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Escola de Saúde Pública forma 19 médicos em curso de especialização em hansenologia

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A Escola de Saúde Pública, da Secretaria de Estado de Saúde de Mato Grosso (SES-MT), encerrou, nesta segunda-feira (18.09), o curso de especialização em hansenologia, com a formatura de 19 médicos. A cerimônia ocorreu durante o 17º Congresso Brasileiro de Hansenologia, realizado no Hotel Deville, em Cuiabá, e que contou com apoio técnico e financeiro da SES-MT.

O curso iniciou em 2022 e foi concluído na noite desta segunda-feira. Os médicos participantes da especialização atuam no Sistema Único de Saúde (SUS) de Mato Grosso e, a partir do curso, contribuirão para o diagnóstico e tratamento precoce da doença no estado.

“Mato Grosso enfrenta a hanseníase por meio da política de detecção, que permite o combate à doença via tratamento. A gestão também tem investido na qualificação dos profissionais do SUS com o objetivo de melhorar os serviços ofertados. A partir de atendimentos qualificados, a população tem acesso rápido ao diagnóstico e tratamento eficiente, contribuindo, assim, para a melhoria do cenário hiperendêmico”, destaca o secretário de Estado de Saúde, Gilberto Figueiredo.

Atualmente, o Brasil é o segundo país com mais casos de hanseníase no mundo e Mato Grosso se destaca por atuar fortemente na política de detecção da doença. De acordo com o último levantamento realizado pela SES, o Estado registrou 2.421 casos de hanseníase em 2022 e 2.763 casos entre janeiro e agosto de 2023.

Conforme a diretora da Escola de Saúde, Silvia Tomaz, o país enfrenta a subnotificação de casos por hanseníase ser uma doença muitas das vezes negligenciada, mas Mato Grosso está na contramão dessa realidade.

“Nenhum estado brasileiro detecta como Mato Grosso. Estamos atuando fortemente na temática para evitar as incapacidades físicas, que acontecem quando o diagnóstico é tardio e a enfermidade já se agravou. Para isso, é imprescindível um médico qualificado que entenda os sintomas e saiba triar adequadamente o paciente”, pontua Silvia.

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Para a coordenadora de Atenção às Condições de Saúde da SES, Ana Carolina Landgraf, a especialização após o período pandêmico contribuiu substancialmente para as detecções.

“Durante os dois primeiros anos da pandemia, tivemos uma redução significativa de novos casos porque foi necessário priorizar os atendimentos da Covid-19. Com a especialização, conseguimos retomar a busca ativa e fazer o diagnóstico adequadamente”, explica Landgraf.

A médica Carla Luciana Preza é especialista em medicina de família e comunidade. Ela atua em um posto do Programa Saúde da Família (PSF) em Cuiabá e conta que sempre atendeu pacientes com hanseníase e decidiu se especializar na área para ofertar um serviço de qualidade a seus pacientes.

“Entrei neste curso uma pessoa e estou saindo outra. Tudo que aprendi já inseri na minha rotina de trabalho. Eu busquei este conhecimento para tratar os meus pacientes com o melhor atendimento possível”, diz a médica.

O médico Renato Gonçalves Vacari atuou durante quatro anos no Ambulatório de Atenção Especializada Regionalizado (AAER) de Tangará da Serra. Ele atende pacientes com hanseníase desde 2003, quando se formou em medicina. Para ele, a especialização é fundamental na sua carreira e, principalmente, para os usuários do SUS.

“Hoje a gente já consegue fazer o diagnóstico da hanseníase em um momento em que ainda não tem transmissão ativa, porque precisamos quebrar a cadeia de transmissão e iniciar imediatamente o bloqueio com medicamentos. Por isso é imprescindível a identificação da doença ainda na sua fase inicial e essa especialização coincide com o fortalecimento deste trabalho no Estado”, observa o médico.

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Especialização

A Secretaria de Saúde irá especializar nos próximos meses mais 19 médicos em hansenologia. Ainda, seguem em andamento no órgão estadual as especializações em Saúde Mental e Atenção Psicossocial; Plantas Medicinais e Fitoterapia; Avaliação de Tecnologias em Saúde, além de Enfermagem Obstétrica, cuja Inscrição está aberta e encerra no dia 25 de setembro.

“Capacitamos mais alunos nesta gestão do que já capacitamos em 20 anos de Escola. São aproximadamente 400 profissionais qualificados em diversas áreas da saúde”, finaliza Silvia.

Participaram da formatura o coordenador da Atenção às Doenças Transmissíveis na Atenção Primária do Ministério da Saúde, Claudio Guedes Salgado; o presidente da Sociedade Brasileira de Hansenologia, Marco Andrey Cipriani; a secretária de Saúde do Município de Lucas do Rio Verde, Fernanda Heldt Ventura; a diretora do Centro Estadual de Referência de Média e Alta Complexidades de Mato Grosso (Cermac), Jocineide Rita dos Santos; a coordenadora da especialização na Escola de Saúde, Ariane Hidalgo Mansano; o represente das 16 Comissões de Integração de Ensino e Serviço da Escola de Saúde, Jucinei Cláudio Curvo; o professor do curso, Francisco Bezerra de Almeida, além de outros professores, servidores da SES-MT e familiares dos alunos.

Congresso

O 17º Congresso Brasileiro de Hansenologia iniciou no domingo (17.09) e segue até sábado (23.09), no Hotel Deville, localizado na Avenida Isaac Póvoas, Nº 1000, em Cuiabá-MT. O evento conta com o apoio da SES e de outras instituições. O tema desta edição é ‘Avanços e desafios após 150 anos do descobrimento do bacilo de Hansen”.

Veja a programação completa neste link.

Fonte: Governo MT – MT

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Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso

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Cerca de 17,6 mil pessoas com deficiência (PCD) têm o próprio negócio em Mato Grosso, segundo pesquisa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT). O levantamento, realizado neste ano, mostra que esses empreendedores representam 3,6% do total de empresários mato-grossenses, com predominância de pessoas com limitações motora (36,7%), visual (34%) e auditiva (29,3%).

O estudo aponta que os empreendedores PCD apresentam elevado nível de escolaridade: 46,9% concluíram o ensino médio e 38,1% têm ensino superior ­- índice superior à média estadual. A faixa etária predominante está entre 35 e 44 anos (39,5%), seguida por 45 a 54 (22,4%). O grupo é formado majoritariamente por homens (57%). No recorte racial, há equilíbrio entre pardos (36,7%) e brancos (34%), seguidos por pretos (19%).

A maioria é casada (57,1%) e tem filhos (91,2%), o que reforça a importância da renda do próprio negócio para a estrutura familiar.

No campo econômico, os empresários com algum tipo de limitação atuam em diversos setores. O comércio concentra 31,3% dos negócios, seguido por serviços (25,2%), indústria (21,8%) e tecnologia (14,3%). Moda (17,7%), cosméticos (15%) e alimentação (14,3%) estão entre os principais segmentos.

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A formalização é alta: 85,7% possuem CNPJ, sendo a maioria registrada como microempresa (48,4%) ou empresa de pequeno porte (32,5%). Além disso, 70% atuam há mais de três anos e quase metade emprega de dois a cinco colaboradores, o que demonstra maturidade e estrutura consolidada.

Dificuldades

As motivações que levam pessoas com deficiência a empreender mesclam necessidade e realização pessoal. Para 40,8%, a decisão está ligada à necessidade financeira, enquanto 34% enxergam oportunidades de mercado e 32% buscam autonomia. A frustração com o mercado de trabalho tradicional (23,1%) e o desejo de realizar um sonho (15%) também aparecem com destaque.

As mulheres tendem a empreender mais por necessidade (54%), enquanto os homens se movem principalmente pela percepção de oportunidade (48,8%).

Na jornada empreendedora, os desafios enfrentados são múltiplas e revelam tanto desafios estruturais quanto específicos. Burocracia (44%), concorrência acirrada (39%) e falta de capital inicial (33%) estão entre as principais dificuldades. Além disso, 21% relataram barreiras diretamente ligadas à deficiência, como acessibilidade e preconceito, e 22% mencionaram dificuldades para equilibrar a vida pessoal e profissional.

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Entre as mulheres, questões de gênero e maternidade ganham relevância, enquanto os homens apontam custos e juros elevados como maiores obstáculos.

“O Sebrae apoia todos os empreendedores, porque acredita que o empreendedorismo é um caminho de inclusão e autonomia para todas as pessoas, independentemente de suas condições. Quando um empreendedor PCD empreende, ela inspira e transforma o seu entorno”, afirma Liliane Moreira, analista técnica do Sebrae/MT. “A inclusão produtiva das pessoas com deficiência é uma questão de equidade e também de fortalecimento da economia, pois amplia talentos, gera inovação e promove uma sociedade mais justa”.

Dados da pesquisa

O levantamento foi realizado entre 3 e 31 de janeiro de 2025, por meio de entrevistas telefônicas, com 147 empreendedores (formais e informais) que possuam alguma deficiência no estado de Mato Grosso. O estudo apresenta uma taxa de confiança de 95% e margem de erro de 4%.

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