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Escolas estaduais de MT já trabalham educação financeira há dois anos; SP implanta no próximo ano

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O Governo de Mato Grosso já investiu R$ 11,4 milhões na implantação da educação financeira nas escolas estaduais, com conteúdo complementar associado à disciplina de matemática. O trabalho começou em 2020 com a capacitação de professores, seguindo o que determina a Base Nacional Comum Curricular (BNCC). A Secretaria de Estado de Educação (Seduc-MT) encerrou um período de projetos pilotos em algumas escolas e estabeleceu, a partir deste semestre, o conteúdo como política educacional para toda a rede estadual de educação.

Com o ensino de educação financeira nas escolas estaduais, Mato Grosso está à frente dos outros estados, inclusive de São Paulo, que anunciou investimentos em educação financeira na rede estadual a partir de 2024.

“Estamos na vanguarda com essa abordagem, fortalecendo a cidadania e oferecendo de forma prática e lúdica esta orientação. Isso desperta o interesse em crianças e jovens no gerenciamento de recursos financeiros por toda a vida. Aqui estamos bem adiantados e, no ano que vem, a nossa pretensão já é ampliar o projeto para as séries iniciais do ensino fundamental, do 1º ao 5º ano, além do ensino médio”, destaca o secretário estadual de Educação, Alan Porto.

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A educação financeira nas escolas já garantiu até prêmio para a professora de matemática, Márcia Rosangela Nascimento, da Escola Estadual São Francisco, localizada em Jaciara. Em novembro de 2022, ela foi uma das ganhadoras do 1º Prêmio BEI de Educação Financeira para Escolas Públicas, concedido para identificar, valorizar e reconhecer educadores que implementam essa temática em sala de aula de forma qualificada.

Márcia desenvolveu um projeto no qual seus estudantes fizeram um planejamento de uma viagem considerada dos sonhos. Após definir para onde queriam ir, eles fizeram pesquisas e orçamentos utilizando recursos matemáticos, para tornar o plano possível. E, em outra atividade, apoiaram a criação de uma cantina escolar e abordaram diferentes etapas do negócio: compra dos ingredientes, preparo, venda e fechamento do caixa. Ao todo, 120 alunos participaram do projeto, em quatro turmas.

Um conteúdo atualizado começará a ser aplicado nas turmas do 6º ao 9º ano do ensino fundamental e, em 2024, a meta é ampliar o projeto para as demais séries do ensino fundamental, além do ensino médio.

“O futuro de crianças e jovens passa pela educação e, no processo de ensino e de aprendizagem, conteúdos diferenciados como educação financeira são essenciais para que eles tenham uma vida adulta plena para conquistar mais qualidade de vida e bem-estar”, pontuou o secretário de Educação.

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Na rede estadual, o ensino de educação financeira faz parte dos Projetos Complementares para a Recomposição da Aprendizagem, dentro da Política Pública dos Projetos Integrados. A ação está sendo reforçada com mais uma trilha formativa para todos os professores de matemática, de 10 de agosto a 20 de novembro, por meio de uma parceria com o Instituto BEI.

O objetivo é oferecer ferramentas aos educadores para apoiá-los em sala de aula, principalmente na aplicação de metodologias ativas de aprendizagem.

Alan Porto também anunciou que no dia 15 deste mês a Seduc fará a segunda live do ano com gestores escolares, coordenadores pedagógicos e todos os professores de matemática da rede.

“Vamos apresentar algumas novidades e o material didático impresso, que deverá ser distribuído ainda neste mês de agosto a professores e estudantes”, concluiu.

Fonte: Governo MT – MT

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Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso

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Cerca de 17,6 mil pessoas com deficiência (PCD) têm o próprio negócio em Mato Grosso, segundo pesquisa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT). O levantamento, realizado neste ano, mostra que esses empreendedores representam 3,6% do total de empresários mato-grossenses, com predominância de pessoas com limitações motora (36,7%), visual (34%) e auditiva (29,3%).

O estudo aponta que os empreendedores PCD apresentam elevado nível de escolaridade: 46,9% concluíram o ensino médio e 38,1% têm ensino superior ­- índice superior à média estadual. A faixa etária predominante está entre 35 e 44 anos (39,5%), seguida por 45 a 54 (22,4%). O grupo é formado majoritariamente por homens (57%). No recorte racial, há equilíbrio entre pardos (36,7%) e brancos (34%), seguidos por pretos (19%).

A maioria é casada (57,1%) e tem filhos (91,2%), o que reforça a importância da renda do próprio negócio para a estrutura familiar.

No campo econômico, os empresários com algum tipo de limitação atuam em diversos setores. O comércio concentra 31,3% dos negócios, seguido por serviços (25,2%), indústria (21,8%) e tecnologia (14,3%). Moda (17,7%), cosméticos (15%) e alimentação (14,3%) estão entre os principais segmentos.

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A formalização é alta: 85,7% possuem CNPJ, sendo a maioria registrada como microempresa (48,4%) ou empresa de pequeno porte (32,5%). Além disso, 70% atuam há mais de três anos e quase metade emprega de dois a cinco colaboradores, o que demonstra maturidade e estrutura consolidada.

Dificuldades

As motivações que levam pessoas com deficiência a empreender mesclam necessidade e realização pessoal. Para 40,8%, a decisão está ligada à necessidade financeira, enquanto 34% enxergam oportunidades de mercado e 32% buscam autonomia. A frustração com o mercado de trabalho tradicional (23,1%) e o desejo de realizar um sonho (15%) também aparecem com destaque.

As mulheres tendem a empreender mais por necessidade (54%), enquanto os homens se movem principalmente pela percepção de oportunidade (48,8%).

Na jornada empreendedora, os desafios enfrentados são múltiplas e revelam tanto desafios estruturais quanto específicos. Burocracia (44%), concorrência acirrada (39%) e falta de capital inicial (33%) estão entre as principais dificuldades. Além disso, 21% relataram barreiras diretamente ligadas à deficiência, como acessibilidade e preconceito, e 22% mencionaram dificuldades para equilibrar a vida pessoal e profissional.

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Entre as mulheres, questões de gênero e maternidade ganham relevância, enquanto os homens apontam custos e juros elevados como maiores obstáculos.

“O Sebrae apoia todos os empreendedores, porque acredita que o empreendedorismo é um caminho de inclusão e autonomia para todas as pessoas, independentemente de suas condições. Quando um empreendedor PCD empreende, ela inspira e transforma o seu entorno”, afirma Liliane Moreira, analista técnica do Sebrae/MT. “A inclusão produtiva das pessoas com deficiência é uma questão de equidade e também de fortalecimento da economia, pois amplia talentos, gera inovação e promove uma sociedade mais justa”.

Dados da pesquisa

O levantamento foi realizado entre 3 e 31 de janeiro de 2025, por meio de entrevistas telefônicas, com 147 empreendedores (formais e informais) que possuam alguma deficiência no estado de Mato Grosso. O estudo apresenta uma taxa de confiança de 95% e margem de erro de 4%.

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