MATO GROSSO
Conselho Estadual de Direitos da Mulher promove nesta quinta-feira (13.10) ações de cidadania no bairro CPA 3
MATO GROSSO
O Conselho Estadual de Direitos da Mulher (CEDM), vinculado à Secretaria de Estado de Assistência Social e Cidadania (Setasc), promove, nesta quinta-feira (13.10), no bairro CPA 3, o “Conselho da Mulher em Ação – Edição Outubro Rosa”. O evento, a ser realizado na Escola Estadual Leovegildo de Melo, a partir de 08h30, tem como objetivo ofertar diversos serviços e orientações aos cidadãos da região.
Segundo a secretária executiva do Conselho, Giovanna Bezerra, a atividade é essencial para levar informações e ações de saúde e cidadania aos bairros, beneficiando diretamente a população. “No mutirão, conseguimos chegar às mulheres da comunidade, com dificuldade para acessar não apenas serviços de saúde e cidadania, como seus direitos como um todo”, destaca.
Serão oferecidos vários tipos de serviços gratuitos relacionados aos direitos da mulher e cidadania, como orientações jurídicas, declaração de hipossuficiência, 2ª via e plastificação de documentos, foto 3×4, cabide solidário, doação de brinquedos e feira de adoção de animais.
Também serão ofertados serviços de verificação de pressão arterial, teste de glicemia, índice de massa corpórea (IMC) e orientação sobre a saúde da mulher. O evento contará com stands do MTmamma e da Secretaria Municipal da Mulher.
Não será necessária a retirada de senha no local. Todos os atendimentos serão realizados por ordem de chegada.
O Conselho
O Conselho Estadual de Direitos da Mulher (CEDM/MT) foi criado em 1988, pelo Decreto Estadual nº 828, sendo reformulado posteriormente em sua composição pelo Decreto Estadual nº 964, de 1996.
Como resultado das lutas e reivindicações dos movimentos feministas e de mulheres do Estado de Mato Grosso, a partir de sua instituição, o CEDM foi novamente regulamentado pela Lei nº 7.815, de 09 de dezembro de 2002, que atualmente está em vigência.
O CEDM é parte da estrutura da SETASC/MT e tem por finalidade promover, em âmbito estadual, políticas que visem eliminar a discriminação da mulher, assegurando-lhe condições de liberdade e igualdade de direitos, bem como sua plena participação nas atividades políticas, econômicas e culturais do Estado.
Fonte: GOV MT
MATO GROSSO
Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso
Cerca de 17,6 mil pessoas com deficiência (PCD) têm o próprio negócio em Mato Grosso, segundo pesquisa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT). O levantamento, realizado neste ano, mostra que esses empreendedores representam 3,6% do total de empresários mato-grossenses, com predominância de pessoas com limitações motora (36,7%), visual (34%) e auditiva (29,3%).
O estudo aponta que os empreendedores PCD apresentam elevado nível de escolaridade: 46,9% concluíram o ensino médio e 38,1% têm ensino superior - índice superior à média estadual. A faixa etária predominante está entre 35 e 44 anos (39,5%), seguida por 45 a 54 (22,4%). O grupo é formado majoritariamente por homens (57%). No recorte racial, há equilíbrio entre pardos (36,7%) e brancos (34%), seguidos por pretos (19%).
A maioria é casada (57,1%) e tem filhos (91,2%), o que reforça a importância da renda do próprio negócio para a estrutura familiar.
No campo econômico, os empresários com algum tipo de limitação atuam em diversos setores. O comércio concentra 31,3% dos negócios, seguido por serviços (25,2%), indústria (21,8%) e tecnologia (14,3%). Moda (17,7%), cosméticos (15%) e alimentação (14,3%) estão entre os principais segmentos.
A formalização é alta: 85,7% possuem CNPJ, sendo a maioria registrada como microempresa (48,4%) ou empresa de pequeno porte (32,5%). Além disso, 70% atuam há mais de três anos e quase metade emprega de dois a cinco colaboradores, o que demonstra maturidade e estrutura consolidada.
Dificuldades
As motivações que levam pessoas com deficiência a empreender mesclam necessidade e realização pessoal. Para 40,8%, a decisão está ligada à necessidade financeira, enquanto 34% enxergam oportunidades de mercado e 32% buscam autonomia. A frustração com o mercado de trabalho tradicional (23,1%) e o desejo de realizar um sonho (15%) também aparecem com destaque.
As mulheres tendem a empreender mais por necessidade (54%), enquanto os homens se movem principalmente pela percepção de oportunidade (48,8%).
Na jornada empreendedora, os desafios enfrentados são múltiplas e revelam tanto desafios estruturais quanto específicos. Burocracia (44%), concorrência acirrada (39%) e falta de capital inicial (33%) estão entre as principais dificuldades. Além disso, 21% relataram barreiras diretamente ligadas à deficiência, como acessibilidade e preconceito, e 22% mencionaram dificuldades para equilibrar a vida pessoal e profissional.
Entre as mulheres, questões de gênero e maternidade ganham relevância, enquanto os homens apontam custos e juros elevados como maiores obstáculos.
“O Sebrae apoia todos os empreendedores, porque acredita que o empreendedorismo é um caminho de inclusão e autonomia para todas as pessoas, independentemente de suas condições. Quando um empreendedor PCD empreende, ela inspira e transforma o seu entorno”, afirma Liliane Moreira, analista técnica do Sebrae/MT. “A inclusão produtiva das pessoas com deficiência é uma questão de equidade e também de fortalecimento da economia, pois amplia talentos, gera inovação e promove uma sociedade mais justa”.
Dados da pesquisa
O levantamento foi realizado entre 3 e 31 de janeiro de 2025, por meio de entrevistas telefônicas, com 147 empreendedores (formais e informais) que possuam alguma deficiência no estado de Mato Grosso. O estudo apresenta uma taxa de confiança de 95% e margem de erro de 4%.