MATO GROSSO
Expo Favela MT deve reunir mais de 20 mil pessoas nos dois dias de programação
MATO GROSSO
“A Expo Favela é uma feira que gera oportunidade de negócios aos empreendedores de comunidades periféricas. E nosso objetivo é que os participantes de Mato Grosso tenham esse ambiente para impulsionar seu trabalho, tenham encontros com investidores e possam sair do evento com novas perspectivas de vida”, destaca o secretário de Estado de Cultura, Esporte e Lazer (Secel), Jefferson Carvalho Neves.
A programação da sexta (07.07) será das 12h às 20h. No sábado (08.07), as atrações serão das 12h às 16h. Confira aqui tudo que vai acontecer no evento. https://mt.expofavela.com.br/programacao/
Em Mato Grosso, 600 empreendedores e startups se inscreveram para participar da exposição. Desses, foram selecionados 60 projetos nos segmentos de beleza, gastronomia, bares e restaurantes, música, moda, eventos, artes, esportes, tecnologia e outros. Nos dois dias de programação, eles terão oportunidade de apresentar suas ideias e negócios ao público. Ao final, dez empreendedores terão oportunidade de participar da edição nacional da Expo Favela, que ocorrerá no segundo semestre de 2023, em São Paulo.
Com mais de 20 anos trabalhando com alimentação, Luzia Rodrigues, 58 anos, é uma das empreendedoras selecionadas. Formada em gastronomia e estética, já trabalhou em pousadas, salão de beleza, restaurantes próprios e de outras empresas. Enfrentou sérios problemas de saúde, e precisou reduzir o ritmo por alguns anos. Nesse período de alguns anos, começou a fazer bombons, pães, bolos, tortas e biscoitos para vender aos vizinhos, em pontos de ônibus, em comércios, feiras, clínicas de saúde e onde mais conquistasse clientes.
Hoje, Luzia tem emprego fixo na área de limpeza, mas continua produzindo seus quitutes para vender de forma informal. “Eu me identifiquei com a área da panificação, faço e levo meus pães e biscoitos com muito amor, carinho e dedicação, de porta em porta, para aquelas pessoas que não tem uma padaria por perto”. Na Expo Favela, ela viu oportunidade de ter melhores perspectivas e expandir seu negócio. “Para mim é uma oportunidade que enxerguei para mostrar meus produtos, ganhar reconhecimento e crescer”.
A Secretaria de Estado de Cultura, Esporte e Lazer (Secel-MT) é uma das instituições realizadoras do evento e participa com estandes e palestrantes. Os secretários adjuntos de Cultura e de Esportes, Jan Moura e David Moura, além da superintendente de Desenvolvimento da Economia Criativa, Keiko Okamura, estarão nos painéis ‘Esporte além das competições: o esporte tem o poder de unir pessoas de diferentes origens, culturas e habilidades’ e ‘Fomento para empreendedores: estratégias e recursos para impulsionar o sucesso’, no sábado.
A Expo Favela Innovation Mato Grosso é uma realização da Favela Holding, Cufa-MT, Associação de Desenvolvimento Social das Favelas e Secel-MT e tem outras instituições parceiras do evento. A primeira edição nacional foi em 2022, com mais de 20.000 negócios inscritos e 500 expositores. Este ano, passou a ser realizado também nos Estados, e Mato Grosso é um deles.
Fonte: Governo MT – MT


MATO GROSSO
Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso

Cerca de 17,6 mil pessoas com deficiência (PCD) têm o próprio negócio em Mato Grosso, segundo pesquisa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT). O levantamento, realizado neste ano, mostra que esses empreendedores representam 3,6% do total de empresários mato-grossenses, com predominância de pessoas com limitações motora (36,7%), visual (34%) e auditiva (29,3%).
O estudo aponta que os empreendedores PCD apresentam elevado nível de escolaridade: 46,9% concluíram o ensino médio e 38,1% têm ensino superior - índice superior à média estadual. A faixa etária predominante está entre 35 e 44 anos (39,5%), seguida por 45 a 54 (22,4%). O grupo é formado majoritariamente por homens (57%). No recorte racial, há equilíbrio entre pardos (36,7%) e brancos (34%), seguidos por pretos (19%).
A maioria é casada (57,1%) e tem filhos (91,2%), o que reforça a importância da renda do próprio negócio para a estrutura familiar.
No campo econômico, os empresários com algum tipo de limitação atuam em diversos setores. O comércio concentra 31,3% dos negócios, seguido por serviços (25,2%), indústria (21,8%) e tecnologia (14,3%). Moda (17,7%), cosméticos (15%) e alimentação (14,3%) estão entre os principais segmentos.
A formalização é alta: 85,7% possuem CNPJ, sendo a maioria registrada como microempresa (48,4%) ou empresa de pequeno porte (32,5%). Além disso, 70% atuam há mais de três anos e quase metade emprega de dois a cinco colaboradores, o que demonstra maturidade e estrutura consolidada.
Dificuldades
As motivações que levam pessoas com deficiência a empreender mesclam necessidade e realização pessoal. Para 40,8%, a decisão está ligada à necessidade financeira, enquanto 34% enxergam oportunidades de mercado e 32% buscam autonomia. A frustração com o mercado de trabalho tradicional (23,1%) e o desejo de realizar um sonho (15%) também aparecem com destaque.
As mulheres tendem a empreender mais por necessidade (54%), enquanto os homens se movem principalmente pela percepção de oportunidade (48,8%).
Na jornada empreendedora, os desafios enfrentados são múltiplas e revelam tanto desafios estruturais quanto específicos. Burocracia (44%), concorrência acirrada (39%) e falta de capital inicial (33%) estão entre as principais dificuldades. Além disso, 21% relataram barreiras diretamente ligadas à deficiência, como acessibilidade e preconceito, e 22% mencionaram dificuldades para equilibrar a vida pessoal e profissional.
Entre as mulheres, questões de gênero e maternidade ganham relevância, enquanto os homens apontam custos e juros elevados como maiores obstáculos.
“O Sebrae apoia todos os empreendedores, porque acredita que o empreendedorismo é um caminho de inclusão e autonomia para todas as pessoas, independentemente de suas condições. Quando um empreendedor PCD empreende, ela inspira e transforma o seu entorno”, afirma Liliane Moreira, analista técnica do Sebrae/MT. “A inclusão produtiva das pessoas com deficiência é uma questão de equidade e também de fortalecimento da economia, pois amplia talentos, gera inovação e promove uma sociedade mais justa”.
Dados da pesquisa
O levantamento foi realizado entre 3 e 31 de janeiro de 2025, por meio de entrevistas telefônicas, com 147 empreendedores (formais e informais) que possuam alguma deficiência no estado de Mato Grosso. O estudo apresenta uma taxa de confiança de 95% e margem de erro de 4%.
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