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Empaer e parceiros testam novas cultivares de feijoeiro no município de Canarana

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A Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer), em parceria com o Instituto Agronômico de Campinas (IAC) e Meta Assessoria Agrícola, realiza pesquisa para avaliação de genótipos e potencial agronômico do feijoeiro comum do tipo carioca, preto e grãos especiais, no município de Canarana (823 km a Leste de Cuiabá). Os experimentos estão sendo conduzidos no sistema de sequeiro e com opção para o plantio de safrinha.

O técnico agropecuário da Empaer, Gildomar Avrella, fala que o objetivo deste trabalho é avaliar o comportamento regional de 41 cultivares e 33 linhagens para verificar os genótipos que melhor se adaptam às condições de cultivo na região para atender os produtores rurais.

Os experimentos foram implantados em 2021 e os resultados já começam a aparecer. Em breve estarão em processo de aprovação e inclusão de novas cultivares de feijoeiro, que podem fazer parte da lista de recomendação para o sistema de plantio pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Segundo Gildomar, os genótipos são oriundos do programa de melhoramento do IAC. Os experimentos estão avaliando o comportamento de cultivares e linhagens de feijoeiro. Para isso, foi utilizado o sistema de plantio direto sobre a palhada da soja com três repetições, sendo que cada parcela é formada de quatro linhas de quatro metros e o espaçamento de cinquenta centímetros entre plantas.

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Devido a necessidade de materiais que expressem boa produtividade foi realizado o monitoramento dos experimentos tais como escolha da área para implantação considerando a boa fertilidade do solo, adubação, plantio, tratos culturais e outros. O Ensaio de Valor de Cultivo e Uso (VCU) de feijão carioca e preto possui 41 cultivares e o ensaio de feijão safrinha e de grãos especiais com 33 linhagens. “Esses genótipos, desde que aprovados, poderão ser produzidos pelos agricultores familiares e os demais produtores rurais oferecendo o produto para o mercado da cidade e de outras regiões do Estado”, esclarece.

Além dos feijões tradicionais e especiais simulados em ensaios de campo, foram cultivados também feijão Mungo ou verde/preto e o feijão Red Bamboo. Para implantação dos experimentos, foram realizadas todas as análises de protocolo, como a semeadura, espaçamento entre linhas, data de florescimento, pulverização e data de colheita. De acordo com Avrella, no experimento existem linhagens precoces que estarão prontas para a colheita antes das demais linhagens. Para correta avaliação, a data da colheita a ser anotada será o dia que a linhagem estiver pronta para a colheita. “Acredito que isso pode acontecer nos meses de maio e junho deste ano”, avalia Gildomar.

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Fonte: Governo MT – MT

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Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso

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Cerca de 17,6 mil pessoas com deficiência (PCD) têm o próprio negócio em Mato Grosso, segundo pesquisa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT). O levantamento, realizado neste ano, mostra que esses empreendedores representam 3,6% do total de empresários mato-grossenses, com predominância de pessoas com limitações motora (36,7%), visual (34%) e auditiva (29,3%).

O estudo aponta que os empreendedores PCD apresentam elevado nível de escolaridade: 46,9% concluíram o ensino médio e 38,1% têm ensino superior ­- índice superior à média estadual. A faixa etária predominante está entre 35 e 44 anos (39,5%), seguida por 45 a 54 (22,4%). O grupo é formado majoritariamente por homens (57%). No recorte racial, há equilíbrio entre pardos (36,7%) e brancos (34%), seguidos por pretos (19%).

A maioria é casada (57,1%) e tem filhos (91,2%), o que reforça a importância da renda do próprio negócio para a estrutura familiar.

No campo econômico, os empresários com algum tipo de limitação atuam em diversos setores. O comércio concentra 31,3% dos negócios, seguido por serviços (25,2%), indústria (21,8%) e tecnologia (14,3%). Moda (17,7%), cosméticos (15%) e alimentação (14,3%) estão entre os principais segmentos.

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A formalização é alta: 85,7% possuem CNPJ, sendo a maioria registrada como microempresa (48,4%) ou empresa de pequeno porte (32,5%). Além disso, 70% atuam há mais de três anos e quase metade emprega de dois a cinco colaboradores, o que demonstra maturidade e estrutura consolidada.

Dificuldades

As motivações que levam pessoas com deficiência a empreender mesclam necessidade e realização pessoal. Para 40,8%, a decisão está ligada à necessidade financeira, enquanto 34% enxergam oportunidades de mercado e 32% buscam autonomia. A frustração com o mercado de trabalho tradicional (23,1%) e o desejo de realizar um sonho (15%) também aparecem com destaque.

As mulheres tendem a empreender mais por necessidade (54%), enquanto os homens se movem principalmente pela percepção de oportunidade (48,8%).

Na jornada empreendedora, os desafios enfrentados são múltiplas e revelam tanto desafios estruturais quanto específicos. Burocracia (44%), concorrência acirrada (39%) e falta de capital inicial (33%) estão entre as principais dificuldades. Além disso, 21% relataram barreiras diretamente ligadas à deficiência, como acessibilidade e preconceito, e 22% mencionaram dificuldades para equilibrar a vida pessoal e profissional.

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Entre as mulheres, questões de gênero e maternidade ganham relevância, enquanto os homens apontam custos e juros elevados como maiores obstáculos.

“O Sebrae apoia todos os empreendedores, porque acredita que o empreendedorismo é um caminho de inclusão e autonomia para todas as pessoas, independentemente de suas condições. Quando um empreendedor PCD empreende, ela inspira e transforma o seu entorno”, afirma Liliane Moreira, analista técnica do Sebrae/MT. “A inclusão produtiva das pessoas com deficiência é uma questão de equidade e também de fortalecimento da economia, pois amplia talentos, gera inovação e promove uma sociedade mais justa”.

Dados da pesquisa

O levantamento foi realizado entre 3 e 31 de janeiro de 2025, por meio de entrevistas telefônicas, com 147 empreendedores (formais e informais) que possuam alguma deficiência no estado de Mato Grosso. O estudo apresenta uma taxa de confiança de 95% e margem de erro de 4%.

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