MATO GROSSO
Foto histórica celebra avanços da participação feminina no campo literário de Mato Grosso
MATO GROSSO
O imponente prédio do Palácio da Instrução, localizado no centro de Cuiabá, foi o cenário da foto que celebra os avanços da participação feminina no campo literário de Mato Grosso. Inspirado em ‘Um grande dia no Harlem’, foto de 1958 que eternizou a era dourada do jazz, o registro reuniu um grupo de mulheres escritoras nesse domingo (12.06).
Aberto para todas as mulheres que tenham publicado algum livro no Brasil, o movimento surgiu em São Paulo e ocorreu em outras cidades do país, dentre as quais Belo Horizonte, Boa Vista, Brasília, Curitiba, Lisboa, Macapá, Porto Alegre e Salvador. Em Cuiabá, a mobilização foi organizada pelo Coletivo Literário Maria Taquara (Mulherio das Letras MT) e a editora Carlini e Caniato.
De acordo com a jornalista e escritora Larissa Campos, do Coletivo Literário Maria Taquara, o momento histórico é digno de registro pois revela que a participação feminina na literatura está em expansão.
“Essa mobilização é um marco na história da literatura brasileira porque mostra, para nós mesmas enquanto mulheres escritoras e para a sociedade, que as mulheres estão ocupando os espaços de discussão, difusão e prática literária. E isso acontece não só pela necessidade de representatividade, mas também percebemos que o público tem colaborado, lendo e reverenciando as obras de mulheres”, lembra Larissa.
O crescimento da participação feminina na literatura é corroborado nos dados da mais recente seleção pública de fomento ao setor em Mato Grosso. Realizada pela Secretaria de Cultura, Esporte e Lazer (Secel-MT), a edição 2022 do edital Estevão de Mendonça de Incentivo à Literatura teve 159 inscrições com identificação de gênero feminino, o que representa 54% do total de inscritos.
Para o secretário adjunto da Secretaria de Cultura, Esporte e Lazer (Secel-MT), Jan Moura, a produção literária feita por mulheres é intensa e são necessárias políticas culturais que possam garantir o equilíbrio do acesso às fontes de financiamento, às editoras e à distribuição.
“Vivemos num mundo de desigualdades, que não começaram hoje e ainda levará um tempo para serem superadas. Aqui na Secel-MT, temos trabalhado para assegurar políticas de equidade e valorização, com ações que não sejam apenas um discurso floreado de diversidade, mas que, de fato, possam mudar a lógica do acesso e fazer a necessária reparação histórica”, enfatiza Jan.
Dentre as medidas para diminuir as desigualdades na produção cultural, os editais da Secel-MT geralmente oferecem pontuação nos critérios de seleção aos projetos cujos proponentes expressam identidade de gênero feminino.
O Palácio da Instrução
Tombado como patrimônio histórico e cultural de Mato Grosso, o Palácio da Instrução foi inaugurado em 1914 para sediar instituições de ensino de referência da cidade: a Escola Normal Pedro Celestino e a Escola Modelo Barão de Melgaço, e mais tarde, o Liceu Cuiabano.
O prédio da Secretaria de Cultura, Esporte e Lazer (Secel-MT), que serviu de cenário para a foto histórica, está localizado no centro de Cuiabá e sedia atualmente a Biblioteca Pública Estadual Estevão de Mendonça.


MATO GROSSO
Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso

Cerca de 17,6 mil pessoas com deficiência (PCD) têm o próprio negócio em Mato Grosso, segundo pesquisa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT). O levantamento, realizado neste ano, mostra que esses empreendedores representam 3,6% do total de empresários mato-grossenses, com predominância de pessoas com limitações motora (36,7%), visual (34%) e auditiva (29,3%).
O estudo aponta que os empreendedores PCD apresentam elevado nível de escolaridade: 46,9% concluíram o ensino médio e 38,1% têm ensino superior - índice superior à média estadual. A faixa etária predominante está entre 35 e 44 anos (39,5%), seguida por 45 a 54 (22,4%). O grupo é formado majoritariamente por homens (57%). No recorte racial, há equilíbrio entre pardos (36,7%) e brancos (34%), seguidos por pretos (19%).
A maioria é casada (57,1%) e tem filhos (91,2%), o que reforça a importância da renda do próprio negócio para a estrutura familiar.
No campo econômico, os empresários com algum tipo de limitação atuam em diversos setores. O comércio concentra 31,3% dos negócios, seguido por serviços (25,2%), indústria (21,8%) e tecnologia (14,3%). Moda (17,7%), cosméticos (15%) e alimentação (14,3%) estão entre os principais segmentos.
A formalização é alta: 85,7% possuem CNPJ, sendo a maioria registrada como microempresa (48,4%) ou empresa de pequeno porte (32,5%). Além disso, 70% atuam há mais de três anos e quase metade emprega de dois a cinco colaboradores, o que demonstra maturidade e estrutura consolidada.
Dificuldades
As motivações que levam pessoas com deficiência a empreender mesclam necessidade e realização pessoal. Para 40,8%, a decisão está ligada à necessidade financeira, enquanto 34% enxergam oportunidades de mercado e 32% buscam autonomia. A frustração com o mercado de trabalho tradicional (23,1%) e o desejo de realizar um sonho (15%) também aparecem com destaque.
As mulheres tendem a empreender mais por necessidade (54%), enquanto os homens se movem principalmente pela percepção de oportunidade (48,8%).
Na jornada empreendedora, os desafios enfrentados são múltiplas e revelam tanto desafios estruturais quanto específicos. Burocracia (44%), concorrência acirrada (39%) e falta de capital inicial (33%) estão entre as principais dificuldades. Além disso, 21% relataram barreiras diretamente ligadas à deficiência, como acessibilidade e preconceito, e 22% mencionaram dificuldades para equilibrar a vida pessoal e profissional.
Entre as mulheres, questões de gênero e maternidade ganham relevância, enquanto os homens apontam custos e juros elevados como maiores obstáculos.
“O Sebrae apoia todos os empreendedores, porque acredita que o empreendedorismo é um caminho de inclusão e autonomia para todas as pessoas, independentemente de suas condições. Quando um empreendedor PCD empreende, ela inspira e transforma o seu entorno”, afirma Liliane Moreira, analista técnica do Sebrae/MT. “A inclusão produtiva das pessoas com deficiência é uma questão de equidade e também de fortalecimento da economia, pois amplia talentos, gera inovação e promove uma sociedade mais justa”.
Dados da pesquisa
O levantamento foi realizado entre 3 e 31 de janeiro de 2025, por meio de entrevistas telefônicas, com 147 empreendedores (formais e informais) que possuam alguma deficiência no estado de Mato Grosso. O estudo apresenta uma taxa de confiança de 95% e margem de erro de 4%.
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