MATO GROSSO
“Contar com o apoio do Governo para prestar atendimento de qualidade é excepcional para nosso trabalho”, afirma profissional na Expedição SER Família Mulher
MATO GROSSO
No primeiro dia da Expedição SER Família Mulher – MT Por Elas, que chegou nesta terça-feira (17.07) ao município de Juína (745 km de Cuiabá), a psicóloga e técnica de referência do Centro de Referência de Assistência Social (CRAS), Mayara Franco, afirmou que todos os profissionais sairão das capacitações da Expedição SER Família Mulher, com mais conhecimento, para auxiliar as mulheres vítimas de violência.
“Digo isso, porque, enquanto profissionais, nós temos muitas dificuldades e desafios. Mas contar com o apoio do Governo do Estado é excepcional para o nosso trabalho, para que possamos prestar um atendimento de qualidade para essas mulheres”, disse Mayara.
A psicóloga do município de Juara (677 km de Cuiabá) ainda reforçou que se sente amparada para oferecer suporte para as mulheres vítimas de violência.
“A proposta da Expedição é muito interessante e acredito que terá bons resultados, incluindo para as mulheres que estiverem distantes das cidades, em comunidades. Falando em nome do meu município, agradecemos ao governador Mauro Mendes e à primeira-dama Virginia Mendes, pelo trabalho que vem realizando, principalmente pelo Programa SER Família, que visa atender todas as demandas da assistência social”, declarou.
Idealizada pela primeira-dama Virginia Mendes, a terceira edição da Expedição que segue até a próxima sexta-feira (19.07), é realizada pela Secretaria de Estado de Assistência Social e Cidadania (Setasc).
“Essa Expedição é muito importante para fortalecer e aprimorar a proteção das mulheres vulneráveis à violência e prováveis vítimas de feminicídio. Estamos trabalhando para que tudo isso tenha um basta”, disse a primeira-dama de Mato Grosso, Virginia Mendes.
A programação da Expedição conta com palestras sobre a Patrulha Maria da Penha, com a coordenadoria da Patrulha Maria da Penha; Projeto Casa de Eurídice, com a coordenadoria de Enfrentamento à Violência contra a Mulher e Vulneráveis; Controle Social, com o Conselho Estadual dos Direitos da Mulher (Ceas-MT); Rede de Enfrentamento à Violência contra a Mulher – Organismos de Política para as Mulheres (OPM), com o Poder Judiciário, Politec Implantação do Programa SER Família Mulher em Juína, promovido pela Superintendência de Políticas Públicas para Mulheres.
Além disso, no terceiro e último dia de Expedição, a van do Programa SER Família Mulher realizará atendimentos às mulheres na comunidade Padre Duílio.
A secretária de Assistência Social e Cidadania, Grasi Bugalho, lembrou que a Expedição é a união de esforços de várias instituições, sendo coordenada pela Setasc junto com a Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp), com o objetivo de levar às 15 Regiões Integradas de Segurança Pública (RISP) a capacitação para os servidores que irão trabalhar no atendimento das mulheres vítimas de violência, e que o apoio dos gestores municipais é imprescindível para que a Expedição alcance o seu objetivo.
“Vocês são muito importantes para que essa política tenha sucesso, para que as pessoas se envolvam e a gente realmente consiga mudar e diminuir essa violência que tem assolado as nossas cidades, as nossas famílias. Cada um de nós, seja da área social, segurança pública, educação e saúde, temos que ter esse compromisso de mudar esta realidade. Digo às autoridades presentes que o Governo do Estado e a primeira-dama Virginia Mendes estão empenhados em mudar este cenário de violência”, destacou a secretária Grasi.
De acordo com a superintendente de Políticas Públicas para Mulheres da Setasc, Miranir de Oliveira, a terceira região a receber a Expedição SER Família Mulher – MT Por Elas, conta com a participação de dez municípios da RISP.
“Durante esses três dias, os municípios poderão participar de diversas capacitações simultâneas, de forma que a gente consiga qualificar os profissionais, os técnicos de diversas áreas para melhorar o atendimento às mulheres vítimas de violência. É importante ressaltar que todas as capacitações têm como foco principal dialogar sobre as políticas municipais voltadas às mulheres, seja para melhorá-los, aperfeiçoá-los, além de pensar em formas de ampliação dos serviços”, pontuou.
A presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Mulher de Juína (CMDM), Ana Paula Brugnera, disse que a Expedição SER Família Mulher – MT Por Elas é um momento oportuno para as conselheiras, que lidam diariamente com as mulheres que sofrem violência, e agradece ao Governo de Mato Grosso, por levar a expedição ao interior do Estado.
“Fico muito grata pelo Estado trazer políticas públicas para a nossa região, porque é de suma importância nos mantermos atualizados para que possamos continuar trabalhando. Sabemos que muitos casos são com mulheres em vulnerabilidade social e com isso, precisamos ter um atendimento humanizado e acolhedor. Temos que quebrar o tabu ao falar sobre violência com a mulher e é um dever nosso, enquanto sociedade, trabalharmos de forma combativa para que nenhuma mulher sofra”, disse.
Segundo o secretário de Assistência Social do município, Valteir Barreto Mariano, a Expedição trará mais compreensão e aprendizado aos profissionais da rede de enfrentamento à violência contra as mulheres.
“Esse conhecimento não é somente para os profissionais da assistência, mas também para o Corpo de Bombeiros, a Polícia Civil e Militar, para aqueles que também trabalham na área da saúde. É muito importante agradecer à primeira-dama de Mato Grosso e a nossa secretária Grasi, que se empenham neste trabalho ao trazer conhecimento para que possamos melhorar as nossas ações dentro do nosso município”, afirmou o secretário Valteir.
A delegada e coordenadora da Coordenadoria de Enfrentamento à Violência contra a Mulher e Vulneráveis, Jannira Laranjeira, esteve entre as palestrantes do primeiro dia da 3ª Expedição SER Família Mulher, em Juína. Em sua palestra, ela reforçou a importância da acolhida humanizada da vítima de violência, que pode resultar no preenchimento adequado do Formulário de Avaliação de Risco e consequentemente, salvar vidas.
“Com ele é possível apontar qual situação efetivamente de risco esta mulher está inserida e assim, estabelecer um plano de segurança. Seja oferecendo o botão do pânico, tornozeleira eletrônica para o criminoso, um encaminhamento a uma casa de abrigo e outras ferramentas de proteção onde é possível uma medida protetiva de afastamento, pensão alimentícia e suspensão do direito dele visitar as crianças. Então, são várias medidas de proteção que a gente só consegue mensurar e aplicar efetivamente com qualidade. É essa sensibilização que a gente precisa de todos os profissionais”, ressaltou a delegada.
Expedição SER Família Mulher – MT Por Elas
A grande Expedição SER Família Mulher – MT Por Elas alcançará as 15 Regiões Integradas da Segurança Pública (RISP), tendo um município como sede em cada região, assim, percorrendo 15 municípios com a participação dos demais que integram a região.
As capacitações ofertadas para as equipes da rede socioassistencial do município sede durante a Expedição, terão a participação das equipes sociassistenciais dos municípios que abrangem a RISP.
A Expedição conta com o apoio e parcerias das Prefeituras Municipais, Associação Mato-grossense dos Municípios, Conselho Estadual dos Direitos da Mulher (CEDM-MT), Polícia Judiciária Civil (PJC-MT), Polícia Militar (PM-MT), Corpo de Bombeiros Militar (CBM-MT), Tribunal de Justiça de MT (TJ-MT), Ministério Público de Mato Grosso (MP-MT), Defensoria Pública do Estado, Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-MT) e outras entidades.
Fonte: Governo MT – MT


MATO GROSSO
Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso

Cerca de 17,6 mil pessoas com deficiência (PCD) têm o próprio negócio em Mato Grosso, segundo pesquisa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT). O levantamento, realizado neste ano, mostra que esses empreendedores representam 3,6% do total de empresários mato-grossenses, com predominância de pessoas com limitações motora (36,7%), visual (34%) e auditiva (29,3%).
O estudo aponta que os empreendedores PCD apresentam elevado nível de escolaridade: 46,9% concluíram o ensino médio e 38,1% têm ensino superior - índice superior à média estadual. A faixa etária predominante está entre 35 e 44 anos (39,5%), seguida por 45 a 54 (22,4%). O grupo é formado majoritariamente por homens (57%). No recorte racial, há equilíbrio entre pardos (36,7%) e brancos (34%), seguidos por pretos (19%).
A maioria é casada (57,1%) e tem filhos (91,2%), o que reforça a importância da renda do próprio negócio para a estrutura familiar.
No campo econômico, os empresários com algum tipo de limitação atuam em diversos setores. O comércio concentra 31,3% dos negócios, seguido por serviços (25,2%), indústria (21,8%) e tecnologia (14,3%). Moda (17,7%), cosméticos (15%) e alimentação (14,3%) estão entre os principais segmentos.
A formalização é alta: 85,7% possuem CNPJ, sendo a maioria registrada como microempresa (48,4%) ou empresa de pequeno porte (32,5%). Além disso, 70% atuam há mais de três anos e quase metade emprega de dois a cinco colaboradores, o que demonstra maturidade e estrutura consolidada.
Dificuldades
As motivações que levam pessoas com deficiência a empreender mesclam necessidade e realização pessoal. Para 40,8%, a decisão está ligada à necessidade financeira, enquanto 34% enxergam oportunidades de mercado e 32% buscam autonomia. A frustração com o mercado de trabalho tradicional (23,1%) e o desejo de realizar um sonho (15%) também aparecem com destaque.
As mulheres tendem a empreender mais por necessidade (54%), enquanto os homens se movem principalmente pela percepção de oportunidade (48,8%).
Na jornada empreendedora, os desafios enfrentados são múltiplas e revelam tanto desafios estruturais quanto específicos. Burocracia (44%), concorrência acirrada (39%) e falta de capital inicial (33%) estão entre as principais dificuldades. Além disso, 21% relataram barreiras diretamente ligadas à deficiência, como acessibilidade e preconceito, e 22% mencionaram dificuldades para equilibrar a vida pessoal e profissional.
Entre as mulheres, questões de gênero e maternidade ganham relevância, enquanto os homens apontam custos e juros elevados como maiores obstáculos.
“O Sebrae apoia todos os empreendedores, porque acredita que o empreendedorismo é um caminho de inclusão e autonomia para todas as pessoas, independentemente de suas condições. Quando um empreendedor PCD empreende, ela inspira e transforma o seu entorno”, afirma Liliane Moreira, analista técnica do Sebrae/MT. “A inclusão produtiva das pessoas com deficiência é uma questão de equidade e também de fortalecimento da economia, pois amplia talentos, gera inovação e promove uma sociedade mais justa”.
Dados da pesquisa
O levantamento foi realizado entre 3 e 31 de janeiro de 2025, por meio de entrevistas telefônicas, com 147 empreendedores (formais e informais) que possuam alguma deficiência no estado de Mato Grosso. O estudo apresenta uma taxa de confiança de 95% e margem de erro de 4%.
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