MATO GROSSO
FPA-MT e Fórum Agro MT apresentam projeto de incentivo ao desenvolvimento da agricultura familiar irrigada
MATO GROSSO
Com objetivo de implantar polos produção irrigada de frutas, legumes e verduras em áreas com alto poder produtivo, além de fomentar o uso de sistema de irrigação com uso de energia fotovoltaica, a Frente Parlamentar da Agropecuária e o Fórum Agro MT, apresentaram na manhã desta terça-feira (20), o Projeto Agro Familiar 2025 Incentivo ao Desenvolvimento da Agricultura Familiar Irrigada. O encontro, que ocorreu na sede da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato), discutiu também a necessidade de revisão das bulas dos defensivos agrícolas.
O deputado estadual o deputado Hugo Garcia (Republicanos), que preside a Associação dos Produtores de Feijão, Pulses, Grãos Especiais e Irrigantes de Mato Grosso (APROFIR), ressaltou a importância da irrigação para o desenvolvimento da agricultura de hortaliça no nosso estado.
“Hoje em dia nós recebemos cerca de 70 caminhões por dia carregados de frutas, verduras e legumes de outros estados para serem comercializados aqui, isso é inadmissível para um estado como o nosso, conhecido mundialmente pelo seu potencial em produção. Esse projeto vem para fortalecer a nossa agricultura familiar, pois sabemos que existe mercado para nossa produção aqui mesmo, e com o auxílio da irrigação, esse potencial vai ser multiplicado”, pontuou.
O deputado estadual Ondanir Bortolini (Nininho) reforçou a necessidade de destravar pautas do setor produtivo e comparou a legislação estadual com a de outros municípios. “Temos exemplos de outros estados, como na Bahia, que a irrigação alavancou o setor produtivo, aqui encontramos muita dificuldade para qualquer projeto que queira melhorar a nossa produtividade, parece que só aqui que não pode, precisamos resolver esses problemas para desenvolver ainda mais nossa produção e nossa economia”, pontuou.
O projeto visa implantar polos pilotos de produção irrigada de frutas, legumes e verduras, em áreas com alto poder produtivo fomentar sistema de irrigação, para 01 hectare, com uso de energia fotovoltaica, reduzindo o custo de produção.
Sobre a necessidade de revisão das bulas dos defensivos agrícolas, a gerente de defesa agrícola da Associação dos Produtores de Soja de Mato Grosso (Aprosoja), Jerusca Rech apontou que levantamentos têm apontado a necessidade da revisão, visto a ineficiência de alguns produtos após serem utilizados por muitos anos no campo.
“Os técnicos têm acompanhado de perto este assunto e observando dentro das propriedades a ineficiência de alguns produtos no controle de determinadas pragas e doenças, principalmente, quando essas pragas e doenças, em determinados ciclos, sofrem uma pressão maior pelo ambiente. Neste ano, por exemplo, a gente observou a questão em cima do complexo de lagartas na cultura do milho e isso faz com que alguns produtos que são utilizados, que são de longa data, não tenham dado tanta eficiência nesse controle. Então, é necessário a revisão das bulas”, comentou.
Fethab da vaca
O diretor executivo do Fórum Agro MT, Xisto Bueno comemorou a aprovação em primeira votação na ALMT do PL 1154/2024, de autoria do deputado Dilmar Dal Bosco, que reduz em aproximadamente 30% do valor do Fethab a ser pago na venda das fêmeas das espécies bovinas e bubalinas. “É um pedido muito antigo da Acrimat, e que já foi discutido na Sefaz e com o Governo do Estado, neste momento a ALMT mostra sensibilidade e entende a necessidade de diferenciar a cobrança entre macho e fêmea, e isso representará uma medida de justiça para os produtores rurais, uma vez que a fêmea tem o menor valor comercial”, pontuou.


MATO GROSSO
Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso

Cerca de 17,6 mil pessoas com deficiência (PCD) têm o próprio negócio em Mato Grosso, segundo pesquisa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT). O levantamento, realizado neste ano, mostra que esses empreendedores representam 3,6% do total de empresários mato-grossenses, com predominância de pessoas com limitações motora (36,7%), visual (34%) e auditiva (29,3%).
O estudo aponta que os empreendedores PCD apresentam elevado nível de escolaridade: 46,9% concluíram o ensino médio e 38,1% têm ensino superior - índice superior à média estadual. A faixa etária predominante está entre 35 e 44 anos (39,5%), seguida por 45 a 54 (22,4%). O grupo é formado majoritariamente por homens (57%). No recorte racial, há equilíbrio entre pardos (36,7%) e brancos (34%), seguidos por pretos (19%).
A maioria é casada (57,1%) e tem filhos (91,2%), o que reforça a importância da renda do próprio negócio para a estrutura familiar.
No campo econômico, os empresários com algum tipo de limitação atuam em diversos setores. O comércio concentra 31,3% dos negócios, seguido por serviços (25,2%), indústria (21,8%) e tecnologia (14,3%). Moda (17,7%), cosméticos (15%) e alimentação (14,3%) estão entre os principais segmentos.
A formalização é alta: 85,7% possuem CNPJ, sendo a maioria registrada como microempresa (48,4%) ou empresa de pequeno porte (32,5%). Além disso, 70% atuam há mais de três anos e quase metade emprega de dois a cinco colaboradores, o que demonstra maturidade e estrutura consolidada.
Dificuldades
As motivações que levam pessoas com deficiência a empreender mesclam necessidade e realização pessoal. Para 40,8%, a decisão está ligada à necessidade financeira, enquanto 34% enxergam oportunidades de mercado e 32% buscam autonomia. A frustração com o mercado de trabalho tradicional (23,1%) e o desejo de realizar um sonho (15%) também aparecem com destaque.
As mulheres tendem a empreender mais por necessidade (54%), enquanto os homens se movem principalmente pela percepção de oportunidade (48,8%).
Na jornada empreendedora, os desafios enfrentados são múltiplas e revelam tanto desafios estruturais quanto específicos. Burocracia (44%), concorrência acirrada (39%) e falta de capital inicial (33%) estão entre as principais dificuldades. Além disso, 21% relataram barreiras diretamente ligadas à deficiência, como acessibilidade e preconceito, e 22% mencionaram dificuldades para equilibrar a vida pessoal e profissional.
Entre as mulheres, questões de gênero e maternidade ganham relevância, enquanto os homens apontam custos e juros elevados como maiores obstáculos.
“O Sebrae apoia todos os empreendedores, porque acredita que o empreendedorismo é um caminho de inclusão e autonomia para todas as pessoas, independentemente de suas condições. Quando um empreendedor PCD empreende, ela inspira e transforma o seu entorno”, afirma Liliane Moreira, analista técnica do Sebrae/MT. “A inclusão produtiva das pessoas com deficiência é uma questão de equidade e também de fortalecimento da economia, pois amplia talentos, gera inovação e promove uma sociedade mais justa”.
Dados da pesquisa
O levantamento foi realizado entre 3 e 31 de janeiro de 2025, por meio de entrevistas telefônicas, com 147 empreendedores (formais e informais) que possuam alguma deficiência no estado de Mato Grosso. O estudo apresenta uma taxa de confiança de 95% e margem de erro de 4%.
-
MATO GROSSO7 dias atrás
CONCEEL-EMT reforça orientações sobre a nova identificação das Unidades Consumidoras
-
MATO GROSSO6 dias atrás
Utilização de veículos como pagamento de imóveis se torna opção de mercado em Cuiabá
-
MATO GROSSO4 dias atrás
Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso
-
ARTIGOS4 dias atrás
Tecnologia, ciência e humanização: o tripé da medicina do futuro
-
GERAL7 dias atrás
TNT Energy Drink acelera a expansão no universo do basquete com embalagens exclusivas temáticas da NBA no Brasil
-
ARTIGOS4 dias atrás
Especialista em diagnóstico por imagem explica como a biópsia guiada contribui para o tratamento precoce do câncer de mama
-
ARTIGOS17 horas atrás
Dia do Médico: Desafios, avanços e a missão de cuidar