MATO GROSSO
Enfrentamento ao racismo e intolerância religiosa são temas discutidos em Conferência Intermunicipal
MATO GROSSO
O Conselho Estadual de Promoção da Igualdade Racial (Cepir), órgão vinculado à Secretaria Estadual de Assistência Social e Cidadania (Setasc), realiza a 1ª Conferência Intermunicipal de Promoção da Igualdade Racial, entre os municípios de Barra do Garças e Pontal do Araguaia. O evento começou nesta quinta-feira (10.02) e segue até esta sexta-feira (11.02), no Anfiteatro Fernando Peres de Farias, em Barra do Garças.
Com o tema central “Enfrentamento ao Racismo e às outras formas correlatas de discriminação étnico-racial e de intolerância religiosa”, a 1ª Conferência tem como objetivo discutir temas de ampla abrangência e importância para o fomento do respeito, proteção e concretização dos Direitos Humanos. Visando assim, o fortalecimento de ações de combate ao racismo e formas correlatas de discriminação.

Entre os subtemas abordados estão: o enfrentamento a todo tipo de violência praticada por meio das invasões de territórios, intolerância religiosa e desenvolvimento da igualdade étnico-racial e étnico-cultural pela promoção da igualdade de oportunidades.
Para o presidente do Cepir, Carlos Caetano, o papel do movimento social negro nas conquistas dos marcos legais é fazer parte da construção da política de promoção da igualdade racial no Brasil.
“É importante aprofundarmos no debate que institui o programa brasileiro de políticas afirmativas. A partir do relatório final dessa conferência os municípios pautarão os seus planos municipais de promoção da igualdade racial. Discutiremos o número do feminicídio das mulheres negras no Brasil, a legalização e educação do povo quilombola, e também, da educação escolar indígena”, afirmou.
O presidente ainda destacou o apoio da Setasc no contexto da estruturação do diálogo entre os polos regionais
O evento será realizado no município de Barra do Garças, no Anfiteatro Fernando Peres de Farias, nesta quinta-feira (10.02) das 13h às 17h e sexta-feira (11.02) das 08h às 12h.
MATO GROSSO
Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso
Cerca de 17,6 mil pessoas com deficiência (PCD) têm o próprio negócio em Mato Grosso, segundo pesquisa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT). O levantamento, realizado neste ano, mostra que esses empreendedores representam 3,6% do total de empresários mato-grossenses, com predominância de pessoas com limitações motora (36,7%), visual (34%) e auditiva (29,3%).
O estudo aponta que os empreendedores PCD apresentam elevado nível de escolaridade: 46,9% concluíram o ensino médio e 38,1% têm ensino superior - índice superior à média estadual. A faixa etária predominante está entre 35 e 44 anos (39,5%), seguida por 45 a 54 (22,4%). O grupo é formado majoritariamente por homens (57%). No recorte racial, há equilíbrio entre pardos (36,7%) e brancos (34%), seguidos por pretos (19%).
A maioria é casada (57,1%) e tem filhos (91,2%), o que reforça a importância da renda do próprio negócio para a estrutura familiar.
No campo econômico, os empresários com algum tipo de limitação atuam em diversos setores. O comércio concentra 31,3% dos negócios, seguido por serviços (25,2%), indústria (21,8%) e tecnologia (14,3%). Moda (17,7%), cosméticos (15%) e alimentação (14,3%) estão entre os principais segmentos.
A formalização é alta: 85,7% possuem CNPJ, sendo a maioria registrada como microempresa (48,4%) ou empresa de pequeno porte (32,5%). Além disso, 70% atuam há mais de três anos e quase metade emprega de dois a cinco colaboradores, o que demonstra maturidade e estrutura consolidada.
Dificuldades
As motivações que levam pessoas com deficiência a empreender mesclam necessidade e realização pessoal. Para 40,8%, a decisão está ligada à necessidade financeira, enquanto 34% enxergam oportunidades de mercado e 32% buscam autonomia. A frustração com o mercado de trabalho tradicional (23,1%) e o desejo de realizar um sonho (15%) também aparecem com destaque.
As mulheres tendem a empreender mais por necessidade (54%), enquanto os homens se movem principalmente pela percepção de oportunidade (48,8%).
Na jornada empreendedora, os desafios enfrentados são múltiplas e revelam tanto desafios estruturais quanto específicos. Burocracia (44%), concorrência acirrada (39%) e falta de capital inicial (33%) estão entre as principais dificuldades. Além disso, 21% relataram barreiras diretamente ligadas à deficiência, como acessibilidade e preconceito, e 22% mencionaram dificuldades para equilibrar a vida pessoal e profissional.
Entre as mulheres, questões de gênero e maternidade ganham relevância, enquanto os homens apontam custos e juros elevados como maiores obstáculos.
“O Sebrae apoia todos os empreendedores, porque acredita que o empreendedorismo é um caminho de inclusão e autonomia para todas as pessoas, independentemente de suas condições. Quando um empreendedor PCD empreende, ela inspira e transforma o seu entorno”, afirma Liliane Moreira, analista técnica do Sebrae/MT. “A inclusão produtiva das pessoas com deficiência é uma questão de equidade e também de fortalecimento da economia, pois amplia talentos, gera inovação e promove uma sociedade mais justa”.
Dados da pesquisa
O levantamento foi realizado entre 3 e 31 de janeiro de 2025, por meio de entrevistas telefônicas, com 147 empreendedores (formais e informais) que possuam alguma deficiência no estado de Mato Grosso. O estudo apresenta uma taxa de confiança de 95% e margem de erro de 4%.
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