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Escola cria projeto de mapeamento dos problemas socioambientais da Baixada Cuiabana

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Problemas socioambientais da Baixada Cuiabana, incluindo a identificação de riscos ambientais serão mapeados por 25 alunos do 7°, 8° e 9° ano do Ensino Fundamental da Escola Estadual Militar Dom Pedro II – Presidente Médici, em Cuiabá. Eles foram selecionados para participar do Projeto Emergência Climática e Ciência Cidadã, aprovado pela Fundação de Amparo à Pesquisa em Mato Grosso (Fapemat).

Segundo a professora e pesquisadora Débora Moreira, coordenadora do projeto, para isso, será criada uma rede de observação local com dados de temperatura e índice pluviométrico e produzido uma cartografia social mostrando os riscos de desastres.

O projeto pretende estimular os participantes a anotar os dados diários de temperatura e chuva. Para isso, vão utilizar o aplicativo “Dados à prova d’água”, desenvolvido para engajar comunidade e escola na geração e circulação de dados de desastres naturais.

As informações serão enviadas ao Centro de Monitoramento e Alerta de Desastres Naturais (Cemaden), que passará a ter acesso a mais informações sobre a variação climática na região de Cuiabá.

Para trabalhar a acessibilidade em caso de riscos de desastres, os alunos tiveram a contribuição da professora-doutora Giselly Gomes, do Instituto dos Cegos do Estado de Mato Grosso (ICEMAT).

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“A ideia é transformar o programa em um experimento científico com os jovens pesquisadores, que irão desenvolver estudos sobre a realidade social e ambiental”, ressalta Giselly Gomes.

A professora e pesquisadora Débora Moreira lembra que a escola, enquanto local privilegiado para o desenvolvimento crítico e integral do aluno, tem como desafios promover a educação científica, o desenvolvimento do pensamento investigador e o gosto pela ciência.

“Para isso, conta com a ciência cidadã cujo foco é tanto o desenvolvimento científico como o protagonismo juvenil. E, somado à consciência cidadã, nasceu o projeto”, comemora.

No entendimento da professora, o projeto tem o potencial de desenvolver o pensamento crítico por meio da produção científica. Por estar sustentado nos pilares da ciência cidadã, permite aos estudantes se perceberem enquanto cientistas cidadãos, produzindo dados e contribuindo para estudo da realidade local. 

O Projeto Emergência Climática e Ciência Cidadã foi iniciado em agosto deste ano e se estende até fevereiro de 2023. O projeto terá ajuda financeira R$ 18 mil da Fapemat. “Muito mais que um financiamento, teremos a visibilidade do projeto”, ressalta Débora.

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Além do Cemaden, são parceiros na pesquisa, o Grupo Pesquisador em Educação Ambiental Comunicação e Artes (GPEA/UFMT) e a Ong Instituto Caracol.

Fonte: GOV MT

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Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso

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Cerca de 17,6 mil pessoas com deficiência (PCD) têm o próprio negócio em Mato Grosso, segundo pesquisa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT). O levantamento, realizado neste ano, mostra que esses empreendedores representam 3,6% do total de empresários mato-grossenses, com predominância de pessoas com limitações motora (36,7%), visual (34%) e auditiva (29,3%).

O estudo aponta que os empreendedores PCD apresentam elevado nível de escolaridade: 46,9% concluíram o ensino médio e 38,1% têm ensino superior ­- índice superior à média estadual. A faixa etária predominante está entre 35 e 44 anos (39,5%), seguida por 45 a 54 (22,4%). O grupo é formado majoritariamente por homens (57%). No recorte racial, há equilíbrio entre pardos (36,7%) e brancos (34%), seguidos por pretos (19%).

A maioria é casada (57,1%) e tem filhos (91,2%), o que reforça a importância da renda do próprio negócio para a estrutura familiar.

No campo econômico, os empresários com algum tipo de limitação atuam em diversos setores. O comércio concentra 31,3% dos negócios, seguido por serviços (25,2%), indústria (21,8%) e tecnologia (14,3%). Moda (17,7%), cosméticos (15%) e alimentação (14,3%) estão entre os principais segmentos.

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A formalização é alta: 85,7% possuem CNPJ, sendo a maioria registrada como microempresa (48,4%) ou empresa de pequeno porte (32,5%). Além disso, 70% atuam há mais de três anos e quase metade emprega de dois a cinco colaboradores, o que demonstra maturidade e estrutura consolidada.

Dificuldades

As motivações que levam pessoas com deficiência a empreender mesclam necessidade e realização pessoal. Para 40,8%, a decisão está ligada à necessidade financeira, enquanto 34% enxergam oportunidades de mercado e 32% buscam autonomia. A frustração com o mercado de trabalho tradicional (23,1%) e o desejo de realizar um sonho (15%) também aparecem com destaque.

As mulheres tendem a empreender mais por necessidade (54%), enquanto os homens se movem principalmente pela percepção de oportunidade (48,8%).

Na jornada empreendedora, os desafios enfrentados são múltiplas e revelam tanto desafios estruturais quanto específicos. Burocracia (44%), concorrência acirrada (39%) e falta de capital inicial (33%) estão entre as principais dificuldades. Além disso, 21% relataram barreiras diretamente ligadas à deficiência, como acessibilidade e preconceito, e 22% mencionaram dificuldades para equilibrar a vida pessoal e profissional.

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Entre as mulheres, questões de gênero e maternidade ganham relevância, enquanto os homens apontam custos e juros elevados como maiores obstáculos.

“O Sebrae apoia todos os empreendedores, porque acredita que o empreendedorismo é um caminho de inclusão e autonomia para todas as pessoas, independentemente de suas condições. Quando um empreendedor PCD empreende, ela inspira e transforma o seu entorno”, afirma Liliane Moreira, analista técnica do Sebrae/MT. “A inclusão produtiva das pessoas com deficiência é uma questão de equidade e também de fortalecimento da economia, pois amplia talentos, gera inovação e promove uma sociedade mais justa”.

Dados da pesquisa

O levantamento foi realizado entre 3 e 31 de janeiro de 2025, por meio de entrevistas telefônicas, com 147 empreendedores (formais e informais) que possuam alguma deficiência no estado de Mato Grosso. O estudo apresenta uma taxa de confiança de 95% e margem de erro de 4%.

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