mundo, sendo hoje praticado em mais de 100 países.

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Dentro do ringue, o kickboxing exige velocidade, precisão, equilíbrio, estratégia e resistência. Fora dele, oferece disciplina, autoconfiança, foco, respeito e domínio emocional — valores que fazem do esporte uma verdadeira escola de formação física e moral, especialmente para jovens.

“O kickboxing é muito mais do que uma luta. É uma ferramenta de transformação pessoal e social. Com ele, muitos jovens encontram propósito, autodisciplina e oportunidade de crescimento. Esse evento profissional é um divisor de águas para a modalidade em Mato Grosso”, afirma Mateus Wesley Nogueira Noya, presidente da Federação de Kickboxing do Estado de Mato Grosso (FKBEMT).

Esporte com apoio e reconhecimento

Com premiação recorde de R$ 50 mil, o MT Warriors Championship reforça o compromisso do Governo do Estado com o desenvolvimento do esporte de alto rendimento em Mato Grosso. A competição será o maior evento da modalidade já realizado no estado, tanto em estrutura quanto em reconhecimento técnico.

Para o secretário de Cultura, Esporte e Lazer, David Moura, o apoio do governo tem como objetivo democratizar o acesso ao esporte e dar visibilidade a talentos locais.

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“Estamos investindo em estrutura, valorizando os atletas e fortalecendo diversas modalidades. O kickboxing está crescendo no Brasil e Mato Grosso agora faz parte desse movimento. O MT Warriors é o início de um novo ciclo, com mais oportunidades e visibilidade para nossos atletas.”

O evento também marca a reabertura do Palácio das Artes Marciais, que está sendo revitalizado pelo Governo do Estado. O espaço contará com ambiente climatizado, vestiários, arquibancadas, pórtico de entrada, paisagismo e iluminação moderna, reafirmando o compromisso com a qualidade e a segurança das práticas esportivas.

Mato Grosso no caminho da excelência

Além de atletas de Mato Grosso, o MT Warriors contará com competidores do Paraná, São Paulo, Rondônia e Campo Grande, fortalecendo o intercâmbio esportivo entre estados e posicionando Cuiabá como sede de grandes eventos de combate.

“Estamos saindo de um patamar amador para entrar de vez no cenário profissional. Esse evento mostra que é possível, com apoio institucional e dedicação, levar nossos atletas a outro nível”, conclui Mateus Noya.

A pesagem oficial dos atletas será realizada no dia anterior à competição, e a expectativa é de casa cheia, com mais de mil pessoas no Palácio das Artes.

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