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Estímulo à indústria e exploração de jazidas de fosfato podem reduzir dependência de MT por fertilizantes estrangeiros

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O Governo de Mato Grosso apresentou nesta quarta-feira (21.06), por meio da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sedec), o Plano Estadual de Fertilizantes, que busca o fim da dependência da importação de fertilizantes para a produção agrícola do Estado.

Entre as ações propostas estão estímulos para implantação de uma indústria local de fertilizantes, exploração de jazidas de fosfato, produção de fertilizantes nitrogenados e estímulo de estudos para outras fontes de potássio, minerais, calcários e bioinsumos no Estado.

As sugestões foram apresentadas durante o Seminário ABC+, que busca formas de produzir commodities e alimentos com sustentabilidade. O evento foi realizado no auditório da Famato, fruto de parceria da Sedec com a Central das Organizações do Estado de Mato Grosso (Cordemato).

A redução da dependência da importação de fertilizantes é um desafio nacional. O Governo Federal e todos os estados estão desenvolvendo formas de estimular a produção do país até 2050.

A superintendente de Agronegócios e Crédito da Sedec, Linacis Silva, destacou que Mato Grosso tem potencial para desenvolver a indústria de nitrogenados, especialmente a produção de ureia. Estudo da Empresa de Pesquisas Energéticas (EPE) apontou que a medida é possível em razão do gás natural proveniente da Bolívia, que chega a Cuiabá por ramais. Ele é um insumo essencial para a produção de ureia. Além disso, há a opção de incorporar uma planta de metanol para atender à cadeia de biocombustíveis.

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Ela apontou ainda que, como o terceiro maior estado do Brasil, Mato Grosso possui potencial para encontrar novas jazidas de fosfato ou potássio através de estudos geológicos.

“Destaca-se o projeto em Mirassol D’Oeste, com uma reserva de 314 milhões de toneladas de fosfato, possibilitando a implantação de uma fábrica de fertilizantes fosfatados usando tecnologia nacional. Além disso, outras reservas de fosfatos minerais e calcários encontrados no estado podem suprir a produção agropecuária local”, comentou.

Além disso, o Plano Estadual de Fertilizantes tem potencial para atrair investimentos para a instalação de indústrias de cadeias emergentes, como organominerais e bioinsumos no Estado, que contribuirão para ganhos à produção agropecuária, com redução dos custos de aquisição e logística.

Ainda, avanços na pesquisa de fertilizantes possibilitam produtos de melhor qualidade e mais acessíveis, resultando em benefícios para a agricultura.

“O Estado tem compromissos para promover práticas sustentáveis na agricultura, como o Plano ABC+ MT. Um dos objetivos é a recuperação de pastagens degradadas e a redução de emissões de carbono podem ser alcançadas com o uso racional de fertilizantes. A Política Estadual de Fertilizantes e o apoio à pesquisa possibilitam o desenvolvimento de novas tecnologias para o controle e nutrição de plantas, reduzindo a dependência de defensivos químicos”, observou o secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, César Miranda.

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Outro ponto abordado no Plano Estadual de Fertilizantes é a criação de um Centro de Excelências ,com foco na sustentabilidade agroambiental e eficiência agronômica. A estrutura visa para apoiar e incentivar pesquisadores locais no desenvolvimento de novas tecnologias. O objetivo é atender ao mercado e aos produtores rurais, otimizando a produção e o uso eficiente de fertilizantes, além de realizar pesquisas para adaptar os fertilizantes às condições tropicais.

“Ao reduzir a dependência de importações, aproveitar os recursos locais e diminuir os custos de produção agrícola, o Estado poderá fortalecer sua economia e sociedade. Além disso, a melhoria da qualidade dos solos promoverá uma agricultura mais sustentável e produtiva. Com isso, Mato Grosso estará no caminho do desenvolvimento econômico e social sustentável”, finalizou a superintendente de Agronegócios e Crédito da Sedec.

Fonte: Governo MT – MT

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Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso

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Cerca de 17,6 mil pessoas com deficiência (PCD) têm o próprio negócio em Mato Grosso, segundo pesquisa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT). O levantamento, realizado neste ano, mostra que esses empreendedores representam 3,6% do total de empresários mato-grossenses, com predominância de pessoas com limitações motora (36,7%), visual (34%) e auditiva (29,3%).

O estudo aponta que os empreendedores PCD apresentam elevado nível de escolaridade: 46,9% concluíram o ensino médio e 38,1% têm ensino superior ­- índice superior à média estadual. A faixa etária predominante está entre 35 e 44 anos (39,5%), seguida por 45 a 54 (22,4%). O grupo é formado majoritariamente por homens (57%). No recorte racial, há equilíbrio entre pardos (36,7%) e brancos (34%), seguidos por pretos (19%).

A maioria é casada (57,1%) e tem filhos (91,2%), o que reforça a importância da renda do próprio negócio para a estrutura familiar.

No campo econômico, os empresários com algum tipo de limitação atuam em diversos setores. O comércio concentra 31,3% dos negócios, seguido por serviços (25,2%), indústria (21,8%) e tecnologia (14,3%). Moda (17,7%), cosméticos (15%) e alimentação (14,3%) estão entre os principais segmentos.

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A formalização é alta: 85,7% possuem CNPJ, sendo a maioria registrada como microempresa (48,4%) ou empresa de pequeno porte (32,5%). Além disso, 70% atuam há mais de três anos e quase metade emprega de dois a cinco colaboradores, o que demonstra maturidade e estrutura consolidada.

Dificuldades

As motivações que levam pessoas com deficiência a empreender mesclam necessidade e realização pessoal. Para 40,8%, a decisão está ligada à necessidade financeira, enquanto 34% enxergam oportunidades de mercado e 32% buscam autonomia. A frustração com o mercado de trabalho tradicional (23,1%) e o desejo de realizar um sonho (15%) também aparecem com destaque.

As mulheres tendem a empreender mais por necessidade (54%), enquanto os homens se movem principalmente pela percepção de oportunidade (48,8%).

Na jornada empreendedora, os desafios enfrentados são múltiplas e revelam tanto desafios estruturais quanto específicos. Burocracia (44%), concorrência acirrada (39%) e falta de capital inicial (33%) estão entre as principais dificuldades. Além disso, 21% relataram barreiras diretamente ligadas à deficiência, como acessibilidade e preconceito, e 22% mencionaram dificuldades para equilibrar a vida pessoal e profissional.

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Entre as mulheres, questões de gênero e maternidade ganham relevância, enquanto os homens apontam custos e juros elevados como maiores obstáculos.

“O Sebrae apoia todos os empreendedores, porque acredita que o empreendedorismo é um caminho de inclusão e autonomia para todas as pessoas, independentemente de suas condições. Quando um empreendedor PCD empreende, ela inspira e transforma o seu entorno”, afirma Liliane Moreira, analista técnica do Sebrae/MT. “A inclusão produtiva das pessoas com deficiência é uma questão de equidade e também de fortalecimento da economia, pois amplia talentos, gera inovação e promove uma sociedade mais justa”.

Dados da pesquisa

O levantamento foi realizado entre 3 e 31 de janeiro de 2025, por meio de entrevistas telefônicas, com 147 empreendedores (formais e informais) que possuam alguma deficiência no estado de Mato Grosso. O estudo apresenta uma taxa de confiança de 95% e margem de erro de 4%.

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