MATO GROSSO
Defensoria pede apoio dos deputados para garantir investimentos
MATO GROSSO
Objetivo é construir unidades de atendimento em 18 municípios do estado.
A Defensoria Pública de Mato Grosso solicitou apoio dos parlamentares para construção de unidades de atendimento à população em 18 municípios. A apresentação do projeto “Pintando Mato Grosso de Verde” foi feita pela defensora pública-geral Maria Luziane Ribeiro de Castro, durante reunião realizada nesta quarta-feira (11), no Colégio de Líderes.
Após a apresentação do projeto da Defensoria Pública, os deputados manifestaram apoio à proposta e se comprometeram em articular, junto ao Poder Executivo, a inclusão dos recursos na Lei Orçamentária Anual (LOA) 2025, que atualmente está em tramitação na Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) por meio do Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) 1678/2024.
O presidente da Assembleia, deputado Eduardo Botelho (União) afirmou que a Assembleia vai apoiar o pleito. “A Defensoria atende diretamente o cidadão e nós vamos trabalhar porque entendemos a necessidade de melhorar os postos de atendimentos”.
De acordo com a defensora pública-geral, Maria Luziane, a Defensoria precisa de um local físico adequado, que seja digno para atender a população. “A estimativa é que as 18 unidades tenham uma demanda de investimento na ordem de R$ 17 milhões e viemos aqui justamente pedir o apoio da Assembleia, que sempre ajudou a Defensoria”. Segundo a defensora, nos últimos anos, houve um esforço para ampliar a rede de atendimento, “agora é preciso dar condições para que os defensores e servidores atendam de forma adequada à população”.
A proposta prevê a construção de 18 EcoNúcleos, que consistem em estruturas sustentáveis, de rápida instalação e com custo até 60% menor do que um prédio convencional. As instalações são feitas em contêiner, com materiais reutilizáveis e terão placas de energia solar. Cada unidade terá 181 metros quadrados de área útil e 237 metros quadrados de área construída.
Atualmente, a Defensoria está presente em 79 comarcas em todas as regiões do estado. Em 2024, foram realizados 533.430 atendimentos, 43 mil audiências e mais de 200 cidadãos foram atendidos até o mês de novembro.
O deputado Carlos Avallone (PSDB) foi designado para apresentar e articular a proposta com representantes do Poder Executivo para que seja incluída na LOA 2025.
PLOA – O deputado Eduardo Botelho afirmou que os deputados estão analisando a PLOA minuciosamente e que deverão realizar reuniões na próxima semana até que consigam fechar uma proposta e votar o Orçamento para 2024. A expectativa, de acordo com Botelho, é que sejam realizadas sessões na segunda (16), terça (17) e quarta-feira (18).


MATO GROSSO
Débora Guerra defende saúde como eixo da sustentabilidade na Amazônia: “A formação médica precisa estar enraizada no território”

Com a proximidade da COP 30, a Amazônia se torna, mais do que nunca, protagonista nos debates globais sobre clima, sustentabilidade e justiça social. Para Débora Guerra, CEO da Trivento Educação, instituição presente há mais de oito anos em Altamira (PA), esse cenário exige um novo olhar sobre a formação médica. “A saúde precisa ser compreendida como parte do ecossistema amazônico, e não apenas como um serviço”, afirma.
Débora destaca que a Trivento atua com um currículo médico voltado para as especificidades da região. “Trabalhamos com temas como doenças tropicais, saúde indígena, medicina de emergência e telemedicina. A ideia é que o estudante compreenda a realidade da Amazônia e atue dentro dela, criando vínculos com a população e enfrentando os desafios locais com conhecimento e sensibilidade cultural”, ressalta.
Para além da formação acadêmica, a proposta da Trivento busca consolidar programas de residência e estágios na própria região, incentivando os futuros médicos a permanecerem no território após a graduação. “A carência de profissionais especializados é um problema histórico em cidades como Altamira e em todo o Xingu. Formar médicos que compreendam as condições de vida locais é estratégico para transformar esse cenário”, enfatiza Guerra.
Débora também defende o incentivo à interdisciplinaridade e ao trabalho em rede, fundamentais para o atendimento em áreas de difícil acesso. “O médico amazônico muitas vezes atua em contextos extremos, com poucos recursos e em articulação com equipes multiprofissionais. Por isso, nossa formação é integral, adaptada às realidades e aliada a políticas de valorização profissional”, explica.
Em diálogo com a COP 30, Débora propõe uma agenda que reconheça a saúde como parte essencial das dinâmicas socioambientais. “A saúde é determinante e consequência do meio ambiente. A degradação ambiental impacta diretamente a vida de indígenas, ribeirinhos e populações vulneráveis”, diz. A proposta da Trivento inclui investir em pesquisas interdisciplinares, com base científica robusta, e defender políticas públicas que integrem saúde, meio ambiente e desenvolvimento sustentável.
Entre as propostas, estão a ampliação do uso de energias renováveis, a telemedicina como ponte entre Altamira e grandes centros médicos, e modelos de atenção primária que respeitem o contexto cultural e territorial. “Não é apenas sobre levar atendimento, mas sobre como esse atendimento se dá, com respeito ao modo de vida local e menor impacto ambiental”, ressalta.
Débora reforça que a Amazônia precisa ser ouvida nos fóruns multilaterais. “A perspectiva amazônica tem que ser reconhecida como central no debate global sobre saúde e clima. E isso só é possível com protagonismo das comunidades locais, que carregam saberes fundamentais para a construção de soluções sustentáveis”, pontua.
A formação médica contextualizada é um passo decisivo rumo a um futuro em que saúde, ambiente e justiça social caminhem juntos. “A Amazônia não é um obstáculo, é uma potência. E formar médicos que enxerguem isso é transformar o cuidado em instrumento de desenvolvimento”, finaliza.
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