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Empaer orienta produtor de leite aproveitar período de chuva no plantio do capiaçu

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O produtor de leite de Lambari D´Oeste (a 339 km de Cuiabá), Valdemir Merlin Jovano, encerra nesta semana o plantio das mudas de capiaçu que recebeu da Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer) em parceria com o Consórcio Complexo Nascentes do Pantanal. As mudas foram produzidas nos viveiros de Cáceres e São José dos Quatro Marcos para atender produtores de 14 municípios da região.

Valdemir assim como outros agricultores, quer aproveitar o período de chuva para garantir um maior rendimento da silagem sem impactar na qualidade do leite. “O ano passado tive muita dificuldade no período da seca que foi prolongada. Tenho 35 vacas que precisam estar bem alimentadas e dispostas, caso contrário, à produção cai e compromete o trabalho do ano todo”.

De acordo com o produtor, com a orientação da equipe da Empaer, o capiaçu surgiu como uma opção resistente, de maior rendimento e que permite a produção de leite a custos menores, aumentando a sua margem de lucro. “Tenho um hectare de área plantada e pretendo aumentar um pouco mais, além de investir e novas criações”.

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O técnico da Empaer, Tarcísio Wunsch Júnior, explica que há três meses a equipe já vem realizando a entrega das mudas aos  produtores da região que estão concluindo o plantio. Ele frisa que o produtor Valdemir precisou conscientizar-se estar gerindo um negócio, sendo estimulado da necessidade de investir para buscar lucro e, com isso, aumentar sua renda.

De acordo com Tarcísio, o produtor precisou entender a vantagem de ter uma capineira para fazer silagem, depois de três anos lutando com a seca prolongada e ver suas vacas produzindo pouco. “Na região, o exemplo do senhor Valdemir é o mesmo de muitos e estamos conseguindo mudar a realidade de todos que começaram a investir e acreditar na assistência técnica”.

O acompanhamento consiste na análise do solo, caso haja necessidade de reposição de calcário ou adubo. Logo em seguida, o preparo com os sulcos. “Foram três anos de vacas magras. A procura pelo capiaçu e pela assistência da Empaer nesse período aumentou consideravelmente. Estamos conseguindo acompanhar alguns produtores que acreditam na implantação de tecnologias que já foram testadas e validadas”, conclui.

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Equipe da Empaer durante assistência técnica – Foto: Empaer

Fonte: GOV MT

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Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso

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Cerca de 17,6 mil pessoas com deficiência (PCD) têm o próprio negócio em Mato Grosso, segundo pesquisa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT). O levantamento, realizado neste ano, mostra que esses empreendedores representam 3,6% do total de empresários mato-grossenses, com predominância de pessoas com limitações motora (36,7%), visual (34%) e auditiva (29,3%).

O estudo aponta que os empreendedores PCD apresentam elevado nível de escolaridade: 46,9% concluíram o ensino médio e 38,1% têm ensino superior ­- índice superior à média estadual. A faixa etária predominante está entre 35 e 44 anos (39,5%), seguida por 45 a 54 (22,4%). O grupo é formado majoritariamente por homens (57%). No recorte racial, há equilíbrio entre pardos (36,7%) e brancos (34%), seguidos por pretos (19%).

A maioria é casada (57,1%) e tem filhos (91,2%), o que reforça a importância da renda do próprio negócio para a estrutura familiar.

No campo econômico, os empresários com algum tipo de limitação atuam em diversos setores. O comércio concentra 31,3% dos negócios, seguido por serviços (25,2%), indústria (21,8%) e tecnologia (14,3%). Moda (17,7%), cosméticos (15%) e alimentação (14,3%) estão entre os principais segmentos.

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A formalização é alta: 85,7% possuem CNPJ, sendo a maioria registrada como microempresa (48,4%) ou empresa de pequeno porte (32,5%). Além disso, 70% atuam há mais de três anos e quase metade emprega de dois a cinco colaboradores, o que demonstra maturidade e estrutura consolidada.

Dificuldades

As motivações que levam pessoas com deficiência a empreender mesclam necessidade e realização pessoal. Para 40,8%, a decisão está ligada à necessidade financeira, enquanto 34% enxergam oportunidades de mercado e 32% buscam autonomia. A frustração com o mercado de trabalho tradicional (23,1%) e o desejo de realizar um sonho (15%) também aparecem com destaque.

As mulheres tendem a empreender mais por necessidade (54%), enquanto os homens se movem principalmente pela percepção de oportunidade (48,8%).

Na jornada empreendedora, os desafios enfrentados são múltiplas e revelam tanto desafios estruturais quanto específicos. Burocracia (44%), concorrência acirrada (39%) e falta de capital inicial (33%) estão entre as principais dificuldades. Além disso, 21% relataram barreiras diretamente ligadas à deficiência, como acessibilidade e preconceito, e 22% mencionaram dificuldades para equilibrar a vida pessoal e profissional.

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Entre as mulheres, questões de gênero e maternidade ganham relevância, enquanto os homens apontam custos e juros elevados como maiores obstáculos.

“O Sebrae apoia todos os empreendedores, porque acredita que o empreendedorismo é um caminho de inclusão e autonomia para todas as pessoas, independentemente de suas condições. Quando um empreendedor PCD empreende, ela inspira e transforma o seu entorno”, afirma Liliane Moreira, analista técnica do Sebrae/MT. “A inclusão produtiva das pessoas com deficiência é uma questão de equidade e também de fortalecimento da economia, pois amplia talentos, gera inovação e promove uma sociedade mais justa”.

Dados da pesquisa

O levantamento foi realizado entre 3 e 31 de janeiro de 2025, por meio de entrevistas telefônicas, com 147 empreendedores (formais e informais) que possuam alguma deficiência no estado de Mato Grosso. O estudo apresenta uma taxa de confiança de 95% e margem de erro de 4%.

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