MATO GROSSO
Corpo de Bombeiros de Mato Grosso realiza curso inédito de salvamento veicular pesado
MATO GROSSO
O Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso realiza ao longo desta semana o 1º Curso de Salvamento Veicular Pesado, treinamento inédito no Estado. Durante cinco dias, 24 bombeiros de todos os comandos regionais mato-grossenses aprendem técnicas e adquirem conhecimento para garantir mais eficiência nos atendimentos com instrutores de São Paulo, Minas Gerais e Rio Grande do Sul.
“Mato Grosso é um estado com um fluxo muito grande de veículos pesados, com os mais diversos tipos de cargas. Então, diante do número de ocorrências envolvendo este tipo de veículo, esta é uma capacitação que havia uma grande necessidade de ser realizada”, explica o comandante-geral do Corpo de Bombeiros, coronel Alessandro Borges.
Capitão Rivaldo Miranda de Andrade, coordenador do curso, observa que os veículos pesados contam com características particulares, que resultam em cenários complexos em situações de resgate. Ele ressalta, portanto, que o conhecimento técnico é essencial para que as vidas possam ser salvas.
Coordenador do curso, capitão Rivaldo Miranda de Andrade ressaltou que treinamento é essencial para melhoria dos serviços dos Bombeiros | Foto: Christiano Antonucci/Secom-MT
“Um minuto faz muita diferença. Quanto mais conhecimento técnico adquirimos, conseguimos atender esses tipos de ocorrência com mais eficiência e velocidade. É por isso que esse curso se torna tão importante para a população. Estamos nos especializando em salvar mais vidas”, pontua o capitão.
“Temos visto nos últimos anos um investimento muito alto em capacitação e compra de equipamentos para o Corpo de Bombeiros, por meio do Governo de Mato Grosso. É um olhar diferenciado e notório que se reflete nas ações e resultados da corporação”, acrescenta.
Ao todo, 24 alunos participam da capacitação |Foto: Christiano Antonucci/Secom-MT
O curso teve início na última segunda-feira (05.12) e se estende até a próxima sexta-feira (09), com um simulado com vítimas. Ao longo dos dias, os bombeiros contam com palestras e aulas práticas que são realizadas na Arena Pantanal e em um estacionamento próximo ao Terminal Rodoviário de Cuiabá.
“Esse curso foca em veículos pesados especiais. Os alunos estão tendo aulas de desencarceramento em caminhões, ônibus, veículos blindados e até mesmo aeronaves. É uma experiência única para este tipo de ocorrência, às vezes de pouca frequência, mas que quando acontece gera situações bem complicadas”, afirma o capitão Clóvis Augusto Michelin, de Campinas (SP), um dos instrutores.
Capitão Clóvis Augusto Michelin, veio de Campinas (SP) para dar instruções | Foto: Christiano Antonucci/Secom-MT
Soldado Camila Trevisol, também aluna do curso, ressalta que a capacitação não só aumenta a efetividade no salvamento de vidas, como também garante a segurança dos bombeiros militares que atendem essas ocorrências diariamente.
“Sempre buscamos estar sempre melhorando e se capacitando. Todo dia surgem novos equipamentos e técnicas, precisamos estar sempre atualizados. Essa capacitação garante que os bombeiros também não corram grandes riscos durante o atendimento dessas ocorrências, tendo em vista que a falta de conhecimento e técnica podem resultar em situações perigosas para os próprios militares”, explica.
Soldado Camila Trevisol diz que treinamento visa resguardar não apenas vida da população, mas dos próprios bombeiros | Foto: Christiano Antonucci/Secom-MT
Fonte: GOV MT


MATO GROSSO
Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso

Cerca de 17,6 mil pessoas com deficiência (PCD) têm o próprio negócio em Mato Grosso, segundo pesquisa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT). O levantamento, realizado neste ano, mostra que esses empreendedores representam 3,6% do total de empresários mato-grossenses, com predominância de pessoas com limitações motora (36,7%), visual (34%) e auditiva (29,3%).
O estudo aponta que os empreendedores PCD apresentam elevado nível de escolaridade: 46,9% concluíram o ensino médio e 38,1% têm ensino superior - índice superior à média estadual. A faixa etária predominante está entre 35 e 44 anos (39,5%), seguida por 45 a 54 (22,4%). O grupo é formado majoritariamente por homens (57%). No recorte racial, há equilíbrio entre pardos (36,7%) e brancos (34%), seguidos por pretos (19%).
A maioria é casada (57,1%) e tem filhos (91,2%), o que reforça a importância da renda do próprio negócio para a estrutura familiar.
No campo econômico, os empresários com algum tipo de limitação atuam em diversos setores. O comércio concentra 31,3% dos negócios, seguido por serviços (25,2%), indústria (21,8%) e tecnologia (14,3%). Moda (17,7%), cosméticos (15%) e alimentação (14,3%) estão entre os principais segmentos.
A formalização é alta: 85,7% possuem CNPJ, sendo a maioria registrada como microempresa (48,4%) ou empresa de pequeno porte (32,5%). Além disso, 70% atuam há mais de três anos e quase metade emprega de dois a cinco colaboradores, o que demonstra maturidade e estrutura consolidada.
Dificuldades
As motivações que levam pessoas com deficiência a empreender mesclam necessidade e realização pessoal. Para 40,8%, a decisão está ligada à necessidade financeira, enquanto 34% enxergam oportunidades de mercado e 32% buscam autonomia. A frustração com o mercado de trabalho tradicional (23,1%) e o desejo de realizar um sonho (15%) também aparecem com destaque.
As mulheres tendem a empreender mais por necessidade (54%), enquanto os homens se movem principalmente pela percepção de oportunidade (48,8%).
Na jornada empreendedora, os desafios enfrentados são múltiplas e revelam tanto desafios estruturais quanto específicos. Burocracia (44%), concorrência acirrada (39%) e falta de capital inicial (33%) estão entre as principais dificuldades. Além disso, 21% relataram barreiras diretamente ligadas à deficiência, como acessibilidade e preconceito, e 22% mencionaram dificuldades para equilibrar a vida pessoal e profissional.
Entre as mulheres, questões de gênero e maternidade ganham relevância, enquanto os homens apontam custos e juros elevados como maiores obstáculos.
“O Sebrae apoia todos os empreendedores, porque acredita que o empreendedorismo é um caminho de inclusão e autonomia para todas as pessoas, independentemente de suas condições. Quando um empreendedor PCD empreende, ela inspira e transforma o seu entorno”, afirma Liliane Moreira, analista técnica do Sebrae/MT. “A inclusão produtiva das pessoas com deficiência é uma questão de equidade e também de fortalecimento da economia, pois amplia talentos, gera inovação e promove uma sociedade mais justa”.
Dados da pesquisa
O levantamento foi realizado entre 3 e 31 de janeiro de 2025, por meio de entrevistas telefônicas, com 147 empreendedores (formais e informais) que possuam alguma deficiência no estado de Mato Grosso. O estudo apresenta uma taxa de confiança de 95% e margem de erro de 4%.
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