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Editais da Secel impulsionam arte e literatura em Mato Grosso

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Os editais Viver Cultura e Estevão de Mendonça de Mendonça de Incentivo à Literatura Mato-Grossense, promovidos pela Secretaria de Estado de Cultura, Esporte e Lazer (Secel-MT), viabilizaram a execução de diversos projetos culturais em 2024.

Estas duas seleções públicas integraram o maior programa de fomento à cultura da história de Mato Grosso, lançado em 2022 pelo Governo do Estado, e proporcionaram o acesso da população a uma ampla gama de atividades artísticas e literárias.

“Juntos, os dois editais ajudaram a concretizar mais de 300 propostas por todo o Estado. Muitos deles foram colocados em prática em 2024 e movimentaram o setor cultural mato-grossense durante todo o ano”, explica o secretário da Secel, David Moura.

Com R$ 10 milhões de investimento, o edital Viver Cultura selecionou 266 propostas de variadas áreas artístico-culturais, festivais, vivências e ações formativas.

No segmento da música, por exemplo, a seleção pública assegurou os lançamentos do EP da cantora Aranyn, do EP Visual “Estéreo” da cantora Nega Lu e do álbum ‘Canto do Mato’, do músico Gabriel Carmo, além do show Canto Transição da artista Renata Crizanto.

Outros destaques foram as turnês “Canteiro”, da cantora Estela Ceregatti, e a Circuito Quente, da banda Calorosa, que possibilitaram a circulação e o alcance de novos públicos para a música mato-grossense.

Em 2024, o Viver Cultura celebrou a diversidade cultural mato-grossense, por meio do 1º Festival de Axé – Teia Ancestral, em Cuiabá, do 1º Festival de Rapadura, em Nossa Senhora do Livramento e da exposição ‘Mãos que sustentam a memória do tempo’, com fotografias de populações tradicionais de Vila Bela da Santíssima Trindade.

A lista inclui ainda o EP ‘Nossa Cultura Secular’, do grupo de siriri É Bem Mato Grosso, e a exposição “De Geração em Geração – tocando viola de cocho”, instalada no Museu da Viola de Cocho, que fica no Distrito de Varginha, em Santo Antônio de Leverger. O reconhecimento da pluralidade no Estado se fez presente também no 4° Encontro de Cultura Cigana de Mato Grosso, que ocorreu em Tangará da Serra.

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Outro projeto em evidência foi a 7ª edição da Mostra de Cinema Negro de Mato Grosso, que se tornou um dos mais importantes espaços de exibição de produções realizadas ou protagonizadas por negros. Foram os recursos do edital da Secel que garantiram também, em 2024, a concretização da 2ª edição da Mostra Soul, em Sinop, com atividades de promoção da arte LGBTQIAPN+.

Diversas exposições deram visibilidade a obras de artes visuais no Estado, como ‘Paisagens Ásperas’, de Renato Medeiros, ‘Anfêmera’, de Mari Gemma De La Cruz, “Totem ou humano?” de Divanize Carbonieri e ‘Amazônia Profunda’, de Miguel Penha.

O Viver Cultura foi responsável ainda pelo fomento de uma das expressões artísticas mais antigas do planeta, o teatro. Durante 2024, a arte esteve presente na vida da população mato-grossense por meio de peças selecionadas no edital, como a nova temporada de Nepal, do Theatro Fúria, ‘Cidade de Pedra’ do Grupo Terpis, e ‘Curriculum Vital’.

A arte cênica também foi reconhecida em importantes festivais, que levaram espetáculos para públicos de variadas idades. Dentre os exemplos estão o 16º Festival de Teatro de Campo Novo do Parecis (Femute) e o 15ª Festival de Artes Cênicas de Sorriso.

Ações formativas não ficaram de fora em 2024, possibilitando o acesso a conhecimentos técnicos e experiências. Com esse objetivo, a lista de propostas realizadas neste ano inclui o Salão Latino-Americano de Produção Criativa, o projeto ‘Artista On’, e o curso de gestão de associações e projetos socioculturais, voltado a líderes ribeirinhos, indígenas e agricultores familiares.

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Neste ano, as propostas contempladas no edital da Secel atenderam também crianças e pessoas com deficiência. A exposição “Im-Pulso” reuniu obras selecionadas em concurso destinado a fotógrafos com deficiência residentes em Mato Grosso.

E o podcast ‘Eu conto de cá – histórias de um povo do Mato’ apresentou às crianças elementos da biodiversidade e da cultura dos povos do Cerrado em oito episódios disponibilizados nas principais plataformas digitais.

Edital de Literatura

O Edital Estevão de Mendonça de Mendonça de Incentivo à Literatura Mato-Grossense foi lançado em 2022 e contou com R$ 2 milhões em investimentos. Dos 67 projetos selecionados, muitos se tornaram realidade em 2024, movimentando o mercado literário regional durante o ano.

Dentre os livros publicados estão ‘Metamorfose’, do escritor Édson Ceretta, “Meu zeloso guardador”, escrito por Dilson César Devides, “Mãe, Esparsos, Anunciados, Cotidianos”, de Mário Cezar Silva Leite, e “Se quer que algo tenha fim, não se cale”, do cineasta e escritor Wuldson Marcelo.

Complementam a relação obras como ‘Tempos Íntimos’, da jornalista e escritora Larissa Campos, e “Saranzal”, novo livro de poesia da escritora e presidente da Academia Mato-grossense de Letras, Luciene Carvalho.

Além de viabilizar o trabalho de autores do Estado, o edital possibilitou a realização de atividades para estimular o hábito e o prazer da leitura. Integram a lista de projetos beneficiados o festival de leitura itinerante ‘Leituração’, em Tangará da Serra, e o Clube de Leitura Feminista ‘Versos de uma Preta’, em Primavera do Leste.

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Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso

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Cerca de 17,6 mil pessoas com deficiência (PCD) têm o próprio negócio em Mato Grosso, segundo pesquisa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT). O levantamento, realizado neste ano, mostra que esses empreendedores representam 3,6% do total de empresários mato-grossenses, com predominância de pessoas com limitações motora (36,7%), visual (34%) e auditiva (29,3%).

O estudo aponta que os empreendedores PCD apresentam elevado nível de escolaridade: 46,9% concluíram o ensino médio e 38,1% têm ensino superior ­- índice superior à média estadual. A faixa etária predominante está entre 35 e 44 anos (39,5%), seguida por 45 a 54 (22,4%). O grupo é formado majoritariamente por homens (57%). No recorte racial, há equilíbrio entre pardos (36,7%) e brancos (34%), seguidos por pretos (19%).

A maioria é casada (57,1%) e tem filhos (91,2%), o que reforça a importância da renda do próprio negócio para a estrutura familiar.

No campo econômico, os empresários com algum tipo de limitação atuam em diversos setores. O comércio concentra 31,3% dos negócios, seguido por serviços (25,2%), indústria (21,8%) e tecnologia (14,3%). Moda (17,7%), cosméticos (15%) e alimentação (14,3%) estão entre os principais segmentos.

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A formalização é alta: 85,7% possuem CNPJ, sendo a maioria registrada como microempresa (48,4%) ou empresa de pequeno porte (32,5%). Além disso, 70% atuam há mais de três anos e quase metade emprega de dois a cinco colaboradores, o que demonstra maturidade e estrutura consolidada.

Dificuldades

As motivações que levam pessoas com deficiência a empreender mesclam necessidade e realização pessoal. Para 40,8%, a decisão está ligada à necessidade financeira, enquanto 34% enxergam oportunidades de mercado e 32% buscam autonomia. A frustração com o mercado de trabalho tradicional (23,1%) e o desejo de realizar um sonho (15%) também aparecem com destaque.

As mulheres tendem a empreender mais por necessidade (54%), enquanto os homens se movem principalmente pela percepção de oportunidade (48,8%).

Na jornada empreendedora, os desafios enfrentados são múltiplas e revelam tanto desafios estruturais quanto específicos. Burocracia (44%), concorrência acirrada (39%) e falta de capital inicial (33%) estão entre as principais dificuldades. Além disso, 21% relataram barreiras diretamente ligadas à deficiência, como acessibilidade e preconceito, e 22% mencionaram dificuldades para equilibrar a vida pessoal e profissional.

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Entre as mulheres, questões de gênero e maternidade ganham relevância, enquanto os homens apontam custos e juros elevados como maiores obstáculos.

“O Sebrae apoia todos os empreendedores, porque acredita que o empreendedorismo é um caminho de inclusão e autonomia para todas as pessoas, independentemente de suas condições. Quando um empreendedor PCD empreende, ela inspira e transforma o seu entorno”, afirma Liliane Moreira, analista técnica do Sebrae/MT. “A inclusão produtiva das pessoas com deficiência é uma questão de equidade e também de fortalecimento da economia, pois amplia talentos, gera inovação e promove uma sociedade mais justa”.

Dados da pesquisa

O levantamento foi realizado entre 3 e 31 de janeiro de 2025, por meio de entrevistas telefônicas, com 147 empreendedores (formais e informais) que possuam alguma deficiência no estado de Mato Grosso. O estudo apresenta uma taxa de confiança de 95% e margem de erro de 4%.

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