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Empresários estão por trás de grupos de roubo de veículos, revela delegado

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delegado Gustavo Garcia, titular da Delegacia Especializada de Roubos e Furtos de Veículos (DERFVA), afirmou que por trás de organizações criminosas responsáveis por roubos e furtos de veículos em Cuiabá e Várzea Grande existem empresários que se relacionam com a elite da sociedade. Parte dos criminosos são membros de facção criminosa, mas outra parte são estes empresários, que levam uma vida comum.

De acordo com dados da Superintendência do Observatório de Segurança Pública, no período de janeiro a dezembro de 2021 foram registrados 477 roubos de veículo na capital e 262 em Várzea Grande. Com relação ao número de furtos de veículos, no ano passado foram 867 em Cuiabá e 263 em Várzea Grande.

Segundo o delegado Gustavo Garcia, os números do primeiro trimestre de 2022 não devem ser muito diferentes daqueles do mesmo período de 2021. O panorama, segundo ele, está dentro da normalidade e houve até mesmo redução em um dos meses. O delegado afirmou que a solução para este problema não se resolve apenas com ação policial, mas garantiu que ações vão continuar sendo realizadas para reprimir os roubos.

Garcia disse também que, ao contrário do que se possa imaginar, nem todos estes crimes são cometidos por membros de facção criminosa ou ladrões que moram em bairros de periferia. Existem pessoas de alto poder aquisitivo, que convivem na alta sociedade, por trás de organizações criminosas.

“Não existe um perfil específico. Os autores de roubo, aqueles que empregam uso de violência ou grave ameaça, muitos deles são membros de facção criminosa, mas, por outro lado, existem organizações criminosas que por trás delas existem empresários […] que se relacionam com a elite da sociedade e acabam comandando essa criminalidade toda […] por isso que nós temos hoje um núcleo de inteligência capaz de monitorar aqueles que estão se aproveitando destas práticas delitivas”, afirmou.

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O delegado citou uma operação deflagrada em outubro do ano passado, a Operação Imperial, que investigou uma organização criminosa especializada em roubo e furto de veículos. A 7ª Vara Criminal, recentemente, determinou o seqüestro dos bens apreendidos, sendo mais de R$ 2 milhões relacionados a veículos.

Durante as fases da Operação Imperial foram apreendidos 36 veículos, sendo 30 carros, cinco motocicletas e uma motoaquática (jet ski). Vinte e seis aparelhos eletrônicos, entre celulares, notebooks e Ipad, e sete armas de fogo foram recolhidos durante cumprimento de mandados judiciais.

Parte dos integrantes, 13 criminosos, foi presa durante as fases da Operação Imperial, e três deles estão foragidos. Três mulheres envolvidas com o grupo criminoso estão em cumprimento de medida cautelar de monitoramento eletrônico.

Muitas ações da Derfva ocorrem em parceria com a Polícia Militar e outros órgãos da Secretaria de Estado de Segurança Pública de Mato Grosso (Sesp-MT), como Gefron e Ciopaer

Modus Operandi

O titular da Derfva explicou que os roubos ocorrem em diversas regiões da região metropolitana, não existem regiões com maior incidência. No entanto, ele afirmou que locais com maior movimentação de veículos, como hospitais e escolas, normalmente são escolhidos pelos autores dos crimes. Ele também disse que o período da noite e o da manhã são os com maior incidência de ocorrências.

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“É por conta da movimentação de veículos, porque se tem uma maior circulação de veículos tem mais oportunidades [para conseguirem roubar]. Então fica muito a cargo da oportunidade, o criminoso avalia todas as condições necessárias para que tenha êxito na sua atividade delitiva”.

O delegado também explicou que tipos diferentes de veículos são alvos de crimes distintos. Motocicletas, por exemplo, são mais alvos de furtos, enquanto carros geralmente são subtraídos mediante violência ou grave ameaça.

Com relação à finalidade do roubo, Garcia explicou que isso varia de acordo com a organização criminosa responsável pelo crime. Alguns veículos são levados para a Bolívia, enquanto outros acabam sendo relacionados a crimes de estelionato, sofrendo adulteração e depois sendo ofertados em sites de venda ou lojas. Existem também os casos de desmonte para venda de peças.

Gustavo ainda explicou que muitos dos veículos são encontrados logo após serem subtraídos, em regiões de mata. Isto ocorre porque os ladrões buscam “esfriar” o veículo. O delegado esclareceu que logo após o roubo as polícias Civil e Militar iniciam diligências para localizar o veículo e, tirando ele de circulação, os criminosos acreditam ter maiores chances de que não seja encontrado.

FONTE/ REPOST: VINICIUS MENDES- RD NEWS 

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Sintap-MT enaltece atuação dos servidores do INDEA-MT em conquista histórica: Mato Grosso é declarado livre de febre aftosa sem vacinação

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Mato Grosso atingiu um marco histórico para a agropecuária brasileira. O estado foi oficialmente reconhecido como zona livre de febre aftosa sem vacinação pela Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA), durante a 92ª Assembleia Geral da entidade, realizada nesta quinta-feira (29), em Paris, França. Com o reconhecimento, o estado passa a deter o mais alto status sanitário internacional na produção de bovinos, bubalinos e suínos.

A conquista é resultado direto de um trabalho técnico, contínuo e comprometido realizado ao longo de mais de quatro décadas pelos profissionais do Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (INDEA-MT), e cujo os servidores são representados pelo Sindicato dos Trabalhadores do Sistema Agrícola, Agrário e Pecuário do Estado de Mato Grosso (Sintap-MT).

Segundo a diretora financeira do Sintap-MT, a médica veterinária Maria Fernanda, o reconhecimento internacional é fruto de uma trajetória iniciada em 1979, com a criação do INDEA-MT. “Muitos se esquecem que isso começou há mais de 40 anos. Para erradicar a doença, foi preciso planejamento, campanhas de vacinação, ações educativas e fiscalização intensa em todo o estado”, relembra.

O último registro de febre aftosa em Mato Grosso ocorreu em 1996. Desde então, o controle da doença foi garantido por meio da vacinação em massa e de um trabalho permanente de educação sanitária junto aos produtores rurais, iniciativas conduzidas por servidores públicos com profundo conhecimento técnico e compromisso com a saúde animal.

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“A vacinação foi essencial, mas sem o trabalho de educação sanitária feito por nossos servidores e pelo comprometimento de todo o setor produtivo e produtores rurais, que entenderam a importância da vacinação, o controle da doença não teria sido eficaz. Foi a confiança no serviço público que nos trouxe até aqui”, destaca Maria Fernanda.

Avanço econômico e novos mercados

Com o novo status sanitário, Mato Grosso amplia suas oportunidades comerciais, passando a acessar mercados internacionais mais exigentes, como Japão e Coreia do Sul. A retirada da vacina, segundo a diretora do Sintap-MT, representa uma demonstração clara de que o estado possui pleno controle da doença, elevando o nível de confiança no sistema de defesa sanitária estadual e nacional.

Além disso, os recursos anteriormente destinados às campanhas de vacinação poderão agora ser redirecionados para reforçar as ações de vigilância e prevenção, garantindo a manutenção do status alcançado.

Valorização do serviço público

Para o Sintap-MT, a conquista simboliza uma vitória coletiva dos profissionais da defesa agropecuária. A presidente, Diany Dias destaca o papel fundamental do sindicato na valorização dos servidores e na melhoria das condições de trabalho.

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“Essa conquista mostra a importância do serviço público agropecuário. O Sintap-MT sempre esteve presente, lutando por concursos, estrutura nas unidades, condições adequadas para os servidores que atuam nas fronteiras e nas áreas de fiscalização. Não adianta ter mão de obra qualificada sem equipamento, sem treinamento, sem veículos adequados. Nosso papel sempre foi cobrar, apoiar e garantir que esses profissionais tivessem as condições necessárias para exercer suas funções com excelência”, afirmou Diany.

O sindicato reforça que a vigilância sanitária em todos os municípios de Mato Grosso é garantida justamente pela atuação dos servidores do INDEA-MT. “Somos parceiros dos trabalhadores e, sem eles, o reconhecimento da OMSA não seria possível. Essa vitória é nossa, e o Sintap-MT se orgulha de fazer parte dessa história”, finaliza a presidente da entidade.

Márcia Martins
Assessoria de Imprensa Sintap/MT
(65) 99243-2021

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