MATO GROSSO
Empreendedora cria marca de sapatilhas, aprimora negócio com apoio da Desenvolve MT e vende até para o exterior
MATO GROSSO
Há 10 anos, após uma cirurgia vascular que a impediu de usar sapatos de salto, Tânia começou a buscar alternativas confortáveis como as sapatilhas. Inicialmente comprando de fora, ela recebia muitos elogios pelos calçados, o que a inspirou a ver uma oportunidade para melhorar sua renda.
Assim nasceu a “Tânia Sapatilhas”, que começou de forma pequena, com apenas dois ou três pares de sapatilhas em uma bolsa. À medida que a clientela crescia, ela teve que adaptar o negócio, passando de uma bolsa para malas, e de vender de bicicleta até conseguir abrir sua própria loja.
O sucesso inicial levou a empreendedora a investir em uma confecção própria, que leva seu nome. Com o financiamento da Desenvolve MT, ela adquiriu os insumos necessários para aumentar a produção de sapatilhas, escolhendo pessoalmente todos os materiais usados, como solados, palmilhas, cacharrel, tecidos, napa, courino e verniz.
“Hoje, a nossa produção cresceu e, além de vender para Tangará da Serra, enviamos calçados para praticamente todos os estados do Brasil e também para outros países, como os Estados Unidos. Saber que uma pessoa olhou lá na internet, viu nossa modelagem, gostou e, de um lugar tão distante, comprou. Isso não tem preço, é muito gratificante”, contou.
A história de Tânia Fernandes é um exemplo de como a Desenvolve MT apoia o empreendedorismo regional, oferecendo linhas de crédito que ajudam empreendedores a realizarem seus sonhos e expandirem seus negócios.
“A confecção dos calçados é, na maioria, exclusiva. Porque nós escolhemos desde a parte do solado, da palmilha, do cacharrel, dos materiais, os tecidos que são usados nos calçados, como, por exemplo, a napa, o courino, o verniz, tudo isso somos nós que escolhemos” explicou a proprietária.
Ela comenta também que sua produção cresceu e hoje, além de vender para Tangará da Serra, envia calçados para praticamente todos os estados do Brasil e, também, para outros países, como os Estados Unidos. “Saber que uma pessoa olhou lá na internet, viu nossa modelagem, gostou e de um lugar tão distante, comprou. Isso não tem preço, é muito gratificante”, acrescenta.
A Desenvolve MT acredita no empreendedorismo mato-grossense e por isso oferece linhas de crédito para apoiar empreendedores regionais.
A presidente Mayran Beckman reafirma o compromisso da agência com o empreendedorismo do Estado. A Agência faz parcerias com prefeituras e associações comerciais que passam a contar com agentes de crédito credenciados que auxiliam no processo de solicitação de crédito, sem custo adicional aos empreendedores.
“A Desenvolve MT está focada em não manter esse recurso somente em Cuiabá, temos um compromisso para que ele chegue aos demais municípios do estado, pois vemos a força que o interior tem e queremos exaltar esses empreendedores”, afirmou.
Crédito
Essas linhas são voltadas para Microempreendedores Individuais (MEIs) e Micro e Pequenas Empresas, com créditos que variam de R$ 15 mil a R$ 1,5 milhão, dependendo da linha e do porte da empresa. O prazo de pagamento pode chegar a 120 meses, com carência de até 24 meses e juros a partir de 0,37% ao mês. Todas as linhas oferecem um bônus de adimplência de 30% para pagamentos em dia.
*Com supervisão de Vitória Kehl


MATO GROSSO
Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso

Cerca de 17,6 mil pessoas com deficiência (PCD) têm o próprio negócio em Mato Grosso, segundo pesquisa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT). O levantamento, realizado neste ano, mostra que esses empreendedores representam 3,6% do total de empresários mato-grossenses, com predominância de pessoas com limitações motora (36,7%), visual (34%) e auditiva (29,3%).
O estudo aponta que os empreendedores PCD apresentam elevado nível de escolaridade: 46,9% concluíram o ensino médio e 38,1% têm ensino superior - índice superior à média estadual. A faixa etária predominante está entre 35 e 44 anos (39,5%), seguida por 45 a 54 (22,4%). O grupo é formado majoritariamente por homens (57%). No recorte racial, há equilíbrio entre pardos (36,7%) e brancos (34%), seguidos por pretos (19%).
A maioria é casada (57,1%) e tem filhos (91,2%), o que reforça a importância da renda do próprio negócio para a estrutura familiar.
No campo econômico, os empresários com algum tipo de limitação atuam em diversos setores. O comércio concentra 31,3% dos negócios, seguido por serviços (25,2%), indústria (21,8%) e tecnologia (14,3%). Moda (17,7%), cosméticos (15%) e alimentação (14,3%) estão entre os principais segmentos.
A formalização é alta: 85,7% possuem CNPJ, sendo a maioria registrada como microempresa (48,4%) ou empresa de pequeno porte (32,5%). Além disso, 70% atuam há mais de três anos e quase metade emprega de dois a cinco colaboradores, o que demonstra maturidade e estrutura consolidada.
Dificuldades
As motivações que levam pessoas com deficiência a empreender mesclam necessidade e realização pessoal. Para 40,8%, a decisão está ligada à necessidade financeira, enquanto 34% enxergam oportunidades de mercado e 32% buscam autonomia. A frustração com o mercado de trabalho tradicional (23,1%) e o desejo de realizar um sonho (15%) também aparecem com destaque.
As mulheres tendem a empreender mais por necessidade (54%), enquanto os homens se movem principalmente pela percepção de oportunidade (48,8%).
Na jornada empreendedora, os desafios enfrentados são múltiplas e revelam tanto desafios estruturais quanto específicos. Burocracia (44%), concorrência acirrada (39%) e falta de capital inicial (33%) estão entre as principais dificuldades. Além disso, 21% relataram barreiras diretamente ligadas à deficiência, como acessibilidade e preconceito, e 22% mencionaram dificuldades para equilibrar a vida pessoal e profissional.
Entre as mulheres, questões de gênero e maternidade ganham relevância, enquanto os homens apontam custos e juros elevados como maiores obstáculos.
“O Sebrae apoia todos os empreendedores, porque acredita que o empreendedorismo é um caminho de inclusão e autonomia para todas as pessoas, independentemente de suas condições. Quando um empreendedor PCD empreende, ela inspira e transforma o seu entorno”, afirma Liliane Moreira, analista técnica do Sebrae/MT. “A inclusão produtiva das pessoas com deficiência é uma questão de equidade e também de fortalecimento da economia, pois amplia talentos, gera inovação e promove uma sociedade mais justa”.
Dados da pesquisa
O levantamento foi realizado entre 3 e 31 de janeiro de 2025, por meio de entrevistas telefônicas, com 147 empreendedores (formais e informais) que possuam alguma deficiência no estado de Mato Grosso. O estudo apresenta uma taxa de confiança de 95% e margem de erro de 4%.
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