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Escolas e Comunidades indígenas de Sapezal são beneficiadas pela bebida de soja do Agrosolidário

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Parceria de solidariedade da Aprosoja MT tem quase 10 anos e beneficia semanalmente 300 indígenas, de crianças a idosos.
As Escolas e as Comunidades Indígenas Sapezal recebem a bebida de soja do Programa Agrosolidário, realizado pela Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja MT), há quase 10 anos. O suplemento é direcionado aos povos originais, atendendo mensalmente cerca de 300 pessoas.

A diretora das escolas Indígenas de Sapezal, Maria Margarete Noronha, explicou que eles realizam diversas atividades sociais, como festas culturais, e por isso, a distribuição da bebida é ainda mais importante, já que nessas comemorações eles recebem outros povos originários dos municípios de Campo Novo do Parecis, Campos de Júlio e Comodoro, que também ganham o suplemento. Todos elogiam e sempre ficam esperando a bebida.
Essa distribuição é importante porque tinham muitas crianças com índice grande de desnutrição. Por isso, a gente distribui a bebida para os outros povos que vem para as celebrações, porque o suplemento de soja ajudar naquela alimentação daquelas crianças de outras aldeias, trazendo diversos benefícios que nos deixam aliviados”, comentou ela.

A professora da escola indígena Wakalitesu, do território Tirecatinga, do povo Nambikwara, Cleide Adriana Terena, que tem quatro filhos indígenas atendidos, confirma isso também e ainda destaca a necessidade de eles terem esse auxílio importante do Agrosolidário, realizado por uma instituição tão importante como a Aprosoja MT.

“A partir desse alimento que vem sendo incorporado na nossa alimentação, hoje a gente pode dizer que não tem desnutrição no nosso território. Além dele ser um produto muito bom, ele é bem saboroso. A gente faz todo o consumo dele e isso é muito bom para a nossa saúde e saúde das crianças e das pessoas idosas do nosso território”, detalhou.
Noronha ressaltou isso, mostrando a efetividade da bebida de soja para as aldeias beneficiadas pelo suplemento. Ela ainda contou que muitos idosos estavam em uma situação crítica de desnutrição, por causa do pouco cuidado com alimentação, mas com a chega do benefício, eles notaram o ganho de peso em vários atendidos, deixando-os muito entusiasmados.

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“Vimos que eles não estavam mais assim tão fracos e debilitados. Eles melhoraram muito, como as crianças e as mães grávidas também. Por isso que eles pediram para nunca tirarmos o programa das instituições beneficiadas. Ele sustenta e para as comunidades indígenas que às vezes fica o dia inteiro na mata ou no rio pescando, e às vezes sem voltar para comer, levar as garrafinhas com o suplemento alimenta super bem eles”, detalhou a diretora.

A bebida de soja tem sido usada para fazer alguns alimentos, como vitamina com frutas, bolos, pão caseiro entre outras formas que ainda estão sendo descobertas por eles. Por terem vários sabores, a adesão foi bem aceita por eles.
Eles adoram. Principalmente o de chocolate e o de uva, que tem um sabor gostoso. Já os idosos, a preferência deles é de laranja e banana. Eles falam que é gostoso, que é igualzinho a fruta. E eles têm uma aceitação, tomam de manhã café. Se eles pudessem, eles tomariam todo dia”, mencionou ela.

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Maria Margarete agradeceu a parceria com a Aprosoja MT e disse que o benefício da bebida tem ajudado todos das aldeias atendidas pelo programa e espera que os bons resultados pelo suplemento continuem trazendo ainda mais benefícios aos povos originários.

“Só de não termos nenhum índice de desnutrição mostra o resultado positivo da parceria. Esse programa contribui muito, mas muito mesmo para as comunidades e escolas indígenas do município de Sapezal. O município só tem que agradecer e nos orgulharmos da placa do Agrosolidário que fica na secretaria de educação da cidade, onde fica o departamento das escolas indígenas”, finalizou Noronha.
Atualmente, além das crianças, eles também atendam jovens, adultos e idosos, que usam a bebida de soja semanalmente. As equipes que atendem as instituições têm um trabalho importante de conscientização alimentar, trabalhando educação e saúde, onde entra o suplemento como nutrição necessária para ajudar no ganho de peso e com os benefícios nutricionais.

Especial Agrosolidário 15 Anos
Neste mês, em comemoração aos 15 anos do Agrosolidário, a Aprosoja MT celebra a continuidade de um projeto que tem sido fundamental para muitas instituições de Mato Grosso. Ao longo deste especial, vamos contar as histórias de transformação de diversas comunidades, mostrando como a solidariedade e o apoio mútuo têm impactado vidas, oferecendo dignidade, nutrição e, acima de tudo, esperança para aqueles que mais precisam.

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Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso

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Cerca de 17,6 mil pessoas com deficiência (PCD) têm o próprio negócio em Mato Grosso, segundo pesquisa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT). O levantamento, realizado neste ano, mostra que esses empreendedores representam 3,6% do total de empresários mato-grossenses, com predominância de pessoas com limitações motora (36,7%), visual (34%) e auditiva (29,3%).

O estudo aponta que os empreendedores PCD apresentam elevado nível de escolaridade: 46,9% concluíram o ensino médio e 38,1% têm ensino superior ­- índice superior à média estadual. A faixa etária predominante está entre 35 e 44 anos (39,5%), seguida por 45 a 54 (22,4%). O grupo é formado majoritariamente por homens (57%). No recorte racial, há equilíbrio entre pardos (36,7%) e brancos (34%), seguidos por pretos (19%).

A maioria é casada (57,1%) e tem filhos (91,2%), o que reforça a importância da renda do próprio negócio para a estrutura familiar.

No campo econômico, os empresários com algum tipo de limitação atuam em diversos setores. O comércio concentra 31,3% dos negócios, seguido por serviços (25,2%), indústria (21,8%) e tecnologia (14,3%). Moda (17,7%), cosméticos (15%) e alimentação (14,3%) estão entre os principais segmentos.

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A formalização é alta: 85,7% possuem CNPJ, sendo a maioria registrada como microempresa (48,4%) ou empresa de pequeno porte (32,5%). Além disso, 70% atuam há mais de três anos e quase metade emprega de dois a cinco colaboradores, o que demonstra maturidade e estrutura consolidada.

Dificuldades

As motivações que levam pessoas com deficiência a empreender mesclam necessidade e realização pessoal. Para 40,8%, a decisão está ligada à necessidade financeira, enquanto 34% enxergam oportunidades de mercado e 32% buscam autonomia. A frustração com o mercado de trabalho tradicional (23,1%) e o desejo de realizar um sonho (15%) também aparecem com destaque.

As mulheres tendem a empreender mais por necessidade (54%), enquanto os homens se movem principalmente pela percepção de oportunidade (48,8%).

Na jornada empreendedora, os desafios enfrentados são múltiplas e revelam tanto desafios estruturais quanto específicos. Burocracia (44%), concorrência acirrada (39%) e falta de capital inicial (33%) estão entre as principais dificuldades. Além disso, 21% relataram barreiras diretamente ligadas à deficiência, como acessibilidade e preconceito, e 22% mencionaram dificuldades para equilibrar a vida pessoal e profissional.

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Entre as mulheres, questões de gênero e maternidade ganham relevância, enquanto os homens apontam custos e juros elevados como maiores obstáculos.

“O Sebrae apoia todos os empreendedores, porque acredita que o empreendedorismo é um caminho de inclusão e autonomia para todas as pessoas, independentemente de suas condições. Quando um empreendedor PCD empreende, ela inspira e transforma o seu entorno”, afirma Liliane Moreira, analista técnica do Sebrae/MT. “A inclusão produtiva das pessoas com deficiência é uma questão de equidade e também de fortalecimento da economia, pois amplia talentos, gera inovação e promove uma sociedade mais justa”.

Dados da pesquisa

O levantamento foi realizado entre 3 e 31 de janeiro de 2025, por meio de entrevistas telefônicas, com 147 empreendedores (formais e informais) que possuam alguma deficiência no estado de Mato Grosso. O estudo apresenta uma taxa de confiança de 95% e margem de erro de 4%.

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