MATO GROSSO
Dia do Ortopedista: A vida em movimento
MATO GROSSO
No dia 19 de setembro, celebramos o Dia do Ortopedista, uma data que nos oferece a oportunidade de reconhecer e valorizar o trabalho vital desses especialistas que desempenham um papel essencial na manutenção e melhoria da qualidade de vida das pessoas. A data coincide com a criação da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT), fundada no dia 19 de setembro de 1935.
A ortopedia se ocupa do diagnóstico, tratamento e prevenção de doenças e lesões do sistema musculoesquelético, é uma área da medicina que impacta diretamente a vida cotidiana e o bem-estar de muitos indivíduos.
A ortopedia é uma das 10 especialidades médicas que mais crescem no país. De acordo com o estudo Demografia Médica no Brasil, divulgado em 2023, existem 20.972 profissionais titulados em ortopedia e traumatologia no Brasil.
A importância dos ortopedistas vai além da simples correção de fraturas ou tratamento de lesões esportivas. Eles desempenham um papel fundamental na melhoria da qualidade de vida das pessoas, ajudando a restaurar a mobilidade e a função, além de aliviar a dor. Seu trabalho abrange desde o tratamento de condições congênitas e degenerativas, como a artrite e a osteoporose, até a realização de cirurgias complexas e a reabilitação.
Cada evolução e recuperação de um paciente que atendemos nos orgulha e nos motiva a buscar sempre o melhor. É literalmente uma sensação de missão cumprida quando concluem um tratamento e saem gratos do consultório. Que bom que podemos evoluir tanto nos diagnósticos, propor tratamentos menos invasivos e resultados satisfatórios. A inteligência Artificial (IA) tem dado novos rumos aos procedimentos e está transformando a ortopedia ao proporcionar avanços notáveis no diagnóstico, tratamento e reabilitação de pacientes com problemas musculoesqueléticos.
Essas inovações estão elevando a precisão, eficiência e resultados dos cuidados ortopédicos, permitindo uma abordagem mais personalizada e focada no paciente.
A Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia trabalha pela melhoria contínua dos profissionais ortopedistas, na forma de fiscalizar e ordenar as residências médicas, nas publicações científicas e na aplicação de testes e provas para os residentes de ortopedia. Entendo essa especialidade como um dia a dia nosso, é como a vida em movimento.
Tenho muita honra e amor pela ortopedia. Há 15 anos ela faz parte da minha vida e sei da necessidade de ser um bom profissional, de poder contribuir com cada paciente. Nesta data quero parabenizar todos os colegas ortopedistas de Mato Grosso e do Brasil – inclusive, as ortopedistas mulheres que vem ocupando esse espaço com excelência e desenvolvendo um papel fundamental na nossa área.
Fábio Mendonça é médico ortopedista e traumatologista, cirurgião de coluna vertebral. *Presidente do Grupo Hospitalar HBento Saúde e membro da Sociedade Brasileira de Coluna (SBC)


MATO GROSSO
Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso

Cerca de 17,6 mil pessoas com deficiência (PCD) têm o próprio negócio em Mato Grosso, segundo pesquisa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT). O levantamento, realizado neste ano, mostra que esses empreendedores representam 3,6% do total de empresários mato-grossenses, com predominância de pessoas com limitações motora (36,7%), visual (34%) e auditiva (29,3%).
O estudo aponta que os empreendedores PCD apresentam elevado nível de escolaridade: 46,9% concluíram o ensino médio e 38,1% têm ensino superior - índice superior à média estadual. A faixa etária predominante está entre 35 e 44 anos (39,5%), seguida por 45 a 54 (22,4%). O grupo é formado majoritariamente por homens (57%). No recorte racial, há equilíbrio entre pardos (36,7%) e brancos (34%), seguidos por pretos (19%).
A maioria é casada (57,1%) e tem filhos (91,2%), o que reforça a importância da renda do próprio negócio para a estrutura familiar.
No campo econômico, os empresários com algum tipo de limitação atuam em diversos setores. O comércio concentra 31,3% dos negócios, seguido por serviços (25,2%), indústria (21,8%) e tecnologia (14,3%). Moda (17,7%), cosméticos (15%) e alimentação (14,3%) estão entre os principais segmentos.
A formalização é alta: 85,7% possuem CNPJ, sendo a maioria registrada como microempresa (48,4%) ou empresa de pequeno porte (32,5%). Além disso, 70% atuam há mais de três anos e quase metade emprega de dois a cinco colaboradores, o que demonstra maturidade e estrutura consolidada.
Dificuldades
As motivações que levam pessoas com deficiência a empreender mesclam necessidade e realização pessoal. Para 40,8%, a decisão está ligada à necessidade financeira, enquanto 34% enxergam oportunidades de mercado e 32% buscam autonomia. A frustração com o mercado de trabalho tradicional (23,1%) e o desejo de realizar um sonho (15%) também aparecem com destaque.
As mulheres tendem a empreender mais por necessidade (54%), enquanto os homens se movem principalmente pela percepção de oportunidade (48,8%).
Na jornada empreendedora, os desafios enfrentados são múltiplas e revelam tanto desafios estruturais quanto específicos. Burocracia (44%), concorrência acirrada (39%) e falta de capital inicial (33%) estão entre as principais dificuldades. Além disso, 21% relataram barreiras diretamente ligadas à deficiência, como acessibilidade e preconceito, e 22% mencionaram dificuldades para equilibrar a vida pessoal e profissional.
Entre as mulheres, questões de gênero e maternidade ganham relevância, enquanto os homens apontam custos e juros elevados como maiores obstáculos.
“O Sebrae apoia todos os empreendedores, porque acredita que o empreendedorismo é um caminho de inclusão e autonomia para todas as pessoas, independentemente de suas condições. Quando um empreendedor PCD empreende, ela inspira e transforma o seu entorno”, afirma Liliane Moreira, analista técnica do Sebrae/MT. “A inclusão produtiva das pessoas com deficiência é uma questão de equidade e também de fortalecimento da economia, pois amplia talentos, gera inovação e promove uma sociedade mais justa”.
Dados da pesquisa
O levantamento foi realizado entre 3 e 31 de janeiro de 2025, por meio de entrevistas telefônicas, com 147 empreendedores (formais e informais) que possuam alguma deficiência no estado de Mato Grosso. O estudo apresenta uma taxa de confiança de 95% e margem de erro de 4%.
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