MATO GROSSO
Executivos chineses conhecem estrutura de Mato Grosso para investimento em indústria
MATO GROSSO
Chinesa destaca interesse em implantar subsidiária no Brasil e visita Nova Mutum e Rondonópolis
O secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, César Miranda, apresentou as potencialidades de Mato Grosso, nesta segunda-feira (04.03), a dois executivos da empresa chinesa Anhui Guangxin Agrochemical CO, que vieram prospectar a construção de uma indústria química no Estado.
Na reunião, a equipe técnica da Sedec e os executivos chineses discutiram incentivos fiscais, oferta de mão de obra e a infraestrutura necessária para o aporte de cerca de 100 milhões de dólares que a gigante chinesa pretende investir no país.
Conforme o gerente do departamento de vendas Juny Yang, a empresa chinesa iniciou as atividades em 1993 e atua no segmento de agroquímicos, como fungidas, herbicidas e inseticidas, desde a matéria-prima até a revenda. Em 2022 a empresa faturou, aproximadamente, 20 bilhões de yuans, cerca de 2,7 bilhões de dólares.
O gerente destacou que cerca de 70% dos produtos produzidos pela empresa são exportados, e que a América do Sul é um dos principais mercados da empresa. Ainda segundo ele, dentre os países com negociações está o Brasil, com quem a chinesa comercializou cerca de R$ 5 bilhões.
Juny Yang e o gerente geral Frank Chang apontaram que, para a construção da indústria em Mato Grosso, é necessário ter água, meios de transporte, energia e gás natural. Além disso, a empresa será sediada numa área de 200 hectares, sendo 80 hectares para armazenagem e outros 120 hectares para produção e área para organização.
O secretário César Miranda afirmou que Mato Grosso atende todas as necessidades da indústria chinesa. Ele explicou que o gasoduto em Mato Grosso vem da Bolívia até Cuiabá, com ramal para a Zona de Processamento de Exportação (ZPE) em Cáceres. Além disso, citou que o Estado é autossuficiente em energia elétrica, sendo exportador, que as indústrias locais utilizam biomassa para aquecer suas caldeiras, não mais carvão, e que o Estado tem muita água.
“Mato Grosso tem uma posição privilegiada na América do Sul. Instalados aqui eles terão logística para atender Mato Grosso do Sul, Goiás, Rondônia, Pará e Tocantins, que são estados da grande fronteira agrícola brasileira, e que são os clientes da indústria. Por ser o maior produtor agropecuário do país, Mato Grosso também será um dos principais clientes”, destacou o secretário.
O secretário adjunto de Agronegócios e Investimentos da Sedec, Anderson Lombardi, falou sobre a política de incentivos fiscais que têm descontos de ICMS em operações entre os estados brasileiros e para fora do país, com renúncia fiscal de até 90%, dependendo do enquadramento da indústria. Outro ponto importante é que há isenção total em tudo o que for produzido dentro da ZPE em Cáceres.
Questionado pelos empresários chineses sobre a mão de obra no Estado, considerando que na primeira fase da indústria serão empregadas de 50 a 100 pessoas, o secretário César Miranda ressaltou que o Governo tem adotado mecanismos para garantir a oferta de mão de obra qualificada.
“Esse é um dos desafios das indústrias atualmente e o Governo do Estado tem trabalhado conjuntamente com a Federação das Indústrias de Mato Grosso (Fiemt) para qualificar mão de obra e empregá-los. Mato Grosso é um dos estados que mais emprega no Brasil e tem a segunda menor taxa de desemprego”, afirmou.
Também participaram da reunião o superintendente de Programas de Incentivo, Adoniram Magalhães, o coordenador do Centro de Dados Econômicos de Mato Grosso, Vinicius Hideki e a coordenadora da Comércio Exterior, Julia Assis.
Após a agenda na Sedec, os executivos chineses também vão se reunir com os prefeitos de Nova Mutum e Rondonópolis, municípios que despertaram o interesse dos asiáticos para uma possível implantação da indústria.


MATO GROSSO
Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso

Cerca de 17,6 mil pessoas com deficiência (PCD) têm o próprio negócio em Mato Grosso, segundo pesquisa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT). O levantamento, realizado neste ano, mostra que esses empreendedores representam 3,6% do total de empresários mato-grossenses, com predominância de pessoas com limitações motora (36,7%), visual (34%) e auditiva (29,3%).
O estudo aponta que os empreendedores PCD apresentam elevado nível de escolaridade: 46,9% concluíram o ensino médio e 38,1% têm ensino superior - índice superior à média estadual. A faixa etária predominante está entre 35 e 44 anos (39,5%), seguida por 45 a 54 (22,4%). O grupo é formado majoritariamente por homens (57%). No recorte racial, há equilíbrio entre pardos (36,7%) e brancos (34%), seguidos por pretos (19%).
A maioria é casada (57,1%) e tem filhos (91,2%), o que reforça a importância da renda do próprio negócio para a estrutura familiar.
No campo econômico, os empresários com algum tipo de limitação atuam em diversos setores. O comércio concentra 31,3% dos negócios, seguido por serviços (25,2%), indústria (21,8%) e tecnologia (14,3%). Moda (17,7%), cosméticos (15%) e alimentação (14,3%) estão entre os principais segmentos.
A formalização é alta: 85,7% possuem CNPJ, sendo a maioria registrada como microempresa (48,4%) ou empresa de pequeno porte (32,5%). Além disso, 70% atuam há mais de três anos e quase metade emprega de dois a cinco colaboradores, o que demonstra maturidade e estrutura consolidada.
Dificuldades
As motivações que levam pessoas com deficiência a empreender mesclam necessidade e realização pessoal. Para 40,8%, a decisão está ligada à necessidade financeira, enquanto 34% enxergam oportunidades de mercado e 32% buscam autonomia. A frustração com o mercado de trabalho tradicional (23,1%) e o desejo de realizar um sonho (15%) também aparecem com destaque.
As mulheres tendem a empreender mais por necessidade (54%), enquanto os homens se movem principalmente pela percepção de oportunidade (48,8%).
Na jornada empreendedora, os desafios enfrentados são múltiplas e revelam tanto desafios estruturais quanto específicos. Burocracia (44%), concorrência acirrada (39%) e falta de capital inicial (33%) estão entre as principais dificuldades. Além disso, 21% relataram barreiras diretamente ligadas à deficiência, como acessibilidade e preconceito, e 22% mencionaram dificuldades para equilibrar a vida pessoal e profissional.
Entre as mulheres, questões de gênero e maternidade ganham relevância, enquanto os homens apontam custos e juros elevados como maiores obstáculos.
“O Sebrae apoia todos os empreendedores, porque acredita que o empreendedorismo é um caminho de inclusão e autonomia para todas as pessoas, independentemente de suas condições. Quando um empreendedor PCD empreende, ela inspira e transforma o seu entorno”, afirma Liliane Moreira, analista técnica do Sebrae/MT. “A inclusão produtiva das pessoas com deficiência é uma questão de equidade e também de fortalecimento da economia, pois amplia talentos, gera inovação e promove uma sociedade mais justa”.
Dados da pesquisa
O levantamento foi realizado entre 3 e 31 de janeiro de 2025, por meio de entrevistas telefônicas, com 147 empreendedores (formais e informais) que possuam alguma deficiência no estado de Mato Grosso. O estudo apresenta uma taxa de confiança de 95% e margem de erro de 4%.
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