ECONOMIA VERDE
Estados debatem importância de boas práticas para consolidação da produção sustentável na Amazônia Legal
MATO GROSSO
“Quero parabenizar o governador Mauro Mendes, porque Mato Grosso é uma referência com o programa MT Produtivo. Sem dúvida esse encontro vai trazer benefícios para a produção sustentável de alimentos no bioma amazônico e de toda a Amazônia Legal. Temos nove estados aqui e precisamos unir forças com experiências positivas”, destacou o secretário de Produção Rural do Amazonas, Petrucio Magalhães Júnior.
Representando Mato Grosso, a secretária de Estado de Agricultura Familiar, Teté Bezerra, ressaltou que o encontro foi um momento importante para avançar em políticas públicas que possam ajudar a agricultura e a economia verde.
“Todos os estados trouxeram ações que podem ser compartilhadas e temos muito claro a importância de estarmos unidos pelo desenvolvimento da agricultura sustentável e para cumprir o calendário da COP que acontecerá daqui a dois anos”, ponderou.
A reunião dos secretários de Agricultura integra a programação do 25° Fórum de Governadores da Amazônia Legal, que ocorre de 14 a 16 de junho, na capital mato-grossense. Na pauta, representantes dos estados do Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins, que compõem o consórcio da Amazônia Legal, discutiram sobre arranjos produtivos agroflorestais, cadeias de bioeconomia, exemplos de ações que podem ser replicadas e demandas em comum.
O secretário de Agricultura, Desenvolvimento e Inovação de Roraima, Márcio Grangeiro, ressaltou a importância de ter os Estados reunidos para discutir ações que possam consolidar a produção sustentável do agronegócio e da agricultura familiar. Segundo ele, o encontro foi um momento ímpar para verificar quais as demandas que os estados têm em comum e tratar diretrizes que solidificam as ações desenvolvidas.
“A Amazônia legal é um vasto território, e apesar da baixa densidade, é a menina dos olhos do mundo. Nós precisamos mostrar para o mundo que nós habitamos e produzimos na região de forma sustentável. Por isso que esse tema é de extrema importância, e nesse espaço conseguimos ampliar nosso leque de ações que precisam ser feitas em pontos que assegurem não só a produção, mas a comercialização, a segurança alimentar e a conservação dos meios produtivos e do meio ambiente”, afirmou.


MATO GROSSO
Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso

Cerca de 17,6 mil pessoas com deficiência (PCD) têm o próprio negócio em Mato Grosso, segundo pesquisa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT). O levantamento, realizado neste ano, mostra que esses empreendedores representam 3,6% do total de empresários mato-grossenses, com predominância de pessoas com limitações motora (36,7%), visual (34%) e auditiva (29,3%).
O estudo aponta que os empreendedores PCD apresentam elevado nível de escolaridade: 46,9% concluíram o ensino médio e 38,1% têm ensino superior - índice superior à média estadual. A faixa etária predominante está entre 35 e 44 anos (39,5%), seguida por 45 a 54 (22,4%). O grupo é formado majoritariamente por homens (57%). No recorte racial, há equilíbrio entre pardos (36,7%) e brancos (34%), seguidos por pretos (19%).
A maioria é casada (57,1%) e tem filhos (91,2%), o que reforça a importância da renda do próprio negócio para a estrutura familiar.
No campo econômico, os empresários com algum tipo de limitação atuam em diversos setores. O comércio concentra 31,3% dos negócios, seguido por serviços (25,2%), indústria (21,8%) e tecnologia (14,3%). Moda (17,7%), cosméticos (15%) e alimentação (14,3%) estão entre os principais segmentos.
A formalização é alta: 85,7% possuem CNPJ, sendo a maioria registrada como microempresa (48,4%) ou empresa de pequeno porte (32,5%). Além disso, 70% atuam há mais de três anos e quase metade emprega de dois a cinco colaboradores, o que demonstra maturidade e estrutura consolidada.
Dificuldades
As motivações que levam pessoas com deficiência a empreender mesclam necessidade e realização pessoal. Para 40,8%, a decisão está ligada à necessidade financeira, enquanto 34% enxergam oportunidades de mercado e 32% buscam autonomia. A frustração com o mercado de trabalho tradicional (23,1%) e o desejo de realizar um sonho (15%) também aparecem com destaque.
As mulheres tendem a empreender mais por necessidade (54%), enquanto os homens se movem principalmente pela percepção de oportunidade (48,8%).
Na jornada empreendedora, os desafios enfrentados são múltiplas e revelam tanto desafios estruturais quanto específicos. Burocracia (44%), concorrência acirrada (39%) e falta de capital inicial (33%) estão entre as principais dificuldades. Além disso, 21% relataram barreiras diretamente ligadas à deficiência, como acessibilidade e preconceito, e 22% mencionaram dificuldades para equilibrar a vida pessoal e profissional.
Entre as mulheres, questões de gênero e maternidade ganham relevância, enquanto os homens apontam custos e juros elevados como maiores obstáculos.
“O Sebrae apoia todos os empreendedores, porque acredita que o empreendedorismo é um caminho de inclusão e autonomia para todas as pessoas, independentemente de suas condições. Quando um empreendedor PCD empreende, ela inspira e transforma o seu entorno”, afirma Liliane Moreira, analista técnica do Sebrae/MT. “A inclusão produtiva das pessoas com deficiência é uma questão de equidade e também de fortalecimento da economia, pois amplia talentos, gera inovação e promove uma sociedade mais justa”.
Dados da pesquisa
O levantamento foi realizado entre 3 e 31 de janeiro de 2025, por meio de entrevistas telefônicas, com 147 empreendedores (formais e informais) que possuam alguma deficiência no estado de Mato Grosso. O estudo apresenta uma taxa de confiança de 95% e margem de erro de 4%.
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