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Equipe indígena xavante se destaca nos Jogos Escolares Mato-grossenses

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Promovidos pela Secretaria de Estado de Cultura, Esporte e Lazer (Secel-MT), os Jogos Escolares e os Jogos Estudantis de Seleções reúnem estudantes de todo o Estado e revelam a diversidade mato-grossense também no esporte.

Entre os participantes, estão equipes formadas por indígenas, como a de estudantes xavantes, que chegaram às finais da etapa regional Leste, disputada em Canarana, distante 650 km de Cuiabá no sentido nordeste.

A equipe indígena representa o município de Campinápolis (distante 240 km de Canarana), na disputa pelo título regional do futsal feminino da categoria B, entre estudantes de 12 a 14 anos.

Treinadas pelo técnico Peter Mattos Drey, as estudantes da escola municipal Santo Antônio, na terra indígena Parabubure, se consagraram vice-campeãs na manhã desta segunda-feira (30.05).

“Elas vieram sem experiência, sem nenhuma vivência fora da aldeia e mostraram que têm possibilidades de jogar bem e representar todas as equipes indígenas do Estado. Eu, como técnico, me senti orgulhoso, pois elas corresponderam positivamente a tudo que lhes foi pedido, dentro e fora de campo. Só não conquistaram o título por causa do saldo de gols”, celebra o técnico.

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A etapa regional Noroeste, realizada em Juara (695 km de Cuiabá no sentido norte), entre 20 e 25 de maio, também contou com a participação de estudantes indígenas. Representando o município de Brasnorte, duas equipes da etnia Rikbaktsa se destacaram na competição escolar: a de voleibol masculina e a de futsal feminina, ambas na categoria de 15 a 17 anos.

Segundo o coordenador geral do evento esportivo em Canarana, Adriano Augusto de Oliveira, a participação das equipes é de qualidade e mostra o quanto os povos indígenas são também habilidosos esportivamente.

“Para nós, da Secel-MT, é um motivo de orgulho contar com a participação de equipes indígenas em nosso evento. Estamos felizes por valorizar a diversidade de nosso estado, com todos se sentindo incluídos e com oportunidade de participação. Torcemos para que haja muitos outros representantes indígenas nos próximos anos”, salienta Adriano.

A etapa regional Leste em Canarana

As competições da etapa regional Leste começaram na sexta-feira (27.05) e prosseguem até esta quarta-feira (01.06), em Canarana (MT). Ao todo, 87 equipes masculinas e femininas competem nas modalidades de basquete, handebol, futsal e vôlei, representando os municípios de Água Boa, Barra do Garças, Campinápolis, Canarana, Gaúcha do Norte, Nova Xavantina, Novo São Joaquim, Querência e Ribeirãozinho.

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Abrangendo estudantes de 12 a 14 anos, 44 equipes de escolas públicas e privadas disputam os Jogos Escolares. Já nos Jogos Estudantis, as partidas envolvem 43 seleções municipais, formadas por estudantes de 15 a 17 anos. As equipes campeãs, em cada modalidade e gênero, avançam paras as fases estaduais de suas respectivas competições, que serão realizadas em julho.

Para realizar as competições escolares mato-grossenses, a Secel-MT conta com a parceria da Secretaria de Estado de Educação (Seduc-MT) e do município-sede. As próximas etapas regionais serão sediadas nos municípios de Confresa, Várzea Grande, Pontes e Lacerda e Alto Garças.   

Fonte: GOV MT

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Débora Guerra defende saúde como eixo da sustentabilidade na Amazônia: “A formação médica precisa estar enraizada no território”

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Com a proximidade da COP 30, a Amazônia se torna, mais do que nunca, protagonista nos debates globais sobre clima, sustentabilidade e justiça social. Para Débora Guerra, CEO da Trivento Educação, instituição presente há mais de oito anos em Altamira (PA), esse cenário exige um novo olhar sobre a formação médica. “A saúde precisa ser compreendida como parte do ecossistema amazônico, e não apenas como um serviço”, afirma.

Débora destaca que a Trivento atua com um currículo médico voltado para as especificidades da região. “Trabalhamos com temas como doenças tropicais, saúde indígena, medicina de emergência e telemedicina. A ideia é que o estudante compreenda a realidade da Amazônia e atue dentro dela, criando vínculos com a população e enfrentando os desafios locais com conhecimento e sensibilidade cultural”, ressalta.

Para além da formação acadêmica, a proposta da Trivento busca consolidar programas de residência e estágios na própria região, incentivando os futuros médicos a permanecerem no território após a graduação. “A carência de profissionais especializados é um problema histórico em cidades como Altamira e em todo o Xingu. Formar médicos que compreendam as condições de vida locais é estratégico para transformar esse cenário”, enfatiza Guerra.

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Débora também defende o incentivo à interdisciplinaridade e ao trabalho em rede, fundamentais para o atendimento em áreas de difícil acesso. “O médico amazônico muitas vezes atua em contextos extremos, com poucos recursos e em articulação com equipes multiprofissionais. Por isso, nossa formação é integral, adaptada às realidades e aliada a políticas de valorização profissional”, explica.

Em diálogo com a COP 30, Débora propõe uma agenda que reconheça a saúde como parte essencial das dinâmicas socioambientais. “A saúde é determinante e consequência do meio ambiente. A degradação ambiental impacta diretamente a vida de indígenas, ribeirinhos e populações vulneráveis”, diz. A proposta da Trivento inclui investir em pesquisas interdisciplinares, com base científica robusta, e defender políticas públicas que integrem saúde, meio ambiente e desenvolvimento sustentável.

Entre as propostas, estão a ampliação do uso de energias renováveis, a telemedicina como ponte entre Altamira e grandes centros médicos, e modelos de atenção primária que respeitem o contexto cultural e territorial. “Não é apenas sobre levar atendimento, mas sobre como esse atendimento se dá, com respeito ao modo de vida local e menor impacto ambiental”, ressalta.

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Débora reforça que a Amazônia precisa ser ouvida nos fóruns multilaterais. “A perspectiva amazônica tem que ser reconhecida como central no debate global sobre saúde e clima. E isso só é possível com protagonismo das comunidades locais, que carregam saberes fundamentais para a construção de soluções sustentáveis”, pontua.

A formação médica contextualizada é um passo decisivo rumo a um futuro em que saúde, ambiente e justiça social caminhem juntos. “A Amazônia não é um obstáculo, é uma potência. E formar médicos que enxerguem isso é transformar o cuidado em instrumento de desenvolvimento”, finaliza.

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