MATO GROSSO
Desenvolve MT destina mais de R$ 2,2 milhões em auxílio-moradia para mulheres vítimas de violência doméstica em 2024
MATO GROSSO
Com recursos do Governo de Mato Grosso, a Agência de Fomento do Estado de Mato Grosso – Desenvolve MT fez o repasse de mais de R$ 2,2 milhões para mulheres vítimas de violência doméstica e que foram amparadas pelo programa SER Família Mulher, idealizado pela primeira-dama Virginia Mendes, no ano de 2024.
Criado pela Lei Estadual n. 12.013/2023, o programa atende mulheres em situação de vulnerabilidade e está em operação desde 23 de agosto de 2023. Mensalmente, é repassado o valor de R$ 600 em um auxílio-moradia para apoia-las em busca de mudanças em suas vidas. A ação é gerenciada pela Secretaria de Estado de Assistência Social e Cidadania (Setasc), enquanto a Desenvolve MT realiza os repasses que são feitos diretamente nas contas bancárias das participantes da iniciativa.
“Quando pensei no SER Família Mulher, o meu maior desejo foi ajudar as mulheres que infelizmente são vítimas de violência doméstica, e que sobrevivem reféns de agressores, porque não têm autonomia financeira. É importante destacar o papel da Desenvolve MT, que tem sido uma grande parceira. Eles ajudam a garantir que o recurso do programa chegue até as mulheres de forma rápida e segura. Estamos aqui para apoiar e transformar a vida de muitas famílias em Mato Grosso”, afirmou a primeira-dama Virginia Mendes.
Os recursos repassados no âmbito do auxílio são utilizados para despesas como água, energia elétrica, aluguel e gás de cozinha.
“O Programa SER Família Mulher desempenha um papel crucial no apoio às mulheres vítimas de violência que não dispõem de recursos para reconstruir suas vidas ao lado de seus filhos. Esse benefício possibilita que elas busquem segurança, seja alugando um espaço ou contando com o suporte de familiares, sempre com o acompanhamento da assistência social”, disse a secretária da Setasc, coronel Grasi Paes Bugalho.
O programa SER Família Mulher, com investimento de R$ 5,7 milhões do Governo de Mato Grosso, já atendeu 572 mulheres vítimas de violência. Além do auxílio financeiro, o programa promove a autonomia das beneficiárias por meio do SER Família Capacita, com 75 cursos gratuitos para capacitação profissional.
Equipes da rede socioassistencial dos municípios também recebem capacitação por meio da “Expedição SER Família Mulher – MT Por Elas”, com apresentação de opções de crédito da Desenvolve MT para quem deseja empreender.
Criada através de políticas públicas para combater a desigualdade de gênero e diversificar o mercado, a Desenvolve Mulher Empreendedora é uma modalidade de crédito voltada exclusivamente para mulheres. A linha oferta até R$ 15 mil de crédito com taxas de juros a partir de 0,37% ao mês, 30% do valor total como Capital de Giro e redução em 30% nas taxas para pagamentos em dia.
“Ver como o SER Família Mulher cresceu e o impacto positivo que ele tem gerado é extremamente gratificante. Saber que a Desenvolve MT tem um papel ativo nessa transformação, ajudando a combater a desigualdade de gênero e a violência contra a mulher, é uma honra para todos nós”, declarou a diretora-presidente
Além dos recursos e benefícios apontados, o Governo de Mato Grosso também tem o Fundo Garantidor do Estado – MT Garante. Criado para fomentar a economia local e incentivar a diversidade no mercado, esse recurso pode ser utilizado como garantia de até 80% do valor financiado pela Agência.


MATO GROSSO
Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso

Cerca de 17,6 mil pessoas com deficiência (PCD) têm o próprio negócio em Mato Grosso, segundo pesquisa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT). O levantamento, realizado neste ano, mostra que esses empreendedores representam 3,6% do total de empresários mato-grossenses, com predominância de pessoas com limitações motora (36,7%), visual (34%) e auditiva (29,3%).
O estudo aponta que os empreendedores PCD apresentam elevado nível de escolaridade: 46,9% concluíram o ensino médio e 38,1% têm ensino superior - índice superior à média estadual. A faixa etária predominante está entre 35 e 44 anos (39,5%), seguida por 45 a 54 (22,4%). O grupo é formado majoritariamente por homens (57%). No recorte racial, há equilíbrio entre pardos (36,7%) e brancos (34%), seguidos por pretos (19%).
A maioria é casada (57,1%) e tem filhos (91,2%), o que reforça a importância da renda do próprio negócio para a estrutura familiar.
No campo econômico, os empresários com algum tipo de limitação atuam em diversos setores. O comércio concentra 31,3% dos negócios, seguido por serviços (25,2%), indústria (21,8%) e tecnologia (14,3%). Moda (17,7%), cosméticos (15%) e alimentação (14,3%) estão entre os principais segmentos.
A formalização é alta: 85,7% possuem CNPJ, sendo a maioria registrada como microempresa (48,4%) ou empresa de pequeno porte (32,5%). Além disso, 70% atuam há mais de três anos e quase metade emprega de dois a cinco colaboradores, o que demonstra maturidade e estrutura consolidada.
Dificuldades
As motivações que levam pessoas com deficiência a empreender mesclam necessidade e realização pessoal. Para 40,8%, a decisão está ligada à necessidade financeira, enquanto 34% enxergam oportunidades de mercado e 32% buscam autonomia. A frustração com o mercado de trabalho tradicional (23,1%) e o desejo de realizar um sonho (15%) também aparecem com destaque.
As mulheres tendem a empreender mais por necessidade (54%), enquanto os homens se movem principalmente pela percepção de oportunidade (48,8%).
Na jornada empreendedora, os desafios enfrentados são múltiplas e revelam tanto desafios estruturais quanto específicos. Burocracia (44%), concorrência acirrada (39%) e falta de capital inicial (33%) estão entre as principais dificuldades. Além disso, 21% relataram barreiras diretamente ligadas à deficiência, como acessibilidade e preconceito, e 22% mencionaram dificuldades para equilibrar a vida pessoal e profissional.
Entre as mulheres, questões de gênero e maternidade ganham relevância, enquanto os homens apontam custos e juros elevados como maiores obstáculos.
“O Sebrae apoia todos os empreendedores, porque acredita que o empreendedorismo é um caminho de inclusão e autonomia para todas as pessoas, independentemente de suas condições. Quando um empreendedor PCD empreende, ela inspira e transforma o seu entorno”, afirma Liliane Moreira, analista técnica do Sebrae/MT. “A inclusão produtiva das pessoas com deficiência é uma questão de equidade e também de fortalecimento da economia, pois amplia talentos, gera inovação e promove uma sociedade mais justa”.
Dados da pesquisa
O levantamento foi realizado entre 3 e 31 de janeiro de 2025, por meio de entrevistas telefônicas, com 147 empreendedores (formais e informais) que possuam alguma deficiência no estado de Mato Grosso. O estudo apresenta uma taxa de confiança de 95% e margem de erro de 4%.
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