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Encontro debate meio ambiente na gestão pública, estratégias empresariais e tecnologia no campo

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O encontro “Política Florestal e Agronegócio”, realizado em celebração ao Dia Mundial do Meio Ambiente, discutiu o meio ambiente na gestão pública, inovação e tecnologia no campo e como as questões florestais se inserem nas decisões estratégias de lideranças empresariais.

A secretaria de Estado de Meio Ambiente, Mauren Lazzaretti, que abriu o evento, destacou os pilares que orienta a construção da Política Ambiental do Governo do Estado e os desafios na implementação do Código Florestal de colocar em prática o desenvolvimento sustentável no agronegócio. Entre esses desafios estão estrutura dos órgãos ambientais, gargalo do sistema, necessidade de melhorar bases de referência para análises e padronização de dados.

Outros assuntos apresentados pela gestora foram as estratégias para unir esforço do poder público com o setor privado em prol de um objetivo único, Programa Carbono Neutro, combate ao desmatamento ilegal e controle a incêndios florestais. O manejo florestal sustentável, tema essencial do debate, foi demonstrado como forma de gerar renda e dignidade social.

“Mato Grosso é um estado que preserva e produz, está inserido dentro da visão mundial de conservação de recursos naturais e ainda assim se mantém na liderança de produção de alimentos no mundo. Conseguimos demonstrar que temos capacidade de aumentar a produção agropecuária e recuperar áreas degradadas sem a necessidade de conversão de novas áreas”, destacou.

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Convidado especial do evento, o Presidente da Associação Brasileira de direito da Energia e do Meio Ambiente (ABDEM), Alexandre Sion, discutiu a complexidade das leis ambientais para todas as partes – órgão ambiental, sociedade civil, empreendedor órgão de controle, além de especificações do Código Florestal e tipos de crime ambiental. Sobre a legislação ambiental, destacou: “Cabe ao poder Legislativo atender ao comando da sociedade de equilibrar os direitos e fazer essa ponderação de valores constitucionais”.

O presidente da Comissão de Meio Ambiente da Assembléia Legislativa de Mato Grosso, deputado Carlos Avallone, ressaltou que defender e preservar o meio ambiente para a atual e futuras gerações se tornou uma meta fundamental para a humanidade.

“Uma urgência de processo de mudança no qual a exploração dos recursos, direcionamento dos investimentos, orientação do desenvolvimento tecnológico e mudança institucional estejam em harmonia e reforce o desenvolvimento sustentável”, ponderou.

Questões Florestais e Lideranças Empresariais

Nas discussões sobre como as questões florestais se inserem nas decisões estratégicas das lideranças empresariais, a Conselheira Estadual da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB),  Adriana Pommer, falou sobre regras específicas para o agronegócio, como as condicionantes ambientais, por ser uma atividade que depende do uso de recursos naturais.

“O mercado cobra o uso sustentável de recursos naturais e formas de garantir o mínimo de impacto. O estado condiciona atividades com medidas de comando e controle, além dos órgãos fiscalizadores e sociedade”.

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Representando o Ministério Público, Marcelo Vacchiano discursou sobre a conciliação ambiental, aplicada pela necessidade de reparação de um dano que trouxe prejuízo ambiental. “Cada situação tem que ser verificada de forma concreta para analisar qual será a reparação do dano”, explicou o promotor de Justiça.

A Federação de Agricultura e Pecuária do Estado de Mato Grosso (Famato), uma das apoiadoras do evento, teve como representante a gestora técnica Lucélia Avi que ressaltou que seguir o produtor seguir a legislação ambiental é uma exigência do mercado. “Os agentes financeiros exigem muito do proprietário dentro da questão ambiental como forma de se inserir no mercado, que é uma exigência também do mercado internacional. O produtor vem se adequando e estas discussões com órgãos públicos são muito importantes”.

O evento aconteceu no Auditório da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) com a participação de diversos setores da sociedade. Após as apresentações o público tirou suas dúvidas e fez as considerações. As discussões sobre “ESG, Inovação e Tecnologia no Campo” teve a apresentação de representantes do Grupo Scheffer, Associação dos Produtores de Soja e Milho do Estado de Mato Grosso (Aprosoja), empresa SSCON Geospatial, Sema, ABDEM e OAB.

Fonte: GOV MT

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Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso

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Cerca de 17,6 mil pessoas com deficiência (PCD) têm o próprio negócio em Mato Grosso, segundo pesquisa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT). O levantamento, realizado neste ano, mostra que esses empreendedores representam 3,6% do total de empresários mato-grossenses, com predominância de pessoas com limitações motora (36,7%), visual (34%) e auditiva (29,3%).

O estudo aponta que os empreendedores PCD apresentam elevado nível de escolaridade: 46,9% concluíram o ensino médio e 38,1% têm ensino superior ­- índice superior à média estadual. A faixa etária predominante está entre 35 e 44 anos (39,5%), seguida por 45 a 54 (22,4%). O grupo é formado majoritariamente por homens (57%). No recorte racial, há equilíbrio entre pardos (36,7%) e brancos (34%), seguidos por pretos (19%).

A maioria é casada (57,1%) e tem filhos (91,2%), o que reforça a importância da renda do próprio negócio para a estrutura familiar.

No campo econômico, os empresários com algum tipo de limitação atuam em diversos setores. O comércio concentra 31,3% dos negócios, seguido por serviços (25,2%), indústria (21,8%) e tecnologia (14,3%). Moda (17,7%), cosméticos (15%) e alimentação (14,3%) estão entre os principais segmentos.

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A formalização é alta: 85,7% possuem CNPJ, sendo a maioria registrada como microempresa (48,4%) ou empresa de pequeno porte (32,5%). Além disso, 70% atuam há mais de três anos e quase metade emprega de dois a cinco colaboradores, o que demonstra maturidade e estrutura consolidada.

Dificuldades

As motivações que levam pessoas com deficiência a empreender mesclam necessidade e realização pessoal. Para 40,8%, a decisão está ligada à necessidade financeira, enquanto 34% enxergam oportunidades de mercado e 32% buscam autonomia. A frustração com o mercado de trabalho tradicional (23,1%) e o desejo de realizar um sonho (15%) também aparecem com destaque.

As mulheres tendem a empreender mais por necessidade (54%), enquanto os homens se movem principalmente pela percepção de oportunidade (48,8%).

Na jornada empreendedora, os desafios enfrentados são múltiplas e revelam tanto desafios estruturais quanto específicos. Burocracia (44%), concorrência acirrada (39%) e falta de capital inicial (33%) estão entre as principais dificuldades. Além disso, 21% relataram barreiras diretamente ligadas à deficiência, como acessibilidade e preconceito, e 22% mencionaram dificuldades para equilibrar a vida pessoal e profissional.

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Entre as mulheres, questões de gênero e maternidade ganham relevância, enquanto os homens apontam custos e juros elevados como maiores obstáculos.

“O Sebrae apoia todos os empreendedores, porque acredita que o empreendedorismo é um caminho de inclusão e autonomia para todas as pessoas, independentemente de suas condições. Quando um empreendedor PCD empreende, ela inspira e transforma o seu entorno”, afirma Liliane Moreira, analista técnica do Sebrae/MT. “A inclusão produtiva das pessoas com deficiência é uma questão de equidade e também de fortalecimento da economia, pois amplia talentos, gera inovação e promove uma sociedade mais justa”.

Dados da pesquisa

O levantamento foi realizado entre 3 e 31 de janeiro de 2025, por meio de entrevistas telefônicas, com 147 empreendedores (formais e informais) que possuam alguma deficiência no estado de Mato Grosso. O estudo apresenta uma taxa de confiança de 95% e margem de erro de 4%.

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