MATO GROSSO
Deputado Critica Mercadinhos em Presídios e Apoia Projeto de Segurança no Sistema Prisional
MATO GROSSO
O líder do governo estadual na Assembleia Legislativa de Mato Grosso, deputado Dilmar Dal Bosco (União), criticou a manutenção dos mercadinhos em penitenciárias do estado. Segundo o parlamentar, esses comércios são desnecessários, uma vez que o Governo do Estado já fornece os itens essenciais aos detentos.
“Se o Estado está fornecendo todos os itens, não precisa ter mercado dentro do presídio. Se tem falta de itens, o próprio Estado pode, através do entendimento com a comunidade, criar a associação de controle para ter os itens”, afirmou.
Dilmar é apoiador do projeto de lei 2041/2024, elaborado pelo Governo do Estado, que visa endurecer os procedimentos de segurança nos presídios, incluindo a desativação dos mercadinhos. Contudo, o texto do projeto foi alterado após uma reunião entre o desembargador Orlando Perri, do Tribunal de Justiça (TJ-MT), e o supervisor do Grupo de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário.
Embora aprovado, o projeto suspendeu a extinção dos mercadinhos, o que gerou críticas do deputado. Ele reforçou que “qualquer penitenciária do Estado não tem falta de produto, tudo é fornecido, não tem possibilidade de ter mercado dentro de sistema prisional”.
Dilmar também apoiou o posicionamento do governador Mauro Mendes (União), que destacou que os presidiários recebem tratamento adequado, com quatro refeições diárias, e que itens como uísque, cerveja e alimentos específicos não devem ser permitidos.
“Nessa maneira de fala, [concordo] sim, até porque imagino que não possa estar vendendo uísque e cerveja dentro do presídio. Vejo que a lei colocada trata exatamente disso”, disse o deputado.
Ele completou ressaltando que, caso haja mercados em presídios, os itens devem ser tabelados pelo governo: “O governo, através de um decreto, vai falar quais seriam as possibilidades de ter um mercado e quais itens a serem vendidos, inclusive com preço de pauta. Não pode estar por um preço fora de mercado como em qualquer bairro.”


MATO GROSSO
Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso

Cerca de 17,6 mil pessoas com deficiência (PCD) têm o próprio negócio em Mato Grosso, segundo pesquisa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT). O levantamento, realizado neste ano, mostra que esses empreendedores representam 3,6% do total de empresários mato-grossenses, com predominância de pessoas com limitações motora (36,7%), visual (34%) e auditiva (29,3%).
O estudo aponta que os empreendedores PCD apresentam elevado nível de escolaridade: 46,9% concluíram o ensino médio e 38,1% têm ensino superior - índice superior à média estadual. A faixa etária predominante está entre 35 e 44 anos (39,5%), seguida por 45 a 54 (22,4%). O grupo é formado majoritariamente por homens (57%). No recorte racial, há equilíbrio entre pardos (36,7%) e brancos (34%), seguidos por pretos (19%).
A maioria é casada (57,1%) e tem filhos (91,2%), o que reforça a importância da renda do próprio negócio para a estrutura familiar.
No campo econômico, os empresários com algum tipo de limitação atuam em diversos setores. O comércio concentra 31,3% dos negócios, seguido por serviços (25,2%), indústria (21,8%) e tecnologia (14,3%). Moda (17,7%), cosméticos (15%) e alimentação (14,3%) estão entre os principais segmentos.
A formalização é alta: 85,7% possuem CNPJ, sendo a maioria registrada como microempresa (48,4%) ou empresa de pequeno porte (32,5%). Além disso, 70% atuam há mais de três anos e quase metade emprega de dois a cinco colaboradores, o que demonstra maturidade e estrutura consolidada.
Dificuldades
As motivações que levam pessoas com deficiência a empreender mesclam necessidade e realização pessoal. Para 40,8%, a decisão está ligada à necessidade financeira, enquanto 34% enxergam oportunidades de mercado e 32% buscam autonomia. A frustração com o mercado de trabalho tradicional (23,1%) e o desejo de realizar um sonho (15%) também aparecem com destaque.
As mulheres tendem a empreender mais por necessidade (54%), enquanto os homens se movem principalmente pela percepção de oportunidade (48,8%).
Na jornada empreendedora, os desafios enfrentados são múltiplas e revelam tanto desafios estruturais quanto específicos. Burocracia (44%), concorrência acirrada (39%) e falta de capital inicial (33%) estão entre as principais dificuldades. Além disso, 21% relataram barreiras diretamente ligadas à deficiência, como acessibilidade e preconceito, e 22% mencionaram dificuldades para equilibrar a vida pessoal e profissional.
Entre as mulheres, questões de gênero e maternidade ganham relevância, enquanto os homens apontam custos e juros elevados como maiores obstáculos.
“O Sebrae apoia todos os empreendedores, porque acredita que o empreendedorismo é um caminho de inclusão e autonomia para todas as pessoas, independentemente de suas condições. Quando um empreendedor PCD empreende, ela inspira e transforma o seu entorno”, afirma Liliane Moreira, analista técnica do Sebrae/MT. “A inclusão produtiva das pessoas com deficiência é uma questão de equidade e também de fortalecimento da economia, pois amplia talentos, gera inovação e promove uma sociedade mais justa”.
Dados da pesquisa
O levantamento foi realizado entre 3 e 31 de janeiro de 2025, por meio de entrevistas telefônicas, com 147 empreendedores (formais e informais) que possuam alguma deficiência no estado de Mato Grosso. O estudo apresenta uma taxa de confiança de 95% e margem de erro de 4%.
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