MATO GROSSO
“Diagnóstico do solo pela amostragem é primordial para bons resultados do cultivo”, explica agrônomo da Empaer-MT
MATO GROSSO
Para recuperar áreas de pastagens degradadas e garantir a fertilidade do solo, o agricultor familiar Flávio Martins do Prado, do município de Confresa (1.160 km a Nordeste de Cuiabá), participou de uma demonstração técnica e prática sobre como coletar amostras de solo ministrada pelos técnicos da Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer). A atividade foi realizada na fazenda do produtor, localizada no Assentamento Rural Fartura, em uma área de 20 hectares. Foram coletadas 60 amostras de solo.
Conforme o agricultor Flávio, que busca em sua propriedade maior desempenho e produtividade, fazer a análise de solo é o princípio de tudo para avaliar a situação nutricional da terra e com os resultados realizar as correções necessárias. Ele esclarece que recebeu instruções técnicas importantes, como por exemplo, cavar em diferentes profundidades do solo, mapear a área para fazer a coleta e os cuidados com a retirada das amostras. E ainda, todo solo coletado foi misturado para retirar apenas algumas amostras, que foram encaminhadas para análise no Laboratório da Empaer, em Várzea Grande.
Antes de qualquer plantio é importante avaliar as condições do solo
O agricultor vai renovar e recuperar a pastagem na área de 20 hectares com a implantação de novas cultivares de forrageiras mais produtivas para criação de gado de corte. Ele pretende montar um sistema de pastejo rotacionado com divisão da área de pastagem em piquetes, também chamado de piqueteamento, onde os animais são submetidos a períodos alternados de pastejo e descanso. “Sei que estamos no final do período das chuvas e estou ansioso para receber os resultados com as recomendações técnicas, corrigir o solo e começar a atividade”, ressaltou Prado.
O engenheiro agrônomo da Empaer, Adaídes Aires da Rocha, responsável pelas informações técnicas e práticas, ensinou como coletar as amostras em talhões uniformes e em ziguezague, de forma a percorrer toda área ao acaso. Foram recolhidos diferentes tipos de solo, cavados a uma profundidade de 0 a 20 centímetros, marcando a área onde foram retiradas as amostras. Ele explica que são coletadas de 20 a 30 amostras simples para formar uma amostra composta.
Segundo o engenheiro, essa é uma etapa primordial. Antes de qualquer plantio é importante avaliar as condições do solo, fertilidade e as correções necessárias. Serve como prevenção para futuros problemas nutricionais que podem facilitar o aparecimento de pragas e doenças. E destaca, que o manejo adequado dos nutrientes traz economia no adubo e incremento na produtividade. Por isso, o diagnóstico do solo pela amostragem é a etapa mais importante da avaliação da sua fertilidade, para que a recomendação de corretivos e de fertilizantes seja realizada a partir da interpretação dos resultados de análises químicas. “Estamos à disposição dos agricultores para orientar em sua propriedade como fazer uma análise e obter bons resultados no cultivo”, avaliou Rocha.
O pesquisador da Empaer, Wininton Mendes da Silva, destaca que a recomendação do solo seja realizada pelo menos uma vez por ano ou a cada safra (colheita ou alteração de cultivo). Uma boa amostragem do solo é a melhor forma de garantir os nutrientes em níveis adequados para as plantas. Uma amostragem bem feita garante uma análise de solo mais assertiva e capaz de suprir adequadamente os nutrientes para as plantas. “Mais importante que a análise é a amostragem feita de forma correta e precisa, sendo vital as orientações de um engenheiro agrônomo”, advertiu.
Técnicos ensinam a forma correta e precisa de uma coleta de solo.
Os solos são normalmente heterogêneos. Por essa razão, Mendes enfatiza que deve dividir a propriedade em áreas homogêneas, levando em consideração as seguintes características: cor do solo, relevo do terreno, textura, histórico da área (cultivos anteriores), calagens, adubações e também erosão e drenagem, além da cultura atual ou cobertura vegetal. A análise do solo proporciona o melhor custo benefício para o agricultor, visto que, por meio desse entendimento em relação ao solo, será gasto somente a quantidade de produtos necessário para aquele cultivo.
Análises e recomendações técnicas
No laboratório da Empaer são realizadas análise de solo e as recomendações quanto à aplicação de calcário e adubo. É feita análise física para verificar a textura do solo e conferir o teor de argila, areia e silte (solo intermediário com argila e areia), e a química avalia a capacidade de produção ou fertilidade do solo. O preço da análise varia de R$ 28,00 a R$ 79,00. O produtor retira o resultado em no máximo quatro dias úteis. Caso as amostras sejam do interior do estado, o resultado é enviado via e-mail para o produtor ou escritório da Empaer. Mais informações pelos telefones (65) 3648 9270/9271.
Laboratório da Empaer, situado em Várzea Grande
Fonte: GOV MT


MATO GROSSO
Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso

Cerca de 17,6 mil pessoas com deficiência (PCD) têm o próprio negócio em Mato Grosso, segundo pesquisa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT). O levantamento, realizado neste ano, mostra que esses empreendedores representam 3,6% do total de empresários mato-grossenses, com predominância de pessoas com limitações motora (36,7%), visual (34%) e auditiva (29,3%).
O estudo aponta que os empreendedores PCD apresentam elevado nível de escolaridade: 46,9% concluíram o ensino médio e 38,1% têm ensino superior - índice superior à média estadual. A faixa etária predominante está entre 35 e 44 anos (39,5%), seguida por 45 a 54 (22,4%). O grupo é formado majoritariamente por homens (57%). No recorte racial, há equilíbrio entre pardos (36,7%) e brancos (34%), seguidos por pretos (19%).
A maioria é casada (57,1%) e tem filhos (91,2%), o que reforça a importância da renda do próprio negócio para a estrutura familiar.
No campo econômico, os empresários com algum tipo de limitação atuam em diversos setores. O comércio concentra 31,3% dos negócios, seguido por serviços (25,2%), indústria (21,8%) e tecnologia (14,3%). Moda (17,7%), cosméticos (15%) e alimentação (14,3%) estão entre os principais segmentos.
A formalização é alta: 85,7% possuem CNPJ, sendo a maioria registrada como microempresa (48,4%) ou empresa de pequeno porte (32,5%). Além disso, 70% atuam há mais de três anos e quase metade emprega de dois a cinco colaboradores, o que demonstra maturidade e estrutura consolidada.
Dificuldades
As motivações que levam pessoas com deficiência a empreender mesclam necessidade e realização pessoal. Para 40,8%, a decisão está ligada à necessidade financeira, enquanto 34% enxergam oportunidades de mercado e 32% buscam autonomia. A frustração com o mercado de trabalho tradicional (23,1%) e o desejo de realizar um sonho (15%) também aparecem com destaque.
As mulheres tendem a empreender mais por necessidade (54%), enquanto os homens se movem principalmente pela percepção de oportunidade (48,8%).
Na jornada empreendedora, os desafios enfrentados são múltiplas e revelam tanto desafios estruturais quanto específicos. Burocracia (44%), concorrência acirrada (39%) e falta de capital inicial (33%) estão entre as principais dificuldades. Além disso, 21% relataram barreiras diretamente ligadas à deficiência, como acessibilidade e preconceito, e 22% mencionaram dificuldades para equilibrar a vida pessoal e profissional.
Entre as mulheres, questões de gênero e maternidade ganham relevância, enquanto os homens apontam custos e juros elevados como maiores obstáculos.
“O Sebrae apoia todos os empreendedores, porque acredita que o empreendedorismo é um caminho de inclusão e autonomia para todas as pessoas, independentemente de suas condições. Quando um empreendedor PCD empreende, ela inspira e transforma o seu entorno”, afirma Liliane Moreira, analista técnica do Sebrae/MT. “A inclusão produtiva das pessoas com deficiência é uma questão de equidade e também de fortalecimento da economia, pois amplia talentos, gera inovação e promove uma sociedade mais justa”.
Dados da pesquisa
O levantamento foi realizado entre 3 e 31 de janeiro de 2025, por meio de entrevistas telefônicas, com 147 empreendedores (formais e informais) que possuam alguma deficiência no estado de Mato Grosso. O estudo apresenta uma taxa de confiança de 95% e margem de erro de 4%.
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